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Três homens são presos com armas e farda da PM

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ACUSADOS - Fábio Soares, Vanildo F. de Oliveira e Luiz F. de OliveiraAgentes da Subsecretaria de Defesa Social prenderam às 6 horas de ontem, na Favela do Fio, em Felipe Camarão, três homens com um pequeno arsenal e uma farda da Polícia Militar. Segundo a polícia, o trio extorquia bandidos do bairro se passando por militares. Um dos detidos é suspeito de vários crimes de morte. 

O delegado Elivaldo Jácome explicou que há meses a polícia vem recebendo informações sobre o trio. “Contra eles pesam denúncias de familiares de vítimas de assassinato informando que eles têm envolvimentos com as mortes. Temos mais de vinte nomes de vítimas”, disse. Ele explicou que os suspeitos foram vistos em locais de crimes e até mesmo atirando em via pública.

Diante das denúncias, a Polícia Civil montou uma operação de vigilância e ontem, ao confirmar a localização das armas, invadiu o barraco onde moravam o vigia de rua Fábio Soares do Nascimento, 26 anos, e o pintor Vanildo Fernando de Oliveira, 27 anos. No local, foram apreendidos dois revólveres, uma espingarda de repetição calibre 12 (arma de alto poder de destruição e de uso restrito), além de um capuz, duas perucas e 127 cartuchos de calibre 38 e 12, vários deles deflagrados.

Na casa do motoqueiro Luiz Fernando de Oliveira, 32 anos, em Felipe Camarão, irmão de Vanildo, os agentes encontraram um revólver 38 sem registro e uma farda completa (calça, camisa e coturno) de soldado da Polícia Militar. A localização da farda, segundo Elivaldo Jácome, foi importante, porque existem várias denúncias de ameaças atribuídas ao trio com a conivência de um policial militar. “Eles usavam a farda para intimidar”, disse.

As armas serão encaminhadas à perícia para exame de comparação balística com as balas extraídas dos corpos de pessoas assassinadas na zona oeste de Natal. A polícia quer, através desse exame, confirmar se os acusados têm ou não envolvimento em mortes. Os três acusados confessaram – até porque não tinham como negar – a posse ilegal de arma. Eles, no entanto, juram inocência quanto às suspeitas de que participariam de algum tipo de grupo de extermínio ou esquadrão da morte. Vanildo, no entanto, confirmou que responde a um processo por assassinato em Felipe Camarão. Ele disse que matou, há alguns meses, um inimigo conhecido como “Neném Caverinha”. “Essa morte eu cometi, mas foi em legítima defesa. Tanto que eu me apresentei e estou respondendo em liberdade. O que eu não posso é confessar essas outras coisas que estão dizendo ao meu respeito, porque eu não matei mais ninguém. Sou inocente”, disse.

O trio acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma. O delegado Elivaldo Jácome disse que vai solicitar à Justiça os mandados de prisão preventiva para os suspeitos. “Os indícios de participação deles nas mortes são fortes. Foi apreendida uma câmera fotográfica junto com as armas. As denúncias que nós recebemos dão conta que os matadores usavam uma câmera para fotografar os corpos das vítimas”, justificou. 

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