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Três potiguares na história dos 100 anos do Corinthians

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Everaldo Lopes Repórter e Pesquisador

Depois de fazer um belo Campeonato Estadual pelo América FC, trazido que foi de Itajá para o elenco rubro pelo treinador Ferdinando Teixeira, o meiocampista José Ivanildo de Souza, na época com apenas 17 anos veio tentar o futebol da capital.  O garoto, nascido em Itajá revelou-se por ocasião do Campeonato de Futebol do Interior, o Matutão, quando disputou o título no Machadão, e logo despertou a curiosidade do torcedor e do treinador Didi Duarte. Para ve-lo jogar melhor, o América fez um  amistoso naquela cidade, quando o treinador rubro constatou as qualidades de Souza.

Naquele ano, a equipe americana sagrava-se campeã estadual, projetando mais ainda o jovem valor vindo da região do vale do Assu. Com seu “olho clínico”, o empresário Gilberto de Nadai conseguiu colocar Souza no Rio Branco de  Americana/SP. E foi justamente graças às excelentes atuações, logo despertou a cobiça de alguns clubes paulistas. O Corinthians foi mais rápido e o levou para o Parque São Jorge. A partir daí, Souza deu início a um longo período de grandes atuações, acumulando títulos inicialmente no Coringão, posteriormente São Paulo, Flamengo, Krylia Sovetov, Atlético Mineiro e, finalmente, a volta ao América, ajudando o clube a retornar à Série “A” em 2006, disputando a competição maior da CBF em 2007.

O primeiro título de Souza no Corinthians foi em 1995, com esta formação na partida decisiva e o poster de página dupla publicado pela revista Placar: Ronaldo, André Santos, Bernardo, Célio Silva e Silvinho, Henrique, Souza  e Zé Elias, Marcelinho Carioca, Viola e Marques. É também campeão no Alvinegro na Copa do Brasil 95. O craque itajaense foi também supercampeão paulista e campeão da Copa do Brasil em 2000, pelo Tricolor do Morumbi

Outro norte-rio-grandense que está na história do Coringão é  o parelhense Didi (Antônio Pereira do Nascimento), revelado também no Matutão, atuando pela seleção de Parelhas/RN. Didi é campeão brasileiro pelo Corinthians em 1998, tendo vestido a camisa corinthiana em 54 partidas, assinalando 10 gols. Numa melhor de três Cruzeiro x Corinthians para decidir o Brasileirão/98, Didi participou de duas partidas, ficando fora do jogo decisivo. O time do primeiro jogo, no Mineirão, foi este: Nei, Índio, Batata, Gavilan e Sylvinho, Vampeta, Rincón, Ricardinho  e Edilson,  Marcelinho Carioca e Didi.

Didi era um atleta muito extrovertido, com a conduta fora do gramado nem tão reta, o que comprova seu curriculo ser recheado de muitos clubes. Esteve  no Sttutgart (Alemanha), mas acabou desentendendo-se e vindo de volta para o Brasil. Jogou na Portuguesa de Desportos, Juventude, Sport Recife, e seguiu trocando de clubes numa vida nômade. Teve enormes chances de fazer um  belo “pé de meia”, mas não foi assim.

O terceiro potiguar a vestir o “manto” corinthiano foi o quarto zagueiro Djalma (Linhares), natural de Macaíba, cria do América/RN, clube pelo qual foi campeão, e muito cedo tomou o rumo do Sport Recife, nascido a 21 de junho de 1955.  Um dos bons campeonatos estaduais que fez defendendo o América/RN foi o de 1974, com este time campeão: Otávio, Ivan Silva, Mário Braga, Djalma e Cosme, Edinho, Garcia e Gilson Porto, Jangada, Santa Cruz e Reinaldo. O presidente do clube era José de Vasconcelos Rocha, o técnico, Sebastião Leônidas.  Djalma tinha acabado de subir dos juvenis, aos 19 anos. Fez um tremendo sucesso no Sport Recife, até seguir para defender o Corinthians Paulista.

Qualquer livro, vídeo, dvd ou revista aonde constem os títulos corinthianos estão lá os nomes dos norte-rio-grandenses Souza e Djalma, saídos do América/RN,  e Didi, da cidade de Parelhas.

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