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Um novo jeito de andar sobre rodas

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Tádzio França
Repórter
Colaborou: Cinthia Lopes
Editora

O interesse das pessoas pelos patins atravessa gerações, independente dos ocasionais modismos. Se nos anos 70/80 a patinação estava ligada a grandes salões onde se ouvia disco music, agora ela foi de vez para as ruas. As botas com rodinhas também acompanharam as mudanças do tempo, claro, ganhando designs novos, modernos e arrojados. O que não mudou é a sensação de liberdade – com ou sem velocidade – que a patinação proporciona. Pode-se dizer que Natal vive a sua nova “febre” de patinação neste começo de século.  E há modelos e modalidades para todos os gostos.

O “marco zero”
O patinador profissional Anderson Dantas é adepto das rodinhas desde 1994, mas só viu Natal ganhar um grupo organizado há cerca de dois anos. “Tudo começou graças ao projeto Costeira Viva, que fechava um trecho da Via Costeira para uso dos pedestres. Vinha muita gente de patins, e começamos a trocar informações e contatos sobre equipamentos, manobras e lugares para praticar – ou a falta deles. E assim foi surgindo o Patinadores de Natal”, conta. Atualmente, o grupo conta com 1.200 pessoas nas redes sociais,  entre praticantes e simpatizantes.
Anderson é praticante da chamada inline downhill,  modalidade de corridas por ladeiras, exigindo força, equilíbrio e coragem
O projeto Costeira Viva começou em abril de 2013, mas desde o fim do ano passado não tem mais edições regulares. Os Patinadores de Natal não ficaram parados – literalmente – e acharam outros points: eles se dividem entre o Presépio de Natal, aos sábados e domingos a partir das 15h, e na parte externa do condomínio Alphaville, em Pium, durante os dias da semana. Os encontros em Candelária também atraem gente com skate, bicicleta e patinete. O clima é bem família. À noite, como o local não tem iluminação adequada, alguns vão para uma área próxima à Arena das Dunas.

Modalidades
“Natal é a única capital brasileira que não tem um skate park”, lamenta Anderson. Mesmo assim, os patinadores natalenses seguem procurando mais espaço, equipamentos e novas manobras. Anderson já vê por aqui um público bastante diverso, seja em idade e estilos de patinação. Ele mesmo é praticante da chamada ‘inline downhill’, modalidade que consiste em corridas por ladeiras, exigindo força, equilíbrio, e coragem – já que algumas ladeiras são bem íngremes. Neste fim de semana, dias 18 e 19, ele estará em Cascavel, no Paraná, correndo pela 1ª etapa do campeonato brasileiro. É o único representante do Nordeste nessa modalidade.

As modalidade na patinação são muitas, e é possível escolher qualquer uma conforme a disposição. Para iniciantes, ele recomenda o modelo fitness, mais confortável, deslizante, e com bota mais resistente. “É o ideal para quem deseja só quer passear, ouvindo uma música, sem manobras”, diz. Para quem vai começar é indispensável o uso de acessórios protetores como munhequeiras, joelheiras, cotoveleiras e capacetes. Quanto mais confortável, mais suave a patinação.

Os patinadores dispostos aos passos mais radicais tem os inline ‘slalom’, ideal para giros e manobras nos cones; ‘street agressive’, para rampas, corrimões e halfpipes; e o ‘quad’, que é o modelo clássico dos anos 70, com rodinhas na frente e atrás, que atualmente é mais usado em patinação artística, sendo mais indicado para quadras e não indicado para as ruas. O perfil dos praticantes é bastante amplo: vai de crianças de seis anos de idade a quarentões. “A patinação é um exercício físico ótimo para todas as idades”, garante Anderson.

Vip Roller aluga patins para quem quer começar
A patinação exige equipamentos que, no geral, são caros. Para quem ainda está começando, alugar pode ser um bom negócio. A Vip Roller percebeu isso e atua junto aos patinadores desde novembro de 2013, junto com as primeiras turmas da Costeira Viva. “Levamos nossos patins para quem quisesse experimentar, e foi um sucesso. A gente praticamente não usava mais, mas na Via Costeira os patins fizeram os patins voltarem à pista”, conta Amanda Kaline. Para ela, alugar é o ideia para quem ainda está aprendendo ou experimentando. A Vip tem apenas modelos inline. “Quando as pessoas tomam gosto de vez, vão comprar seus próprios equipamentos”, diz. Contatos pelo  9153-5199.

Uma loja de Patins em demanda

Os patinadores natalenses contam com uma loja específica para eles há apenas um mês. A Life Sport, em Lagoa Nova, abriu sua loja física só em março deste ano, mas já atua junto a turma dos patins desde outubro do ano passado. “A gente colava nos lugares onde os patinadores se reuniam, e vendíamos nossos patins no local mesmo. As lojas de artigos esportivos da cidade só ofereciam o básico do básico. A gente trazia modelos mais variados, e assim o negócio foi começando”, conta Priscila Bezerra, que comanda a loja junto com o marido.

A Life Sport é o atual paraíso dos patinadores, oferecendo patins de vários tamanhos e modalidades, rodas, rolamentos, parafusos, bolsas para patins, meias, camisetas, acessórios de proteção, lubrificante para rolamento, etc. Para ela, a nova cena de patinação em Natal ainda está engatinhando, mas há sim um mercado que está cada vez mais informado e exigente. “Patinar com conforto é muito melhor, e compensa a falta de espaços específicos”, ressalta. Mais informações pelo 8898-3551 e 9600-6980.

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