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Um menino, três reis e muita música

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AUTO - No ano passado, os artistas da terra foram homenageados através dos personagens. Este ano, o tema será o ser humano

Esqueça quase tudo o que você sabe sobre os três reis magos. Ou pelo menos tire aquela visão tradicionalista da cabeça. Digamos que a versão oficial, onde Melchior era um ancião, Gaspar um jovem branco e Baltazar um negro barbudo, está ultrapassada. Na edição 2006 do Auto de Natal, cada rei tem sua mania. Na visão de Nei Leandro de Castro, por exemplo, rei mago de vergonha ou gosta de poesia, de futebol ou de mamulengo. O escritor assina o texto do espetáculo “O Menino e os Reis”, dirigido por Lenício Queiroga. O público terá três oportunidades, de hoje a sábado, sempre às 20h, para conferir o furdunço. O encontro da platéia com a história do nascimento do menino Jesus ocorre em meio a arquitetura clássica do anfiteatro do campus da UFRN.

No fim de cada noite, a prefeitura do Natal através da Fundação Capitania das Artes convidou Fagner, Simone e Elba Ramalho para encerrar a festa. Antes dos espetáculos, no entanto, a platéia fica com a apresentação da Banda Sinfônica da Cidade do Natal seguida da bênção do padre Nunes.

Trilha sonora deverá ser o ponto alto

A trilha sonora do Auto que vem sendo um ponto alto das últimas edições tem as mãos de Babal e Galvão Filho, que cita a receptividade do público com as músicas mesmo antes das apresentações. “Como o CD com as 11 canções saiu antes, tem gente que já decorou algumas faixas. Todo mundo que escuta fala da qualidade do trabalho. Eu e Babal pegamos o texto do Nei Leandro para fazer as músicas. Eu tinha uma (música) pronta, ‘Reza’, que fiz para a padroeira de Natal, Nossa Senhora da Apresentação. Achei o resultado muito bom, ainda com as participações de Xangai e Santana”, analisou Galvão Filho, em entrevista ao VIVER.

Responsável mais uma vez pela iluminação do espetáculo, Castelo Casado vem dizendo que esse deverá ser o melhor trabalho feito por ele em encenações ao ar livre. Esta edição é recordista em número de participantes no elenco da peça. Cerca de 150 pessoas entre atores e bailarinos participam da festa.

“Auto de Natal tem momentos feéricos”

 Para o diretor do espetáculo Lenício Queiroga, “diferencial” é a palavra da moda. Além de contar com um enredo inédito, com três reis magos não-convencionais à frente da história, ele afirma que o foco também é outro se comparado com edições passadas. “O recado que quero passar neste espetáculo é o da celebração ao ser humano. Enquanto algumas pessoas preferiram celebraram o mar e outros símbolos, estou prestando uma homenagem ao ser humano, à vida mesmo diante de todos esses acontecimentos que estão aí”, disse. 

Queiroga conta ainda que em alguns momentos o espetáculo se torna “feérico” (vibrante); segundo ele, é por conta do casamento perfeito entre os elementos usados na encenação. “É um espetáculo diferente de qualquer outro, vai ter bastante ritmo, com alguns momentos de vibração. Há um casamento perfeito entre os textos, a fotografia, as imagens, interpretações. Teremos uma grande passarela que envolve o palco e forma um desenho belíssimo”, explica.  

Segundo ele, o natalense deve se identificar com a proposta. Outro ponto ressaltado pelo diretor é o clima do espetáculo realizado no anfiteatro da UFRN. “Quem está lá ensaiando no palco sente aquela arquitetura que vem da origem do teatro e faz você se reportar à Grécia antiga. Tem a ver também com o tipo arquibancada no próprio terreno. Criamos cenas que atendem essas sensações no público”, relata. 

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