Alex Medeiros
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Dizem que nos anos remotos do cinema, os alemães inventaram uma técnica de produzir imagens animadas antes dos irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, inventores de uma máquina mágica chamada cinematográfico e, por isso mesmo, considerados até hoje os pais da sétima arte. No começo do século XX, inspirado na literatura, o expressionismo alemão tornou-se referência mundial da nova arte que saltava das telas ainda sem sonoplastia.
O nariz de cera no parágrafo inicial é só para avisar que quando o assunto é filme atual, não é necessariamente obrigatório filosofar em alemão como cantou a língua de Caetano Veloso na verbalização de Martin Heidegger. Ao assistir “Deus, você é um babaca” (no original germânico “Gott, du kannst ein Arsch sein”), não precisa salgar a pipoca com Fritz Lang, Leni Riefenstahl, Wim Wenders e Werner Herzog. Mastigue o filme como uma guloseima emocional.
É um belo filme de um alemão que só em 2005 se tornou diretor de fato. Seu nome é André Erkau e que apesar da curta trajetória já ganhou duas dezenas de prêmios com seu estilo de construir as tramas e dirigir roteiros e artistas.
No caso em tela, que estreou nos cinemas da Europa em outubro do ano passado e já está por aqui nos serviços de streaming, trata-se de uma história trágica tentando ser remediada com uma aventura juvenil e uma paixão idem.
A linda e sensual atriz Sinje Irslinger, de 25 anos, interpreta a adolescente Steffi, de 16, que às vésperas de uma viagem colegial para Paris, onde irá se entregar ao namorado, vê o lazer e o prazer das férias virarem uma tragédia.
E é a partir dessa tragédia que o romance-comédia começa a se desenvolver com a garota desistindo de viajar com os colegas – a mãe quer enviá-la ao hospital – e logo decide se aventurar no rumo de Paris com um motoqueiro.
Não é comum no cinema alemão desses anos produzir o que os americanos chamam de filme de estrada, um formato que Hollywood transformou em cinema prêt-à-porter com desfiles de paixões e grandes amores atemporais.
A protagonista do longa metragem decide não se entregar à medicina e vai fazer da curta vida uma eternidade enquanto dura. E se o namorado já partiu, ela encontra a cumplicidade do rapaz do circo que vai dirigir sua caminhonete.
Com uma deliciosa trilha sonora onde canções acústicas predominam, a viagem começa e a estrada se estende como o fio condutor em que a menina se agarra na busca do naco de vida que lhe resta no diagnóstico dos doutores.
Cinema e doença têm sempre um delicado equilíbrio entre o finíssimo limite entre sentimento e sentimentalismo. Não é fácil encaixar uma perspectiva de fim no início de uma amizade pueril que vai num crescendo de paixão a amor.
E já que há uma estrada escancarada para Paris, vale lembrar o francês Victor Hugo: “a vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace”.
Steffi quer fugir da morte e achar um novo encontro com a vida, só não sabe ainda que a imortalidade do presente só ocorre quando o único elemento que promove isso surge naturalmente, num encontro fortuito. O amor é seu nome.
A linda e sólida amizade de viagem, que na verdade é uma fuga com os pais no encalço, impõe o paradoxo: quanto mais Steffi se aproxima de Paris, mais ela percebe a distância se esticar do namorado e estreitar com o motoqueiro.
O roteiro que começa dramático, que tenta improvisar pontuações de comédia, mergulha no romance. A menina linda que foge da quimioterapia descobre a química com seu parceiro sem futuro. E ambos conjugam o amor, no indicativo presente que lhes resta.

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