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Trump vs Erdogan

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Alex Medeiros

Agora que o Nobel da Paz já tem dono, o presidente dos EUA, Donald Trump, resolveu botar o dedo de novo nos conflitos que sacodem a Turquia e a Síria. Na sexta-feira, ele mandou preparar sanções, que chamou “significativas”, contra a Turquia para impedi-la de continuar sua ofensiva no norte do território sírio. Trump se diz preocupado com a possibilidade de ataques indiscriminados a civis ou que os prisioneiros do Estado Islâmico (EI) consigam fugir.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse na entrevista – que repercute até este domingo – que o presidente autorizou e vai assinar uma nova ordem executiva concedendo ao Departamento do Tesouro o poder de impor novas sanções, agora mais duras, que poderão ser dirigidas contra qualquer pessoa ligada ao governo do ditador turco Tayyip Erdogan. Mas ele não quis esclarecer como Donald Trump implementará estas sanções.
Mnuchin apenas adiantou que a iniciativa não será ativada imediatamente, mas seu anúncio deverá servir para que a Turquia não prossiga com a ofensiva militar em solo da Síria. “As sanções serão muito poderosas”, ele disse.

Também afirmou que o governo americano espera não ter que usar as sanções de forma plena, mas se caso isso ocorra os EUA poderão prejudicar fortemente a economia turca. Indagado se isso era certo, respondeu: “se precisar, sim”.

Segundo o secretário do Tesouro, outra preocupação da Casa Branca com os ataques turcos é que eles afetem a infraestrutura civil da Síria e suas minorias étnicas e religiosas. A entrevista foi dada minutos após se reunir com Trump.

O presidente americano também quer deixar explícito que ele exige que a Turquia não permita a fuga de nenhuma pessoa que integra o grupo terrorista Estado Islâmico e que não ataque ativistas da Força Democrática Síria (FDS).

Na nota que soltou para a imprensa, Mnuchin informa que Trump deu poder ao Tesouro para “designar indivíduos e instituições do governo turco envolvidos em violações de direitos humanos ou ações que ameacem a paz na Síria”.

O recado vai também para as entidades financeiras do mercado privado americano, que deverão tomar cuidado nas negociações com pessoas e agentes turcos cujos perfis estão sujeitos às sanções que os EUA farão.

A decisão de Donald Trump vem uma semana depois das críticas no Congresso Americano por sua decisão de retirar as tropas militares da área, o que estimulou Erdogan a lançar sua ofensiva contra as milícias curdas.

Foi uma sexta-feira em que o presidente americano atraiu os holofotes do mundo, dividindo as manchetes com o ganhador do Nobel da Paz, o primeiro ministro Abiy Ahmed. Trump também fez uma trégua comercial com a China.

Trump vs Erdogan

Nobel da Paz
O resultado constatou que a Academia Sueca não se deixa influenciar por histerias juvenis, nem por marketing ambiental e muito menos por delírios militantes. A mídia mundial sempre colocou o etíope Abiy Ahmed como favorito.

Resmungo
Dos 301 nomes indicados ao Prêmio Nobel da Paz, apenas o folclórico cacique Raoni deu declarações lamentando não ter sido o escolhido, e afirmando seguir lutando como se ganhar a honraria fosse o real motivo da sua militância.

Jane Fonda
Ser presa aos 81 anos levantando uma bandeira que carrega desde a juventude, faz da atriz Jane Fonda uma ativista mais legítima e independente do que quem faz cara de raiva e passeia no oceano em veleiro de príncipe.

Revolteio
Risível o surto de gaguejo nos comentaristas da GloboNews buscando palavras e raciocínio para explicar que o Brasil não foi refutado na OCDE, mas apenas não poderia passar na frente de países cujos processos são anteriores.

Fake news
Era pouco mais de 21 horas no Brasil quando Donald Trump postou no Twitter um desmentido ao grupo Bloomberg, primeiro a divulgar a aceitação de Argentina e Romênia e negativa ao Brasil. E chamou a matéria de fake news.

Principado
Apesar do interesse em solucionar a crise interna no PSL, o senador Major Olímpio praticamente estabeleceu um muro entre ele e o presidente Bolsonaro, que dificilmente vai contemporizar com os filhos tachados de príncipes.

Resolução
Os jornais espanhóis ABC, El Mundo, La Prensa e Correo de Madrid não pouparam críticas aos homólogos de esquerda que criticaram a resolução do Parlamento Europeu que condenou os regimes fascista, comunista e nazista.

Resolução II
O jornal Público, de uma rede de comunicação assumidamente de esquerda, foi chamado de panfleto comunista numa reportagem do Correo de Madrid. Já o diário catalão El Periódico criticou grandes jornais que se omitiram no caso.

Ora veja
Em 2018, a revista Veja e sua versão online perdeu mais de 400 mil leitores. Os novos dirigentes estão enxugando tudo e vão até encerrar a edição Veja São Paulo. Uma campanha nas redes sociais pede que assinantes caiam fora.

Literatura em ação
Três romances de terror, três romances policiais, quatro contos de horror, três contos policiais e três projetos gráficos em livros. É a lista dos concorrentes ao II Prêmio Aberst de Literatura, promovido pela Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror, que serão anunciados em 19 de outubro.
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