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Túlio dá uma pausa nos gols e luta pelos eleitores

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ENTREVISTA - Jogador do Vila Nova, atual artilheiro da Série B é um dos candidatos do PMDB na cidade de Goiânia

Goiânia (AE) – Túlio Maravilha é um jogador em extinção. Não pelos 857 gols  marcados, de acordo com sua conta, mas pelo jeito irreverente dentro e fora  de campo – é difícil encontrar alguém como ele. Artilheiro da Série B pelo Vila  Nova, com 21 gols, o atacante ajudou a recolocar o time goiano na mídia – está  na vice-liderança, atrás apenas do Corinthians.

Quando promete balançar as redes,  Túlio costuma cumprir sua palavra. Promete também melhorias na cidade, principalmente no âmbito esportivo. O atleta é candidato a vereador em Goiânia e, hoje, vai ter seu carisma medido nas eleições. A agenda do atacante ficou lotada nas últimas semanas. Divide o tempo entre  treinos, jogos e política. Na terça-feira perdeu um pênalti na derrota de seu  time para o Paraná, por 2 a 0, no Serra Dourada. Após o jogo, marcou a entrevista com a Agência Estado para a manhã seguinte no luxuoso condomínio em que mora,  às 8 horas. 

Por que tão cedo? Em seguida iria gravar mensagens em apoio a candidatos à prefeitura  de outras cidades de Goiás, ter reuniões, treinar à tarde e, em seguida, viajar  para outro município. Com Túlio é assim, a história é diferente do script normal.  Não são os prefeitos que aparecem pedindo voto ao candidato a vereador, e sim  o contrário.  Todos sabem da imagem do atacante, e tê-lo como garoto propaganda é uma ótima  campanha.

Ele não nega nenhum pedido dos amigos do PMDB e, enquanto conversava  com a reportagem, ao lado da esposa Cristiane e dos gêmeos Christiann e Tulianne,  filhos de dez meses que ganharam o sobrenome de Maravilha, era aguardado por  uma equipe do partido. 

Por que você decidiu entrar na carreira política?
O pessoal sempre comentava que eu poderia virar candidato, que eu tenho  carisma. Mas no começo eu achava que iria continuar no futebol, ser dirigente.  No ano passado me filiei ao PMDB, comecei a participar de reuniões e tomei gosto.  Quero retribuir à sociedade tudo aquilo que o futebol me deu. 

Mas seus projetos são esportivos?
O carro-chefe é o esporte. Quero fazer praças de esporte em todas as  periferias daqui. 

E dá pra conciliar os treinos com a agenda política?
Dá sim, e sempre deixei claro que a prioridade é o Vila Nova. Ninguém  do clube nunca reclamou, até dão apoio. Se o Túlio político fizer 10% do que  o jogador faz, está excelente.

Acha que os torcedores do Goiás também vão votar em você?
Independentemente do time, eles vão votar. A rejeição está sendo mínima.

Você acreditava que o Vila Nova teria uma rápida ascensão?
No ano passado eu sabia que o time tinha condições de subir da Série  C para a B. Agora muitos não acreditavam na gente, mas estamos aí… 

Qual o ponto forte da equipe?
É o conjunto, a união do grupo, aqui não tem vaidade. Temos um treinador especialista  em Série B (Givanildo Oliveira), um goleiro em ótima fase, um goleador, um meio-de-campo  jovem…

Você estava no Canedense antes de ir para o Vila ano passado. O clube te  ajudou a voltar ao mercado?
Foi uma vitrine para mim, sem dúvida, mas de nada ia adiantar se não  fosse o meu futebol.

E o Vila Nova apareceu mais com você no time?
Fala-se muito do Vila agora na mídia graças ao meu futebol e aos meus  gols.

Você imaginava chegar aos 39 anos tão bem, como artilheiro?
Eu sempre me cuidei, estou preparado para isso. Tenho o mesmo peso e  o mesmo percentual de gordura de quando eu tinha 20 anos. 

Pretende jogar até quando?
Até 2010 ou 2011.

Mas se o milésimo gol não chegar até lá, aí você continua?
Do 900 para o mil a gente não vai desistir nunca. 

Pensa em voltar a vestir a camisa de um grande clube?
Meus sonhos agora são levar o Vila à Série A e chegar ao milésimo gol.  Com a camisa do Botafogo ou aqui. O gol vai sair no Serra Dourada ou no Maracanã.

Acha que falta no futebol alguém como você, que não tem medo de falar o  que pensa?
Hoje em dia é raro ter jogador irreverente, que promete e faz gols.  É polêmica pelo lado bom. Hoje o futebol está chato, monótono… 

Mas o Túlio ficou conhecido pelos gols ou pela irreverência?
Pelos dois. Gol todo mundo faz, mas a irreverência deu o toque. O marketing  deu o diferencial para a minha carreira.

Se vencer a eleição hoje, seguirá jogando?
Sim, não tem problema nenhum. Será até mais fácil do que como candidato. 

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