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Um analista, por favor!!!

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Vicente Estevam (interino)[email protected]

Não precisa sequer forçar a memória, não faz muito tempo os clubes potiguares figuravam com alguma normalidade a divisão de clubes emergentes do Brasil e nossos ABC e América, principalmente, eram sempre apontados como equipes competitivas pelos rivais nordestinos. Mas o que houve com o nosso futebol, que, de 2016 para cá, submergiu na Série C a ponto de, hoje, estarmos na lanterna entre os times nordestinos?

Muitos preferem apontar o dedo, indicando a FNF como a grande culpada pelo fato, mas eu me questiono, pois considero uma resposta simplista para os fantasmas que envolvem realmente um leque de questões. A relação entre federação e clubes é boa. Tudo que as diretorias de ABC e América solicitam, na medida do possível, a FNF consegue atender. Logo, aonde está o problema com a federação?

Um dos principais entraves, é que o nosso futebol ainda não se transformou em um produto. Uma espécie de mercadoria que atraia a atenção do público consumidor e de empresas a ponto de formar uma ciranda financeira em torno dele. Necessitados de dinheiro de forma cada vez mais urgente, os dirigentes agem muito mais pelo impulso de aliviar o bolso no final de cada mês e se vendem por qualquer tipo de proposta, desde que consigam alguns trocados para contribuir com o pagamento da folha salarial.

Nossas cabeças pensantes precisam aprender que nem sempre um dinheirinho fácil e rápido é o melhor caminho. A solução dos nossos problemas passa por um amplo entendimento e paciência. Um produto como o futebol, em um estado economicamente fraco como o do RN, deve ser trabalhado com afinco e dedicação e até que se torne a atrativo para o consumidor final, o dono da mercadoria deve perseverar, visando exclusivamente valorizar sua marca.

Os resultados, as vezes, só ocorrem em médio prazo, mas é necessário se atacar o problema com unidade entre as partes, pois não é mais qualquer tostão que irá resolver a derrocada dos nossos clubes e do nosso futebol. Como chegamos ao chão da fábrica, faz-se necessário um trabalho unido e voltado para o crescimento.

O futebol potiguar como é feito há cem anos: com brigas de torcidas contribuindo para afastar cada vez mais pessoas dos estádios, a vaidade dos dirigentes e a falta de alternativas daqueles que apontam o dedo para culpabilidade e não apontam soluções ou caminhos, foram suficientes apenas para fazer o futebol potiguar descer ao degrau mais baixo do principal esporte praticado no Brasil. Que tal todos agirmos de forma diferente? O momento é esse e o futebol potiguar clama por socorro.
Reação nordestina
O futebol do Nordeste, que no ano passado não havia emplacado nenhum clube entre aqueles que obtiveram acesso para Série B, na temporada atual voltou a mostrar uma forte reação e já possui três representantes de volta à divisão dos clubes emergentes no Brasileirão. Náutico, Sampaio Corrêa e Confiança já estão garantidos na B do próximo ano, mostrando uma redistribuição de forças dentro da região. Como a coluna foi fechada antes da realização do jogo entre Juventude-RS x Imperatriz-MA, dando a equipe maranhense nesse duelo, os nordestinos vão repetir a temporada de 2014 quando ocupamos todos os postos da semifinal e do acesso.
Novo fôlego
Se a legislação esportiva aponta que um atleta punido com suspensão pelo cartão, vermelho, terceiro cartão amarelo ou suspensão pelo STJD não pode sequer assinar a súmula de uma partida, o Treze-PB terá de montar um boa estratégia de defesa para se livrar do risco de perder os pontos do confronto diante do Confiança, quando usou o treinador Celso Teixeira de forma irregular. Pensando dessa forma, fica cada mais mais difícil dissociar a situação do técnico da condição de um atleta suspenso. Não é o fato de entrar em campo ou não que gera a ilegalidade, a mesma é gerada pela própria presença do ente punido nos domínios de um clube dentro de um estádio de futebol. Esse debate vai dar o que falar.
Castigo?
Podem passar mil anos, mas a torcida do ABC jamais irá esquecer a derrota sofrida para o Paysandu nas quartas-de-final da segunda divisão de 1991 e do juiz baiano Manoel Serapião Filho, acusado de ter prejudicado o time natalense na ocasião. Até que anos mais tarde o ex-presidente do Papão, Miguel Pinho, veio a público revelar um esquema com a arbitragem naquele fatídico jogo. Agora é o Paysandu que reclama de coisa semelhante na Série B, ao perder a vaga para o Náutico na disputa de pênaltis, num jogo em que esteve na frente e com a classificação assegurada até o minuto final departida, quando o juiz Leandro  Vuaden  marcou um pênalti taxado, no mínimo, de duvidoso contra os paraenses. A diretoria do Papão decidiu formalizar um protesto à CBF, reclamando do lance e também da invasão de campo pelos torcedores pernambucanos que agrediram um membro da comissão técnica do Paysandu. Será que é a lei do “aqui se faz, aqui se paga?”
Sub-19
FNF definiu a data das disputas da final do Campeonato Estadual Sub-19 e da disputa do terceiro lugar. A final será realizada  em jogo único, entre ABC x Visão Celeste, clube que pelo segundo ano consecutivo conquista uma vaga para disputa da Copa São Paulo. Esse confronto está marcado para domingo, dia 15 de setembro, no estádio Frasqueirão, com o início previsto para 15 horas. A disputa do terceiro lugar ocorrerá nesta quinta-feira, dia 12, entre Palmeira x Força e Luz, no estádio Nazarenão, em Goianinha, às 20 horas.

Matutão

Hoje acontece no auditória da sede da Federação Norte-rio- grandense de Futebol (FNF), a partir das 14 horas, a reunião para o lançamento do Super Matutão.  O presidente da casa, José Vanildo, está esperando a casa cheia para a novidade no calendário oficial do futebol potiguar. Como se trata de um projeto piloto, a tendência é que nesta primeira edição o número de participantes seja limitado, mas como existe uma tendência de regionalização da disputa, a expectativa é que sejam realizadas um grande número de inscrições. O torneio acontecerá de 3 de novembro a 7 de dezembro.
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