
O filho da pensionista Lindalva Maria França da Silva, de 84 anos, percebeu que havia alguma problema com a fila de espera para o transplante. Pedro verifica o progresso da mãe na fila por uma ferramenta ligada à internet. Há oito meses, quando Lindalva iniciara a espera, ela foi colocada próximo a 70º posição. Mas há um mês, a mãe não sai da 32º posição.
“Pensei que tivessem deixado de alimentar o sistema. Aí, resolvi ligar para uma pessoa que trabalha no Walfredo Gurgel, porque sabia que era o maior captador de órgãos do Estado. A pessoa com quem falei me disse que não estavam fazendo transplantes, porque não tinha a solução líquida onde são colocadas as córneas”, contou o filho de Lindalva.
A octogenária necessita de transplante para os dois olhos. Segundo Pedro, no início do ano, ela realizou uma cirurgia de catarata mal sucedida e perdeu a visão. “Estou achando muito ruim passar esse tempo todinho sem ver”, resumiu Lindalva. Além dela, há mais 49 pessoas na espera.
A assessoria de imprensa do HWG confirmou que a substância está em falta, todavia existe um processo de compra emergencial em curso. O valor e o tempo para a chegada desse material não foi informado. A TN tentou falar com o Hospital Universitário Onofre Lopes, responsável pela compra do produto e responsável pelas cirurgias, mas ninguém atendeu às chamadas.