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Tragédia no Recife

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Recife (AE) – Dezesseis pessoas morreram na queda de um bimotor no início da manhã de ontem no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife (PE). A aeronave modelo LET-410, da fabricante checa LET Aircraft, fazia o voo 4896 da Noar Linhas Aéreas e havia decolado às 6h51 do Aeroporto dos Guararapes com destino a Mossoró (RN) e escala em Natal, com 14 passageiros e dois tripulantes. Cerca de quatro minutos após decolar, a aeronave caiu em um terreno desocupado, a 100 metros da praia e a quatro quilômetros do aeroporto, e pegou fogo. Uma professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, uma auditora fiscal da Receita Federal que trabalhava em Mossoró e um caminhoneiro de São Paulo do Potengi que fazia testes para trabalhar em Angola estão entre as vítimas.
Avião com dezesseis pessoas a bordo cai quatro minutos após decolar com destino a Natal
 De acordo com a Aeronáutica, 55 segundos depois da decolagem, o piloto informou à torre de controle que estava com problemas e que faria um pouso forçado na Praia de Boa Viagem.

O terreno, particular, está localizado no limite entre o Recife e o município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes, sendo utilizado normalmente para a instalação de circos que visitam a cidade.

Quarenta e cinco homens do Corpo de Bombeiros seguiram em três viaturas para o local, onde chegaram cerca de meia hora depois da queda, para fazer o resfriamento da aeronave. Também foram deslocadas cinco ambulâncias para a área. Não foi possível fazer salvamentos, todos os corpos estavam carbonizados. Às 12h30, os 16 corpos haviam sido retirados dos destroços e encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML).

A Polícia Civil de Pernambuco instaurou inquérito para investigar as causas do acidente, o que será feito em conjunto com a Aeronáutica. De acordo com o delegado designado para o caso, Guilherme Mesquita, a expectativa é de que o inquérito seja concluído antes do prazo regular, de 30 dias.

Exames

Diante da dificuldade em fazer o reconhecimento das vítimas,  equipes do Instituto de Medicina Legal (IML) coletaram amostras de tecidos dos parentes. Para isso, os técnicos do IML foram até o Atlante Plaza, onde os familiares estão hospedados. A informação foi dada pela direção da empresa aérea em entrevista coletiva no início da noite de ontem, quando o diretor de assuntos corporativos e comercial da NoAr, Giovanne Farias, afirmou que a empresa é a mais interessada na busca da explicação para o acidente. “Também queremos saber o motivo”, disse ele, depois de o vice-presidente da empresa, Vicente Jorge, enumerar todos os procedimentos de segurança e manutenção da aeronave que estavam em dia.

Habilidade dos pilotos evitou uma tragédia maior

Recife (Agência JC) – Uma tragédia que não provocou a morte de mais pessoas devido à habilidade dos dois homens que comandavam o bimotor LET-410 da Noar Linhas Aéreas. Heróis. Assim o piloto Rivaldo Paurílio Cardoso, 68 anos, brigadeiro reformado da Aeronáutica, e o copiloto Roberto de Souza Gonçalves, 55, piloto civil, foram tratados por especialistas em aviação, testemunhas do acidente ou parentes das vítimas. Mortos  com os 14 passageiros, nos 3 minutos e 18 segundos que conseguiram se manter no ar os profissionais fizeram valer os anos de experiência que possuíam e evitaram o pior. Seguiram à risca os ensinamentos da aviação no caso de acidentes: poupar vidas, principalmente em terra.
Avião caiu num terreno na Avenida Boa Viagem, pouco tempo depois de decolar com destino a Natal. Os bombeiros chegaram em menos de dez minutos, mas levaram uma hora para apagar as chamas
Tentaram retornar ao Aeroporto Internacional do Recife 55 segundos depois de a aeronave decolar e, ao verem que não conseguiriam, fizeram de tudo para desviar de edifícios, casas e ruas. Conseguiram.

E não foi à toa. Os anos de prática pilotando aviões permitiram a proeza. Rivaldo Paurílio pilotava há mais de 40 anos. Se aposentou da Aeronáutica, mas não conseguiu abandonar a pilotagem. Trabalhou até com o transporte de cargas para não ficar parado. Estava na NoAr há um ano. O perfil do piloto civil era semelhante. De uma família com nove pilotos, tinha o mais velho dos oito filhos na mesma profissão.

Gonçalves tinha mais de duas mil horas de voo. Ontem, nem deveria estar no bimotor. Era sua folga, mas um amigo pediu para substituí-lo. Aceitou e morreu.

A habilidade dos pilotos permitiu que o bimotor só caísse no terreno na Avenida Boa Viagem, sem bater em nenhuma das cinco pequenas casas que existem no local e nos imóveis da área. Há 15 dias, a tragédia seria bem pior porque o Circo Portugal estava instalado no local, exatamente no trecho em que a aeronave caiu. Ficou no terreno por mais de dois meses. “Meu primo foi realmente muito hábil. Ele desviou dos edifícios e puxou a aeronave para o mar”, afirmou a prima de Rivaldo, Sandra Amaral.

O bimotor L-410 da NoAr decolou do Aeroporto Internacional do Recife às 6h51 e 55 minutos depois o piloto avisou que havia problemas e tentaria retornar para o terminal. Às 6h53min57s informou que não conseguiria voltar e tentaria pousar na praia de Boa Viagem. À 6h54min18s caiu. O bimotor chegou a sobrevoar o bairro de Piedade, mas rapidamente se direcionou para o mar, na tentativa de retornar ao aeroporto. “Ele surgiu do mar, muito baixo. Passou sobre a Avenida Boa Viagem, virou de lado e caiu de vez, de bico. Houve duas explosões fracas e uma terceira fortíssima. Não ouvi gritos, nada”, contou Maria José, uma das moradoras do terreno.

Na queda, o avião se partiu. O corpo de um dos passageiros, uma mulher, chegou a ser lançado para fora. Pessoas que residem no entorno do terreno e que passavam pela Avenida Boa Viagem correram para tentar salvar os passageiros. Alguns teriam pedido socorro batendo nas janelas do bimotor. Mas foram calados pelas explosões e o fogo que impediram qualquer aproximação. Os bombeiros chegaram em menos de dez minutos, mas levaram uma hora para apagar as chamas. Era tarde demais. Todos estavam carbonizados.

Ponte aérea foi ampliada para incluir rota de Recife

Mossoró – Foi no dia 1º de outubro de 2010 que a companhia pernambucana Noar Linhas Aéreas começou a voar para Mossoró. Depois de idas e vindas, a empresa anunciava que ligaria Natal a Mossoró pelo ar. A liberação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para o primeiro voo que ligaria Natal a Mossoró ocorreu no dia 20 de setembro.

O voo partia exatamente às 17h de segunda a sexta-feira do Aeroporto Internacional Augusto Severo na capital e chegando ao Aeroporto Dix-sept Rosado às 18h com retorno de Mossoró às 18h20 e chegando novamente a Natal às 19h15. Após um ano de operações em Mossoró, a empresa pernambucana anunciava uma ampliação nos voos que envolviam a cidade. O serviço intitulado de “Ponte Noar” aumentou, incluindo agora como destino final a capital de Pernambuco, Recife. Seriam três operações de segunda à sexta-feira.

Com origem na cidade de Caruaru (PE), a empresa tinha como objetivo ligar as cidades médias do interior do Nordeste às capitais dos estados, seguindo modelo de aviação regional adotado nos Estados Unidos, conforme anunciava à época o presidente da empresa, Vicente Jorge Espíndola. O foco, segundo a Noar, era alcançar o público corporativo. A aeronave escolhida para fazer os percursos de até 50 minutos de duração é a LET-410, da LET Aircraft Industries, empresa da República Tcheca.

Pernambuco tem cinco acidentes em quatro anos

O acidente de ontem foi o quinto nos últimos quatro anos envolvendo pequenas aeronaves em Pernambuco. Em novembro de 2008, duas pessoas morreram e oito ficaram feridas na queda de um avião bimotor que vinha de Teresina – Piauí. O avião pertencia a à Banda Calypso, mas Joelma e Chimbinha não estavam na pequena aeronave. O acidente aconteceu em uma área residencial de Recife e três casas foram atingidas. O produtor da Banda, Gilberto Silva, 46, e o piloto Eurico Pedrosa Neto, 47, morreram.

Em abril de 2010, mais outra queda. Uma aeronave de pequeno porte caiu nas proximidades de um manguezal perto do aeroclube da capital pernambucana, no bairro do Pina. Os dois ocupantes ficarem feridos, mas as lesões não foram graves.

Já neste ano, o primeiro acidente registrado foi em fevereiro. Um avião caiu no bairro do Pina, no Recife, atingindo uma casa, mas ninguém ficou gravemente ferido. No começo de junho, a vez foi do Agreste do Estado. Um avião bimotor caiu em Caruaru.  Os dois feridos foram socorridos, mas as lesões não foram graves.

Bate-papo

Ten. Cel Frederico Alberto Marcondes  » chefe do Cenipa

O chefe da Divisão de Aviação Civil do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Tenente Coronel Frederico Alberto Marcondes Felipe, explicou ontem como será o trabalho de apuração dos fatores que contribuíram para o acidente com o bimotor no Recife.

Qual o teor do relato que o piloto fez à torre de controle?

Segundo as informações preliminares, o piloto entrou em contato com a torre de controle após a decolagem e informou que estava tendo problemas e que retornaria ao aeroporto. Logo em seguida ele informou que tentaria realizar um pouso na praia de Boa Viagem.

A Aeronáutica já iniciou a investigação. Qual o procedimento neste momento?

Este momento inicial de investigação consiste numa grande coleta de dados sobre informações relativas aos destroços, à aeronave, processo de manutenção da aeronave, os gravadores de voo, conhecidos como caixas-pretas, meteorologia, informações relativas aos pilotos ao seu treinamento, à empresa operadora, tráfego aéreo. Todas as informações que forem relevantes para o acidente serão levantadas nesse momento.

Há indícios das possíveis causas?

No momento nós não temos indícios da causa do acidente. A ação inicial realmente visa coletar as informações para que a gente possa, depois dessa grande coleta, determinar quais vão ser as linhas de investigação, de acordo com as evidências que forem levantadas.

Qual é o prazo para a conclusão das investigações?

As investigações não têm um prazo pré-definido para serem concluídas. Isso depende muito da complexidade e do andamento dos trabalhos. A investigação tem que ser feita de maneira bastante completa, para que não deixemos nenhum fator contribuinte de fora, e que a gente tome, então, medidas de prevenção de maneira bastante abrangente. Para que a gente possa efetuar uma prevenção que seja, realmente, eficaz, e os acidentes não voltem a acontecer. Por isso não existe prazo pré-definido. Às vezes demora um ano, às vezes demora dois anos. Depende do andamento dos trabalhos.

Quais o elementos para fazer esta investigação? Tem caixa-preta, por exemplo?

Neste acidente a aeronave era equipada com gravadores de voo, as chamadas “caixas-pretas”, e que são uma fonte muito importante de informações para a investigação. As caixas-pretas passam por um processo de downloads para que esses dados possam ser decodificados e analisados em função das características do acidente. A caixa-preta não vai dizer pra gente por que o acidente aconteceu. Ela é mais uma fonte de informações.

Comandante afirma que há segurança

Mossoró – Durante o voo inaugural em Mossoró, o comandante da aeronave, Marcos Sendim, fez questão

de ressaltar a segurança oferecida pelas aeronaves modelo LET 410 da empresa Noar, se referindo ao medo de parte da população de

embarcar em aviões de pequeno porte. Na oportunidade, a aeronave utilizada foi a de prefixo PR-NOA, e não a PR-NOB, que caiu ontem. “As pessoas aqui no Nordeste, por não conhecerem a aeronave, acham que segurança é

coisa de avião grande, daí associam segurança a aeronaves maiores e insegurança a avião pequeno. Mas esse avião é super tranquilo, super seguro e

tem uma construção muito forte”, disse.

Pedreiro conta como foi a queda

Recife (AE) – O pedreiro Gelson Dionísio da Costa, de 44 anos, trabalha na construção de um galpão a poucos metros do local onde o avião caiu. “Ele vinha em direção de nós, voando bem baixinho, a gente pensou que ia cair em cima de nós”, contou Costa, ainda assustado diante da tragédia que presenciou. “A gente saiu correndo, mas ele fez uma manobra e caiu antes.” Segundo o trabalhador, o piloto tentou fazer uma manobra para evitar não bater nos prédios.  O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes  dava uma entrevista na Praia de Piedade quando viu o avião voando em baixa altitude. Quando olhou, já viu “a fumaceira”. Acionou os órgãos de emergência e postou o ocorrido no Twitter. “Fui porta-voz de uma tragédia”, disse.

Diretor vinha a natal inaugurar prédio

O diretor de Engenharia da Construtora Moura Dubeux, Marcos Ely de Araújo, de 44 anos, era um dos passageiros do avião da empresa NoAr Linhas Aéreas. O funcionário da empresa iria participar da inauguração do edifício Hanna Saief, construído pela Moura Dubeux em Natal. O empresário e presidente do Sport, Gustavo Dubeux, lamentou a morte do amigo e funcionário da empresa. “Ele era um excelente profissional, íntegro e de caráter. Começou como estagiário e cresceu dentro da empresa”, afirmou Dubeux. O empresário disse ainda que também iria participar da inauguração do edifício Hanna Saief, em Natal. Marcos Ely decidiu viajar mais cedo porque tinha outros compromissos na cidade.

Professora da UFRN morre no acidente aéreo no Recife

Marido da professora Antônia Jalles, o professor de História, Diógenes Carvalho Veras foi ao Aeroporto Augusto Severo logo cedo. E se apegava às últimas esperanças. “Ela não atende ao celular. É muito difícil que ela não estivesse no avião que caiu”, admitiu ele antes da divulgação oficial da lista das vítimas. Os olhos vermelhos e o semblante triste não deixavam que a voz calma encobrisse o sofrimento pelo qual passava: os três filhos do casal perderam a mãe.
Diógenes Veras: aflição antes de ser confirmada a morte da esposa
 Antônia Fernanda Jalles tinha 45 anos de idade. Uma das principais autoridades em Educação Infantil no Nordeste, ela voltava para Natal depois de participar de reunião do projeto Pró-Infantil, do MEC, que  coordenava no Rio Grande do Norte. Doutora pela Universidade Complutense, da Espanha, Antônia Fernanda Jalles foi diretora do Núcleo de Educação Infantil (NEI) da UFRN e viajava constantemente para debates acerca da educação infantil, área à qual ela dedicou grande parte dos estudos, principalmente no processo de aprendizado no contexto bilíngue.

“Não podemos mensurar a tristeza. Saí da sala de espera em busca de informação”, falou o marido da vítima, que procurava  acalmar o filho Vitor, de 24 anos, que chorava com a cabeça abaixada quando chegou ao aeroporto. “Vamos procurar força para poder superar esse momento. É uma outra fase que temos que aprender a conviver”, continuou Diógenes Carvalho.

“Ela era uma profissional bastante alegre, responsável e muito batalhadora. Foi responsável por muitas mudanças positivas na educação infantil do Rio Grande do Norte, uma pessoa politizada e que conseguiu muitas coisas para o NEI, conquistando o reconhecimento nacional. É uma perda lastimável para a UFRN”, disse Teresa Régia, diretora em exercício do NEI, instituição que já foi dirigida por Fernanda.

A UFRN emitiu nota de pesar. No texto, a reitora em exercício Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes se refere à professora como “figura exemplar de profissional, de mãe, de esposa e de amiga”, e que a presença serena da professora levará para ser aceita pelos amigos e colegas de trabalho.

Por volta das 10h da manhã, os outros dois filhos do casal chegaram ao aeroporto. Laura, de 12 anos, chorava abraçada a um ursinho. A mãe a viu ganhar destaque pelos conhecimentos futebolísticos inusitados para a idade, destacados pela TRIBUNA DO NORTE e órgãos de imprensa nacional. Eles foram de táxi para Recife.

Caminhoneiro tentava emprego em Angola

Uma das 16 vítimas do acidente com a aeronave da empresa Noar Linhas Áreas em Recife era Johnson do Nascimento Pontes, 30 anos. Natural de São Paulo do Potengi, ele trabalhava como caminhoneiro e deixou mulher e dois filhos. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato no início da noite de ontem com a cunhada da vítima, Milene Lopes da Silva. Ela esclareceu que Johnson estava desde segunda-feira, 11, em Recife, onde realizou testes médicos para uma empresa que a convidou para um novo trabalho: seria motorista em Angola, na África. “Ele havia recebido essa proposta de trabalhar em Angola e tinha ido fazer testes. Ele foi na madrugada de segunda-feira, deve ter chegado lá por volta das 2h da manhã”, contou.

Abalada e com a voz trêmula, Milene repassava pouco a pouco o perfil do caminhoneiro. “Ele viajava muito, mas ao mesmo tempo procurava dar atenção aos filhos enquanto estava aqui em São Paulo do Potengi. A maioria das viagens que fazia era dentro do Estado”, disse a cunhada. Atualmente, Johnson trabalhava no veículo de um comerciante da região e parte do valor da venda da carga ficava para ele. “Cerca de 10%”, informaram familiares. Os parentes foram informados do acidente na manhã de ontem, quando receberam uma ligação da empresa área. “Às 10h  ligaram dizendo que o avião tinha caído e que Johnson havia morrido. Ninguém estava no aeroporto, porque ele havia contado que viria de ônibus de Parnamirim para São Paulo do Potengi”, afirmou Milene Lopes. O pai e dois tios da vítima viajaram para acompanhar os trâmites legais no Recife.

Auditora da Receita Federal deixa cinco filhos

A auditora fiscal Carla Sueli Barbosa Moreira, que é natural da Paraíba, mas trabalhava em Mossoró, na Receita Federal, e a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Antônia Fernandes Jalles iriam desembarcar no aeroporto de Mossoró.

Casada, mãe de cinco filhos, a auditora fiscal tinha dois filhos pequenos que residiam com ela em Mossoró e outros três que estudavam em Brasília – onde ela estava lotada anteriormente antes de assumir a chefia da representação mossoroense da Receita.

Na sede do órgão, localizado no Centro da Cidade, o clima era de comoção e surpresa com a tragédia. Carla Suelli, que tinha 36 anos, estava realizando um treinamento na capital de Pernambuco. “Tivemos a certeza da morte dela quando recebemos o comunicado interno vindo de Recife”, conta o auditor-fiscal e colega de trabalho de Suelli, Jair Azevedo. O comunicado do qual Azevedo se refere foi emitido às 09h10 pelo Superintendente da 4ª Região Fiscal (que engloba a delegacia de Mossoró), Luiz Fernando Teixeira Nunes, diretamente de Recife.

Com o falecimento da auditora fiscal, o expediente na Delegacia da Receita foi suspenso durante toda esta quarta-feira e também durante o dia de hoje.

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