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Trabalhadores definem pauta de reivindicações

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Os funcionários que trabalham na construção civil do Rio Grande do Norte definiram uma nova pauta de reivindicações aos empresários. Em assembleia realizada na tarde de ontem, o sindicato decidiu pleitear junto ao patronato um aumento no salários mínimo pago ao setor, fornecimento de vale-transportes sem ônus ao funcionário e adicional de 80% para as horas trabalhadas aos sábados. Os trabalhadores garantiram também que, caso não haja o entendimento, haverá greve.

Durante a reunião com aproximadamente 2 mil pessoas em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Rio Grande do Norte, a rua Fonseca e Silva, no Alecrim, foi totalmente tomada pelos funcionários e o trânsito no local ficou interrompido. Os pontos sugeridos pelo sindicato foram apresentados e os servidores aprovaram todos à unanimidade.

De acordo com o presidente do sindicato, Assis Pacheco, o aumento do salário mínimo dos servidores corrige uma defasagem com relação a vários estados. Atualmente, o valor pago no Rio Grande do Norte é de R$ 602, e o aumento para R$ 715 ainda deixaria os trabalhadores do estado ganhando menos do que em vários Estados. “Mas é um aumento que consideramos razoável”, explicou.

Sobre a proposta de que as empresas forneçam os vale-transportes sem o desconto nos salários, Assis Pacheco disse que isso também é algo comum em outros Estados, assim como a reserva do sábado para o repouso dos trabalhadores. Por isso, a assembleia aprovou que as 44 horas semanais de serviço sejam cumpridas de segunda a sexta, com o trabalho aos sábados sendo opcional e tendo o adicional de 80% para o pagamento pelo período trabalhado.

“Definimos nossos pleitos e agora vamos aguardar o posicionamento do sindicato patronal (Sinduscon). Não há nenhum ponto de instransigência de nossa parte, mas queremos as melhorias. No dia 25 desse mês teremos nossa assembleia e decidiremos sobre a contraproposta que deverá ser enviada. Caso não haja acordo, haverá paralisação”, garantiu.

O sindicato estima que há aproximadamente 25 mil funcionários atuando formalmente na construção civil, enquanto outros 25 mil trabalham na informalidade no Rio Grande do Norte. Para Assis Pacheco, ainda há muito o que se melhorar nas condições de trabalho dos profissionais. “Ainda precisamos avançar muito. Há muitas empresas que quase escravizam os trabalhadores, obrigam o trabalho dos servidores aos sábados e ainda ameaçam de demissão quem não vai trabalhar”.

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