segunda-feira, 13 de maio, 2024
31.1 C
Natal
segunda-feira, 13 de maio, 2024

UERN encerra greve de 127 dias

- Publicidade -

As aulas na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) podem voltar já na próxima quarta-feira (21). Com o fim da greve, que durou exatos 127 dias, a direção da instituição convocou, em caráter extraordinário, o Conselho de Pesquisa, Ensino e Extensão  para deliberar, na próxima segunda-feira, se aprova ou não o novo calendário acadêmico.

Decisão foi tomada em assembleia por 175 votos a favor da retomada das atividades e 161 pela continuidade do movimento

Decisão foi tomada em assembleia por 175 votos a favor da retomada das atividades e 161 pela continuidade do movimento

#SAIBAMAIS#A decisão de por fim ao movimento e voltar às salas de aula foi tomada ontem em assembleia geral e teve um placar apertado. 175 votaram pelo fim da greve, enquanto 161 se posicionaram pela continuidade da paralisação.

Levando em contas greves deflagradas em anos anteriores, o já atrasado calendário acadêmico poderá ser retomado na próxima semana, com o início das atividades referentes a 2017.2. A cúpula da Uern garantiu ainda que a preocupação é aprovar o segundo semestre do ano passado o mais rápido possível e já discutir as diretrizes do calendário de 2018.

A greve da Uern foi iniciada no dia 10 de novembro, logo após o  encerramento do primeiro semestre de 2017. Após isso,  o planejamento pedagógico das atividades deveria ter sido retomado no dia 27 do mesmo mês, com os estudantes devendo voltar a sala de aula no dia 4 de janeiro, visando o início do segundo semestre de 2017 .

A paralisação dos professores foi em virtude dos atrasos salariais, que permanecem irregulares até o momento, uma vez que o Governo do Estado ainda não quitou os vencimentos referentes a fevereiro nem o 13º salário do ano passado. Ontem, o poder executivo estadual anunciou o pagamento do 13º salário de quem recebe até R$ 2 mil para o próximo dia 30.

Durante o período de greve, decisões judiciais afetaram o dia a dia da universidade. Isso porque 86 servidores foram demitidos no dia 18 de janeiro, por determinação do Supremo Tribunal Federal, por entrarem no serviço público sem concurso. Dias após a demissão, a justiça estadual determinou o retorno dos profissionais, alegando que a Uern deveria realizar as demissões por meio de processos administrativos individualizados.

Porém, em março, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, derrubou a decisão e reordenou as demissões dos servidores. O que chamou a atenção é que nesta segunda ordem de extinção dos cargos, seis servidores conseguiram a aposentadoria, uma vez que os processos já estavam em andamento antes mesmo da primeira decisão, alegou a universidade.

Para resolver esse problema, o reitor da instituição, Pedro Fernandes Neto alega que a Uern já está providenciando a convocação de um contingente equivalente de servidores para as vagas que ficaram em aberto, uma vez que tem um concurso em vigência. No entanto, o reitor não disse quando essas convocações vão ser feita, uma vez que a pauta da Uern, no momento, é a retomada das aulas após a greve.  “Tão logo a gente retome o calendário acadêmico vamos nos debruçar sobre a convocação desse pessoal”, disse Pedro Fernandes.

O reitor assegurou ainda que o poder executivo não deve ter problemas na nomeação desses novos servidores. “A Uern tem uma lei estadual definindo um quantitativo de vagas. Com a saída desses 80 a gente fica com a possibilidade desse preenchimento. E mesmo com o estado acima da Lei de Responsabilidade Fiscal, nós estamos aptos a convocar em casos de aposentadoria, falecimento e exoneração”, concluiu.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas