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Um encontro digital de acervos sobre Natal

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Ramon Ribeiro
Repórter

Poucos sabem, mas Natal tem um biblioteca virtual com importante acervo voltado exclusivamente para assuntos relacionados a cidade e região metropolitana. Desenvolvida com o objetivo de reunir de maneira sistemática inúmeros estudos realizados sobre a capital potiguar e arredores, bem como compartilhar esse conteúdo de forma prática e gratuita, a Biblioteca Virtual de Natal (BVN) foi lançada ainda na gestão de Micarla de Sousa. Sem vingar, o projeto foi retomado nos primeiros anos da administração Carlos Eduardo, mas ainda conta com pouca divulgação e acessos. A coordenação da BVN foi visitada pelo VIVER e dá início a uma série de reportagens sobre as bibliotecas de Natal.
Bibliotecas virtuais são opção de acesso a trabalhos acadêmicos
Com mais de mil trabalhos catalogados, dentre teses, dissertações, monografias, livros, periódicos e outros documentos, quem utilizar o serviço terá acesso a estudos sobre aspectos diversos da cidade, todos divididos em três áreas temáticas: Políticas Públicas, Gestão Metropolitana e Cidades Interativas, com trabalhos que vão de cultura a meio-ambiente.  Os documentos são produzidos pelas universidades parceiras – UFRN, IFRN, UERN e UNI-RN –, por pesquisadores independentes e pelo corpo técnico das secretarias da prefeitura. A maioria do conteúdo é atual.

“A Biblioteca Virtual é um banco de dados sobre Natal. A gente precisava desse conteúdo para construir os trabalhados do município, dar subsídio nas políticas públicas da prefeitura”, conta Irani Santos, diretora do Departamento de Desenvolvimento Socioeconômico da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), setor ao qual a biblioteca está vinculada. “Queremos juntar tudo sobre Natal. Não importa se mais focado para história, cultura, arquitetura, urbanismo. Os trabalhos serão encaixados em algum dos eixos temáticos para ser disponibilizado para consulta. O importante é o estudo ser sobre Natal e região metropolitana”.

Concebida em 2008 no Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia (Comcit), a biblioteca foi ao ar no ano seguinte. Construído sob um sistema de gerenciamento pago, o projeto teve dificuldades na manutenção. Na retomada em 2013, o site ganhou novo sistema, dentro do conceito de software livre, desenvolvido em parceria com a própria equipe de programadores da Sempla. O resultado permitiu um layout mais limpo e corte de gastos para a prefeitura. Para administrar a biblioteca, foi contratada por concurso público a bibliotecária  Daniele Rufino Vieira.

Atualmente com 700 acessos mensais, a biblioteca já chegou a bater o número de visitas do site da prefeitura na época de seu lançamento. Segundo Irani, é fundamental e urgente trabalhar melhor a parte de divulgação. “Queremos que a demanda pelo site cresça. Temos esse banco de dados importantíssimo sobre a cidade e precisamos fazer chegar melhor ao cidadão”, conta.
Coordenada por Irani Santos, a BVN possui mil obras cadastradas
Irani comenta a biblioteca ainda tem muito para crescer e pretende para 2017 reaproximar o projeto das instituições parceiras. “Estamos em busca de mais conteúdo. Temos algumas conversas com a equipe de TI para melhorar a funcionalidade para quem desejar contribuir com pesquisas. E queremos também fazer um trabalho de revitalização das parcerias com as universidades”, diz a diretora do departamento. Ela lembra que Natal está incluída na Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD), da UFRN. Dessa parceria já há pesquisas e soluções tecnológicas sendo desenvolvidas e grande parte desse conteúdo também pode ser adicionado ao acervo da Bilioteca.

A diretora também conta que pretende estreitar os laços com outras secretarias do município, como a de Educação. A ideia seria estimular a pesquisa nas escolas de Natal. “A gente quer dar andamento ao projeto de Pesquisador JR, onde alunos serão iniciados na pesquisa”, diz. Na área de educação passa muita informação. Os próprios professores desenvolvem pesquisas importantes. Pretendemos trazer esses conteúdos para disponibilizar aos cidadãos. Democratizando o conhecimento podemos fazer uma cidade melhor”.

Para acessar: www.natal.rn.gov.br/bvn

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