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Trocando ideias e fazendo arte

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O sempre efervescente café e salão de Nalva Melo, na Ribeira, está na reta final de seu projeto Quartas de Fogo, que promoveu oficinas pré-carnavalescas durante as quartas-feiras de janeiro. O último será no próximo dia 31/01, um ateliê sobre maquiagem, fantasias, e customização de camisetas, a partir das 15h, aberto gratuitamente para quem quiser participar. Tudo faz parte de uma preparação para a prévia Quarta de Fogo, dia 07 de fevereiro, das 18 às 21h. 

Nalva Melo em sua “Quarta de Fogo”: criar e aprender

Nalva Melo em sua “Quarta de Fogo”: criar e aprender

Os ateliês colaborativos do salão recebem artesãs voluntárias como Maristela Oliveira, que também atua no projeto Transforme-se, que oferece aulas de artesanato para presidiárias. Ela ensina a fazer adereços como uma máscara feita de EVA brilhoso, cola de isopor, crochês, lantejoulas, miçangas e canutilhos. ”É um material que se acha em loja de aviamentos e armarinhos. É fácil de fazer e cada um dá seu toque pessoal”, diz.

Nalva Melo já adianta algumas dicas para o ateliê de maquiagem. Para o rosto, ela indica um ponto de cor no canto interno do olho, e uma passagem de glitter na área da face onde se ”ilumina”, (bochechas, têmporas), causando um efeito de brilho e luz. E para arrematar, amis glitter: “Ponha esmalte nas unhas e mergulhe num vidro de glitter. O efeito fica ótimo. E para a cabeça, um grampo de cabeça com cola e glitter”, diz. Barato e brilhante

Toque de mestre
De adereço e fantasia para o Carnaval, Carlos Sérgio Borges entende. O artista plástico, cenógrafo e figurinista faz parte da comissão julgadora das escolas de samba, além de já ter produzido a Imperatriz Alecrinense e ter feito várias alegorias para o bloco das Kengas. ”Quando me iniciei como carnavalesco em 1989, as fantasias não tinham adereços. Passei a fazer, e não parei mais”, conta. Atualmente, sua produção para venda está começando com dois meses de antecedência. Os foliões querem garantir a ”lacração” cedo.

No novo ateliê de Carlos Borges, um desfile de máscaras autorais

No novo ateliê de Carlos Borges, um desfile de máscaras autorais

Em seu novo ateliê, na Cidade Alta, Carlos produz máscaras, tiaras, cocares e diademas, tudo com muitas plumas, pedrarias, flores e tecidos brocados. As referências do artista vão do glamour do carnavalesco antigo até figuras da cultura popular, como os galantes de pastoris e caboclinhos. ”As peças com plumas encantam as pessoas, e maioria nem sabe que é coisa da nossa cultura popular, herdada dos caboclinhos e dos índios”, ressalta. E atualizando o processo, ele também passou a fazer… unicórnios. “É uma tendência atual, e as crianças adoram, brinca”.

Carlos Sérgio conta que o mais difícil é obter o material para suas peças. ” O que tem em Natal é escasso e raro. Por isso encomendo muita coisa de São Paulo, que mesmo pagando frete costuma sair mais barato que comprar aqui”, afirma. Além das muitas encomendas que recebe na época, ele ainda faz faixas e estandartes para blocos, além de cenários para balés e grupos de dança. Há três anos, voltou para a comissão julgadora dos desfiles de Carnaval. “As escolas apreciam meus elogios e até as críticas.Ele sabem que conheço bem essa área”, diz. 

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