terça-feira, 23 de abril, 2024
30.1 C
Natal
terça-feira, 23 de abril, 2024

Tribuna do Norte & Academia Norte-Rio-Grandense de Letras -uma velha parceria (Parte II)

- Publicidade -

Thiago Gonzaga
Escritor

Semana passada escrevemos aqui mesmo nesta página sobre o grande número de escritores, membros da Academia Norte-rio-grandense de Letras, que escreveram ou escrevem para esta Tribuna do Norte, que agora em março comemora 70 anos de fundação. Além dos que já citamos, devemos relembrar também Jurandyr Navarro, que escreveu no período final do governo de Monsenhor Walfredo Gurgel; João Wilson Mendes Melo, José de Anchieta Ferreira, Gumercindo Saraiva, Nilo Pereira, Otto Guerra e outros mais antigos.

Em face das comemorações do setuagésimo aniversário deste tradicional periódico, hoje retomamos a temática para discorrer sobre umas das figuras mais icônicas da Tribuna do Norte, um dos maiores nomes da crônica jornalística norte-rio-grandense, Woden Madruga, que tem mais de 60 anos de jornalismo e mais de cinquenta apenas nas páginas deste mesmo jornal. Começou em 1964, e escreveu, durante anos, diariamente uma coluna, Jornal de WM, página 2; recentemente, passou a escrever somente aos domingos, sempre abordando temas como literatura, memórias, cotidiano e política.

 Intelectual, cronista e grande leitor, Woden Madruga está por dentro do que acontece no meio cultural e politico. O primeiro Jornal de WM foi publicado no dia 15 de março de 1964 e tinha ao seu lado colunistas de peso como Berilo Wanderley, Sanderson Negreiros e Newton Navarro.

Woden Madruga, nasceu em Natal, estudou Direito na antiga Faculdade de Direito de Natal, começou a escrever na Tribuna do Norte ainda muito jovem. Foi presidente da Fundação José Augusto por três vezes, onde teve uma passagem marcante, e é professor aposentado do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O veterano cronista publicou um livro, “Na Gaveta do Tempo” (8 Editora, 2016), com a colaboração de sua filha, escritora Beatriz Madruga, e de alguns amigos próximos, como Sanderson Negreiros, Alex Nascimento, Marize Castro, Volontê dentre outros. O livro reúne textos selecionados de  sua coluna no jornal, com registro de fatos cotidianos, numa prosa ágil e leve, repassada de humor e muita ironia. Além de  conter também alguns textos para prefácios e orelhas de livros que ele fez ao longo da sua carreira.

Em 2016 Woden Madruga foi homenageado pelo jornalista Mário Ivo no livro “Sexo, Estômago e Memória: uma noite com Alex Nascimento e Woden Madruga”, fruto de uma conversa dos dois escritores potiguares, na casa de Alex, publicada na Revista Preá, à época editada por Mário Ivo. Revista e ampliada, essa entrevista virou livro. Woden foi homenageado também, pelo escritor e membro da Academia Norte-rio-grandense de Cordel – ALINC -, Mané Beradeiro (Francisco Martins), com o cordel, “Um Bode Chamado Woden”, uma metáfora folclórica que descreve a sua trajetória dentro do jornalismo no Estado.

Ainda em 2016, foi eleito para a cadeira nº 35 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que teve como último ocupante um grande jornalista amigo dele, Ticiano Duarte.

Woden Madruga é um dos que fazem parte da história da Tribuna do Norte e da própria história do jornalismo norte-rio-grandense.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas