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Tribunais têm até dia 14 para demitir

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Brasília – Tribunais de todo o País preparam para daqui a 20 dias a  demissão de parentes de juízes que ocupam cargos comissionados mas não são concursados.  A exoneração foi determinada no final do ano passado pelo Conselho Nacional  de Justiça (CNJ), órgão de controle externo do Judiciário, e tem o objetivo  de acabar com o nepotismo no Poder. Enquanto isso, parte dos afetados pela medida  recorre à própria Justiça para tentar manter seus cargos. Em alguns casos, com  sucesso.   

Na quarta-feira, o Diário da Justiça do Pará publicou uma lista com o nome  de mais de 100 pessoas que são familiares de magistrados. Dessas, 72 ocupam  cargos comissionados, mas não são efetivas. A assessoria de comunicação do tribunal  informou que algumas já pediram exoneração. Outras optaram por recorrer à Justiça  para não perder seus cargos. Pela decisão do CNJ, os parentes de magistrados  têm de sair até o próximo dia 14 de fevereiro.

Em Minas Gerais, juízes concederam recentemente liminares contrárias à determinação  do CNJ. Em nota divulgada ontem (26), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no  Estado repudiou o que chamou de “enxurrada” de liminares. Segundo a entidade,  há estimativas de indicam a existência de decisões beneficiando 75 servidores  do Judiciário mineiro.   

No documento, a OAB conclamou o Ministério Público, a Advocacia-Geral do Estado,  as associações de serventuários da Justiça e os magistrados comprometidos com  os princípios da moralidade  a tomar medidas judiciais para  coibir o corporativismo. “Defender o nepotismo consiste em discurso vazio de  quem renega o Estado Democrático de Direito, desacredita órgãos e valores republicanos  e preconiza a volúpia do poder pelo poder”, afirmou a entidade na nota.

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