quinta-feira, 25 de abril, 2024
32.1 C
Natal
quinta-feira, 25 de abril, 2024

TV Cultura estreia Brasil Toca Choro

- Publicidade -

É na mistura de melodias da música clássica europeia, do jazz norte-americano e do ritmo africano tocado nos terreiros do Rio de Janeiro que se encontra o coração pulsante do choro. Originado na segunda metade do século XIX, ele encanta e emociona gerações há aproximadamente 150 anos. Reforçando a importância do gênero para a construção da identidade brasileira, a TV Cultura lança o  novo programa original ‘Brasil Toca Choro’. A atração vai ao ar todos os domingos, a partir de 4 de novembro, às 11h, também no YouTube e no aplicativo Cultura Digital, com horário alternativo às terças-feiras, às 22h30.

Nailor Proveta, Thalma de Freitas e Hamilton de Holanda na série Brasil Toca Choro, com estreia dia 4


Nailor Proveta, Thalma de Freitas e Hamilton de Holanda na série Brasil Toca Choro, com estreia dia 4
Dirigido por Mauricio Valim, o programa dá continuidade ao legado e comprometimento da TV Cultura com a sonoridade, que já vem de longa data. Em 1974, a emissora produziu com o Conjunto Atlântico O Choro das Sextas-Feiras, que ganhou o Prêmio APCA. Desde então, também foram ao ar programas como A Noite do Choro e A Alegria do Choro.

O presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos Mendonça, um dos idealizadores do projeto, ressalta a importância de manter viva e presente a história do choro na cultura do País. “Esse é um gênero que está na alma do brasileiro. É muito forte. Ele mexe com o povo e continua jovem, continua sendo extremamente envolvente. Nós preparamos essa série para mostrar ao mundo a qualidade da música brasileira”, disse ele no evento de lançamento do programa, que contou com a presença de grandes nomes do gênero e da música nacional em geral.

Henrique Araújo, bandolinista que integra a seleção de músicos que participaram do Brasil Toca Choro, comentou no evento de abertura sobre a importância do gênero estar presente na TV. “A geração mais nova, que veio das décadas de 80 e 90, não teve oportunidade de assistir a isso na televisão aberta. A gente ligava a TV e via uma programação que vinha de um outro lugar. Então, começar a assistir a isso a partir do dia 4 é muito importante para a gente e para os futuros [músicos] que irão vir”, comenta.

O Brasil Toca Choro foi desde o início pensado em formatos que pudessem ultrapassar a TV. Com isso, a fotografia está mais próxima da estética do cinema do que da televisão, por exemplo. Além disso, com a participação de 126 músicos – dentre eles, Nelson Ayres, Mônica Salmazo, Yamandu Costa, Proveta, Toninho Carrasqueira, Oswaldinho do Acordeon, Toninho Ferragutti, André Mehmari, Fabiana Cozza, Thalma de Freitas, Izaías Bueno de Almeida, Hamilton de Holanda, Armandinho e Marcelo Pretto –, o programa destaca o som de cada instrumento e, dessa forma, possibilita ao telespectador perceber tudo o que está sendo executado e a sua importância para o resultado geral.

Os instrumentistas Rodrigo Y Castro e César Roversi participam do episódio sobre Pixinguinha


Os instrumentistas Rodrigo Y Castro e César Roversi participam do episódio sobre Pixinguinha

Composto por 13 programas temáticos de uma hora cada, o Brasil Toca Choro traça um panorama histórico do primeiro gênero da música urbana tipicamente brasileira, contando, para isso, com a participação dos mais virtuosos e criativos intérpretes do gênero. Dessa forma, diferentes gerações e estilos se encontram para trazer versões autênticas do choro. Com arranjos inéditos e múltiplas formações, eles vão do regional tradicional à Big Band.

A atração também recorda passagens significativas, curiosas e, por vezes, engraçadas sobre o gênero, por meio da presença da atriz Maria Bia: “eu faço uma contadora de histórias no programa. Eu conto causos sobre esses cantores, esses intérpretes do choro”, explica ela.

Ainda conta com depoimentos de diversos músicos que construíram a trajetória surpreendente do gênero. Toninho Carrasqueira, flautista e expoente do estilo, por exemplo, afirma que o choro – tocado em rodas, “enquanto todos varavam a noite bebendo uma cachacinha” – nasceu com uma característica de inclusão, de confraternização. E é essa atmosfera de encontro que o programa busca transmitir a todos, participantes e espectadores.

Desde a sua gênese até os dias de hoje, o choro passou por muitas fases: de Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga a Altamiro Carrilho, de Ernesto Nazaré a Villa-Lobos, de Jacob do Bandolim a Hamilton de Holanda, de Valdir Azevedo a Armandinho. A partir de 4 de novembro, a arte consagrada por esses e outros grandes nomes pode ser vista todos os domingos, na TV Cultura.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas