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Tratamento de Wallyson evolui

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Se teve alguém que conseguiu tirar algum tipo de benefício da paralisação do futebol, em decorrência da pandemia da Covid-19, no ABC, foi Wallyson. Fora dos gramados desde o dia 5 de fevereiro, o atacante abecedista vem mostrando bastante dedicação aos trabalhos de recuperação da fratura no tornozelo e pode reaparecer na equipe já nos primeiros jogos do clube no período pós-pandemia. O médico Fábio Freire, responsável pela cirurgia do jogador, elogiou a postura do paciente, destacando que o ídolo alvinegro chegou a trabalhar em três períodos. A afirmação foi concedida em entrevista à JOVEM PAN NEWS NATAL no programa TRIBUNA ESPORTE.
Nova fase do tratamento do atacante Wallyson inclui corridas como a que ele fez na Rota do Sol
No setor de recuperação do clube potiguar, a ordem é não ter pressa na realização do trabalho de recuperação. A determinação é deixar com que Wallyson vença cada etapa de forma bem natural.
“O atleta tem evoluído bem durante o tratamento, a fratura dele também vem se consolidando muito bem. Hoje Wallyson atingiu a fase de recuperação muscular e de retorno aos movimentos de atividade física. Quando se movimenta e corre, o jogador está buscando novamente a condição de equilíbrio muscular e a potência necessária para que possa repetir os gestos esportivos”, informou Fábio Freire.
Na atual fase a carga de trabalho ainda vem sendo dosada e considerada leve, tendo inclusa corridas em pequenas distâncias. Mas a tendência é esse trabalho ir aumentando de intensidade, de acordo com a resposta que for sendo dada pelo atacante aos trabalhos. Disposição para voltar a atuar é o que não falta ao atleta.
“Nessa fase de retorno dos gestos esportivos, ele já faz trabalho no campo, de mudança de direção e mais alguns gestos básicos dos atletas que podem ser vistos num jogo de futebol. Agora está para evoluir para os trabalhos de carga mesmo, de um fortalecimento muscular considerado mais pesado, aliado aos trabalhos com bola. Não temos pressa e, por isso, não queremos estabelecer prazo para que o jogador supere mais uma etapa no trabalho de recuperação. O avanço no tratamento dependerá muito da forma como o atacante irá evoluir dentro dessa nova etapa”, enfatizou o médico.
Fábio Freire classificou essa paralisação do futebol, como uma fase de ouro para Wallyson, que teve a tranquilidade necessária para realizar o tratamento sem qualquer tipo de pressão, pelo fato de a equipe não estar atuando.
“Posso classificar esse trabalho que vem sendo realizado como uma grata surpresa, durante muito tempo o jogador teve de realizar trabalho em três períodos. Mesclando treinos com os tratamentos de fisioterapia de manhã, a tarde e a noite todos os dias da semana. Ele se dedicou integralmente aos trabalhos, cumpriu todos os horários e ainda faz tudo aquilo que lhe é indicado. Sou testemunha de que o atacante tem se dedicado bastante ao trabalho e não temos nada a reclamar”, reforçou o médico Fábio Freire.
Quando sofreu a contusão na partida frente ao Aquidauana, pela Copa do Brasil, Wallyson vinha despontando como artilheiro da equipe natalense, com sete gols marcados. Os trabalhos de recuperação estão sendo realizados no campo e na academia e ocorrem tanto no ABC quanto em Macaíba, onde o atleta reside atualmente.
Em crise, Alvinegro ainda tem atrasos salariais
A situação financeira do ABC ainda é delicada. O Alvinegro deve aos atletas o complemento da folha salarial de março e pretende cobrir o débito com a terceira parcela da cota de participação do Alvinegro, na Copa do Nordeste.
“Nós conseguimos honrar os vencimentos de forma integral em abril e maio, mais ainda devemos essa parcela do mês de março. Estamos aguardando o repasse de mais uma cota da Liga do Nordeste e, assim que ela entrar, iremos complementar esse pagamento. Dessa forma iremos deixar tudo em dia em relação aos salários”, destacou o presidente abecedista Bira Marques.
A outra grande meta do clube, neste momento, é a de equacionar as dívidas trabalhistas que estão pendentes. A forma encontrada para cobrir essa questão e voltar a pensar em crescimento foi vender mais uma área do terreno onde se encontra o complexo esportivo Vicente Farache, na Rota do Sol.
“O ABC possui patrimônio suficiente para cobrir todas as suas dívidas e ainda vai sobrar. Temos trabalhado com algumas opções para conseguir levantar a verba necessária e acredito que logo iremos dar um rumo a essa situação. A prioridade do clube é equacionar essas questões trabalhistas. Minha missão dentro do ABC é justamente essa, de encontrar junto ao conselho deliberativo, uma forma de resolver a situação que aflige o dia a dia do clube”, frisou Bira Marques.
Apesar de estar tocando as situações consideradas mais emergentes e torcer para que tudo retorne ao normal, o presidente abecedista taxa o retorno do futebol, neste momento, como muito difícil, devido a falta de controle da pandemia de Covid-19 no estado.
“Os hospitais hoje estão colapsados, temos muitas pessoas na fila para ocupar um leito de UTI e, frente a esse quadro, o futebol não pode pensar em voltar. Os custos aumentaram e não adianta ABC e América cumprirem com o protocolo da FNF e da CBF, testando seus elencos e os demais clubes não testarem. É necessário que todos os atletas dos clubes locais realizem o mesmo tipo de exames, já que esses testes rápidos não se mostram tão confiáveis pelos especialistas, por darem muitas respostas de falso negativo. Então para dar segurança, teremos de realizar um teste bem mais caro e eu não sei, se num futebol pobre como o do RN, iremos ter condições de bancar esses gastos. Estamos buscando a forma de nos adequar a esse protocolo da FNF”, ressaltou Bira Marques. 
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