Atualizada às 15h51
O professor de Sismologia da UFRN Joaquim Ferreira disse que o tremor sentido na tarde desta segunda-feira (11) no Rio Grande do Norte pode ser apenas o segundo de um “enxame sísmico”. A terra tremeu no Estado na tarde de sábado (9).
“Houve um sábado e este no começo da tarde, que já está confirmadíssimo. É bem provável que ocorram outros, desencadeando o que chamamos de enxame sísmico”, falou o professor.
Joaquim Ferreira disse que hoje à tarde os professores da UFRN vão se reunir para analisar os dados do tremor. De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o terremoto que teve o epicentro na comunidade de Jerusalém, entre os municípios de Taipu e Poço Branco, a cerca de 50 quilômetros de Natal, chegou aos 3.8 graus na Escala Ricther.
A prefeita Micarla de Sousa está reunida com Sérgio Leocádio e com o coronel Marcos Rodrigues, respectivamente secretário e diretor da Defesa Social do município.
Já a governadora Wilma de Faria afirmou em sua página no Twitter que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Social do Estado vão se reunir com técnicos da UFRN e as prefeituras de Natal e João Câmara para avaliar o terremoto e os possíveis dados.
População ficou assustada
O tremor é o assunto nas ruas das Rocas. O morador do bairro das Rocas, Etevaldo Veras ficou assustado. “Eu estava na cama e ela começou a dançar igual a um carro velho. Todo mundo correu pra rua, quem estava em apartamento foi para as janelas. Outra moradora Adriana Araújo relatou “uma amiga que estava na praia do Meio sentiu a televisão saindo do rack, e eu senti o sofá se mexendo”.
No município de Poço Branco, um dos mais atingidos pelo tremor, a população está com medo de voltar para suas casas. Muitas residências fora afetadas e ficaram com as paredes rachadas depois do abalo sísmico.
Na casa do comerciante Raimundo Nonato há uma rachadura do chão até o teto de uma das paredes. Ele afirma que está com tanto medo, que não quer dormir em casa nesta noite. “Tô com vontade de armar uma barraquinha alí fora e dormir com minha família”, diz Raimundo. No comércio dele, ao lado de sua casa, alguns biscoitos chegaram a cair das prateleiras.
Já na casa da dona Maria Aparecida Lima o tremor foi sentido com tanta força que um porta-retratos caiu da parede. A parede da cozinha também ficou com uma rachadura do teto até o chão. “Fiquei me tremendo, se continuar como antigamente, o que será do povo de João Câmara e Poço Branco?”, questiona a moradora.
