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UFRJ cria serviço para atender “síndrome da nomofobia”

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Rio (AE) – Sentir falta exagerada do celular pode ser sinal de doença, que tem nome: nomofobia – abreviação de “no mobile”, “sem celular” em inglês. A síndrome, que atinge 53% das pessoas que utilizam telefonia móvel na Grã-Bretanha – segundo levantamento de 2008 com 2.163 pessoas pelo Instituto YouGov -, pode causar angústia, palpitação, desconforto. Os homens (58%) estavam mais suscetíveis à angústia da desconexão que as mulheres (53%). E metade relatou que nunca desligava o celular e 9% disseram sentir “profunda ansiedade” quando ficam sem o aparelho.

No Brasil não há estatística sobre o transtorno, mas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criou um serviço pioneiro para pesquisa e atendimento de pacientes com sintomas da nomofobia: o Laboratório de Pânico e Respiração, do Instituto de Psiquiatria, coordenado pelo professor Antonio Egidio Nardi.

“Todos temos dependência do conforto e da comodidade das novas tecnologias. O problema é quando aparece um comportamento patológico, semelhante ao da pessoa dependente da droga ou do álcool”, explica a psicóloga Anna Lucia Spear King, que defendeu tese de doutorado sobre o tema.

Segundo ela, angústia de ficar sem o celular pode ser sinal de um transtorno de ansiedade. “É como aquela pessoa que tem o hábito de lavar as mãos o tempo todo e, quando se investiga a fundo, descobre-se que ela tem transtorno obsessivo compulsivo.” Anna Lucia diz que pacientes relatam que têm medo de passar mal e não conseguir pedir socorro. “Muitos têm o número do médico e da ambulância registrados para discagem rápida.”

O tratamento inclui entrevista com psicólogos e psiquiatras e terapia cognitiva comportamental.

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