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Um jovem escriba do cotidiano

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OBRA - Fialho lança “É tudo mentira!”“Uma verdadeira apoteose do sossego é encontrada na obra da banda Los Labrojas. Os seus integrantes não tocam nenhum instrumento audível, também não cantam nenhuma canção nem emitem sons durante as apresentações. O novo CD, que já vendeu mais de 20 milhões de cópias só no Brasil, você pode não ouvir 15 novas faixas do mais puro e autêntico silêncio, sem qualquer ruído ou intervenção sonora que possam atrapalhar a não-audição da obra”.

Esse é o clima non-sense que permeia a crônica “Bandas que eu gostaria de sacar”, um dos 45 textos que o jovem escriba Carlos Fialho reúne no livro “É tudo mentira! Histórias inverídicas de um autor falso e fingido”, cujo lançamento está marcado para esta quinta-feira, às 18h, na AS Livros do Praia Shopping, em Ponta Negra. “São histórias “divertidas, bem-humoradas e absurdamente cotidianas”, explica Fialho.

“É tudo mentira!” é o segundo título da série de lançamentos planejadas pelo selo “Jovens Escribas”, espécie de cooperativa editorial articulada a partir de listas de discussão na internet — o romance “Lítio”, de Patrício Jr. foi a primeira obra materializada pelo projeto. Ainda fazem parte dessa primeira leva os livros “Contos Bregas”, de Thiago de Góes, e “Escolha o título” (poesias), de Daniel Minchoni, previstos para chegar às livrarias respectivamente em março e abril. “Nossos textos sofrem de claustrofobia crônica e incurável, por isso a necessidade de serem impressos”, justifica o escritor, que estreou na literatura em 2004, com a publicação independente “Verão Veraneio — Crônicas de uma cidade ensolarada”.

 “Agora que aprendemos a utilizar a Lei de incentivo à cultura, outros lançamentos já estão sendo estudados pelo grupos”, adianta o também publicitário Carlos Fialho, visto como elemento catalisador para o surgimento do JE em 2003. Além dos quatro títulos já listados, outros dois estão tramitando na Lei municipal Djalma Maranhão.

Podemos entender o Jovens Escribas como uma maneira empreendedora e ousada que o grupo de novos escritores encontrou para transgredir as fronteiras da internet — muitos dos cadastrados no fórum mantém um blog (como são popularmente conhecidos os diários virtuais).

A primeira ação oficial do grupo foi o lançamento, em dezembro de 2004, de textos nos banheiros públicos da cidade (através de uma parceria firmada com a empresa WC Mídia). Oficializados, os escribas partiram para novas formas de divulgação do projeto: o Digiscritos, um livro virtual montado em CD-Rom trouxe à tona contos, crônicas e poesias produzidas por 15 autores participantes do grupo.

“Quando decidi publicar o livro (“Verão veraneio”), comecei a pesquisar se haviam outros escritores jovens produzindo em Natal. Para minha surpresa, descobri autores excelentes”, revelou Fialho. Atualmente a lista de discussão tem mais de 60 membros e conta com jovens autores de outros estados.

Para se ter uma noção do espírito da coisa, o manifesto publicado no site do grupo (www.jovensescribas.com.br) diz o seguinte: “Não vamos nos limitar a transgredir. Vamos digitar, formatar, editar, enviar com cópia oculta e, acima de tudo, vamos IMPRIMIR! Ctrl+P é nosso grito de guerra”.

“É tudo Mentira!” foi editado com patrocínio da Prefeitura de Natal, através da Lei Djalma Maranhão e agência de publicidade Art&C, mais apoio cultural do Banco do Nordeste.

Serviço:
Lançamento do livro “É tudo mentira! Histórias inverídicas de um autor falso e fingido”, de Carlos Fialho.
Hoje, às 18h, na AS Livros do Praia Shopping, em Ponta Negra.
Preço: R$ 25.

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