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UERN atende demandas do interior

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Luiz Henrique Gomes
Repórter

A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) se consolida como uma instituição importante para Estado. Ao longo de 30 anos de existência, 58,8 mil pessoas foram formadas, de acordo com dados oficiais. A universidade reitera o fomento na economia gerado pelos formandos: cada aluno custa R$ 911,15 por mês à Universidade, enquanto os salários mensais médios depois de formados é de R$ 4.560,00 – segundo consta no Mapa do Ensino Superior no Brasil, divulgado em 2016.
Campus Natal funciona de forma improvisada nas instalações do Complexo Cultural da Zona Norte
Campus Natal funciona de forma improvisada nas instalações do Complexo Cultural da Zona Norte

#SAIBAMAIS#O foco está principalmente na educação pública do interior potiguar. De acordo com os dados da instituição, mais de 90% dos professores da rede básica de ensino do interior são formados na UERN. Em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a universidade realiza um programa formativo para qualificar professores do Estado e do município que não possuem nível superior ou que atuam em matérias diferentes da formação. Cerca de 800 professores participam deste programa.

Dos 67 cursos de graduação existentes, 28 são em licenciatura. Todos espalhados no interior do Estado: em Mossoró, Assu, Pau dos Ferros, Patu e Caicó. “Essa é uma das nossas prioridades e o que faz o papel da UERN muito importante no interior. Prezamos pela melhoria da educação pública e contribuímos com a formação continuada”, relata o reitor Pedro Fernandes. Com os 22 cursos de mestrado  e doutorado, a instituição quer qualificar também o ensino superior. “O intuito é oferecer a formação continuada e qualificar  para o próprio corpo docente da universidade e da educação básica, isso sempre prezando pelo interior”.

A instituição recebe pelo menos 40% de alunos da rede pública de ensino por ano, garantido pela lei das cotas. Com o foco na formação de professores, a lógica da UERN é cíclica: recebe aluno da rede pública e o devolve como professor. “Isso é retroativo e um ganho para a sociedade”, continuou o reitor.

Por ano, 2.400 vagas são abertas para cursos de graduação. As duas primeiras chamadas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deste ano, no entanto, contou com 40% de preenchimento das vagas. Um edital seletivo será aberto pela instituição para o preenchimento do restante.

Atualmente, a universidade estadual conta com 820 docentes efetivos. Desses, cerca de 700 são mestres ou doutores. O  maior ganho, para Pedro Fernandes, é a formação de mestres e doutores em cidades pequenas, onde a UERN é a única instituição superior pública. “Formamos doutores em Pau dos Ferros, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes. Isso é muito importante. O nosso foco é chegar onde outras instituições não atuam para oferecer essa formação com qualidade”, concluiu.

A própria criação da UERN está ligada à interiorização do ensino superior. Nascida em Mossoró em 1968 com o nome de Universidade Regional do Rio Grande do Norte (URRN), vinculada à Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte, só foi reconhecida enquanto universidade autônoma em 1987. Naturalmente, o primeiro campus foi em Mossoró, e em seguida a instituição se expandiu para Pau dos Ferros.

Desde então, apesar do foco em cursos de licenciatura, a UERN formou profissionais nas áreas da saúde, indústria, comércio, serviços, produção agrícola e judiciário. Em relação a saúde, a administração da instituição destaca: “A UERN presta serviços de atendimento direto a população em 27 especialidades médicas. Em algumas especialidades o serviço de saúde da UERN é o único serviço de referência do SUS na cidade de Mossoró e região”.

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