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Um “game” em cenário real

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BATALHA - Equipe tenta acertar o adversário e invadir território inimigoGrupos de cinco pessoas, em média, vestidos com roupas camufladas, portando máscaras de proteção, coletes à prova de balas, armas em punho, penetrando sorrateiramente em ambientes urbanos ou não. Quem imaginou que o cenário descreve o treinamento de um grupo militar, errou!

Na verdade, trata-se de um jogo criado nos Estados Unidos há 24 anos. O paintball, que lembra um game eletrônico disputado na vida real, evoluiu e já virou uma febre no mundo. “É um vício de adrenalina impressionante”, destacou o argentino Hugo Portenho, 28 anos, radicado em Natal há 4 anos.

“O paintball está virando um febre no Brasil”, confirmou, emendando, o empresário Wilson “Gringo”, amigo de Hugo. A dupla está organizando um torneio em Extremoz, com o objetivo de divulgar e difundir o esporte em Natal e região.

“A nossa intenção é desenvolver o esporte, proporcionando meios para os jogadores adquirirem experiências e se profissionalizarem. Queremos colocar Natal em destaque no cenário nacional desse esporte radical”, destacou Wilson, um calinforniano de 34 anos, filho de brasileiros e neto de italianos, que morou em São Paulo, mas também escolheu Natal para morar.

O 2º Encontro de paintball começou ontem e termina hoje com a participação de sete times com cinco jogadores cada. “São equipes de São Paulo, Paraíba, Ceará, duas de Pernambuco e duas do Rio Grande do Norte”, confirmou Hugo.

Paintball ainda é um esporte caro

O esporte ainda é caro para os iniciantes. A máscara, segundo Wilson, custa entre R$ 200 e R$ 400; o marcador (espécie de arma) é o equipamento que mais pesa no bolso do jogador. “Um marcado mecânico, não eletrônico pode ser comprado até por quatro centos ou quinhentos reais. Já o marcador eletrônico, mais profissional. Gira em torno de dois e cinco mil reais”, revelou o “Gringo”. Ainda segundo o empresário, o ideal para iniciantes é alugar os equipementos. O aluguel dos equipementos custa entre R$ 25 e R$ 50, dependendo do número de balas solicitadas pelo jogador. O pacote inclui: máscara, colete e o marcador.

Para jogar em Natal, o interessado pode entrar em contato com Hugo Portenho (9924 5382), que tem pontos estratégicos espelhados pela cidade para a prática do esporte, que tem sido divulgado, através da internet: www.pintabrasil.com.br/for.

Esporte chegou ao Brasil em 1990

O paintball chegou no Brasil em 1990, com a abertura de campos no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Por volta de 1992, as primeiras equipes brasileiras se aventuraram em competições fora do país.

As apresentações foram aumentando a cada ano, servindo sempre de aprendizado e foram elevando o nível das equipes nacionais e dos torneios realizados no País. Em 1997, a equipe brasileira e carioca – “Fighters” – sagrou-se campeã Mundial, na categoria cinco homens amador.

Em Natal, o paintball competitivo teve início em outubro do ano passado no campo do Comando Paintball, localizado no bairro de Ponta Negra. Natural de Buenos Aires, Hugo Portenho, proprietário do local, teve a idéia de dar vida ao paintball na cidade e começou alugando os seus equipamentos, criando outras modalidades do jogo.

Ele implementou o sistema tático, jogos de cenários, tanto urbano, quanto de floresta e começou a se interessar pelo “Speedball”, reconhecido como esporte radical em vários países. Atualmente existem dois times amadores em Natal que viajam para eventos na região Nordeste.

Madereiros desenvolvem a modalidade

Paintball é um jogo que começou com uma brincadeira entre madeireiros do Canadá e EUA, há 24 anos. Os trabalhadores utilizavam marcadores para atirar bolas nas árvores que seriam derrubadas. No final do expediente, aproveitavam para fazer um tipo de jogo popular entre os americanos: “Capture the Flag” (capture a bandeira) em simulação de combate.

Alguns praticantes resolveram levar a coisa mais a sério e entre eles estava o Bob Gurnsey, o “Pai” do Paintball. Com o passar do tempo, o esporte sofreu mudanças, deixando de ser praticado apenas como uma simulação de combate.

Cada jogador deve, obrigatoriamente, utilizar uma máscara de proteção facial de visão e um marcador de paintball (arma específica que é alimentado por um cilindro de gás CO2, nitrogênio ou ar comprimido), usado para lançar cápsulas de tinta – gel colorido solúvel em água e biodegradável – com cerca de 4 gramas de peso à uma distância de 40 metros.

O paintball é uma modalidade segura. Há equipamentos desenvolvidos especificamente para a sua prática, que garante tranqüilidade aos participantes.

A grosso modo, o objetivo final do jogo é capturar uma bandeira que está no campo inimigo, muito semelhante a uma brincadeira de rua conhecida por “bandeirinha”. Para tanto, os jogadores encaram uma batalha em diversos cenários e tentam aliminar o inimigo com os marcadores.

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