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Um olho na câmera outro no ambiente

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Yuno Silva – repórter

Biodiversidade, aquecimento global, escassez de água e sustentabilidade são assuntos cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas; e os debates sobre questões ambientais vêm alterando a rotina da sociedade – ainda mais nesses tempos de Rio+20. No campo audiovisual o tema inspira filmes de curtas, médias e longas-metragens. Na capital potiguar, um grupo de realizadores e estudantes de cinema, preocupados não apenas com o futuro do planeta e a própria sobrevivência, mas também com a produção local, resolveu unir forças em torno do projeto independente “DocNatal”.
O professor de Cinema Documental, Airton De Grande, em ação ao lado da cinegrafista Suerda Morais, do advogado da área de Direito Ambiental, Cássio Hazin, e do estudante Lucas Galvão.
A ideia de produzir um documentário a partir do mote “O que está errado com o meio ambiente na sua cidade?” é relativamente simples, o instigante do projeto está em admitir colaborações de qualquer pessoa interessada em responder a pergunta acima. E para construir a narrativa, a equipe lança o seguinte desafio: “Não fale, filme!”

“Nosso objetivo é produzir o documentário de forma compartilhada, com imagens captadas em qualquer tipo de equipamento audiovisual como celulares e câmeras fotográficas compactas, entre outros”, disse Airton De Grande, jornalista da assessoria de imprensa do Ibama e professor da disciplina Cinema Documental no curso de Cinema da Universidade Potiguar (UnP).

“A partir da mídia, sabemos a opinião dos políticos sobre os assuntos ambientais; o posicionamento dos empresários; do Ibama; e da própria imprensa. E a sociedade? O que ela pensa? Quais os anseios? Quais as denúncias? Acredito que com o DocNatal poderemos ter uma noção capilarizada da situação”, aposta o coordenador.

Segundo De Grande, serão admitidas colaborações de vídeos produzidos por amadores e/ou profissionais, com qualquer tempo de duração, desde que respeitados pré-requisitos básicos como a veracidade das informações, a qualidade satisfatória das imagem e o formato digital – todas as colaborações serão devidamente creditadas. “A meta é funcionar como um mapeamento social dos problemas ambientais, questões bem mais amplas que cuidar de macaquinhos ou de árvores. Ou seja, trânsito, lixo, poluição sonora e qualquer atividade que influencie diretamente no bem estar das pessoas fazem parte desse universo ambiental”,  explicou o professor.

Inicialmente o grupo pretende produzir um documentário de 30 minutos com imagens produzidas em municípios da Região Metropolitana de Natal, mas nada impede do grupo produzir um longa-metragem ou fazer outras versões para o DocNatal – inclusive enfocando outras regiões do RN. “Tudo vai depender do material recebido, e tudo será aproveitado”, adiantou Airton, que realiza o projeto ao lado da cinegrafista Suerda Morais, do advogado especializado em Direito Ambiental Cássio Hazin, do publicitário Ivan Hagi e dos universitários Lucas Galvão e Dhara Ferraz – todos alunos, excetuando Ivan, do curso de Cinema da UnP.

Grupo realiza palestras para motivar participação das pessoas

Para incentivar a participação das pessoas, principalmente estudantes, e manter o tema em evidência, o grupo realiza palestras periódicas onde aborda algum aspecto ambiental. Os encontros são seguidos de oficina audiovisual, ministradas por Suerda Morais, que potencializa a utilização de equipamentos móveis e fornece noções básicas de vídeo – linguagem, enquadramento. “Fomentar o audiovisual e incentivar um olhar diferenciado para com o meio ambiente é como juntar a foma com a vontade de comer”, simplifica a cinegrafista.

“Educação é fundamental e os jovens estão muito engajados nesses assuntos relativos ao meio ambiente”, disse Cássio Hazin. “Apesar do projeto ser aberto q qualquer pessoa, o público mais novo está usando muito os equipamentos móveis para captação de imagens e queremos aproveitar isso”, reforça Lucas Galvão.

Depois de pronto, o documentário colaborativo DocNatal será distribuído em escolas, pela internet ou para qualquer entidade ou cidadão interessado. “Queremos é difundir, criar uma massa crítica capaz de interferir nessas questões ambientais”, disse Airton De Grande.

Como participar

– A iniciativa DocNatal não tem fins lucrativos e não está vinculada a nenhuma das instituições citadas: a UnP oferece apoio na edição do documentário;

– O Ibama cede espaço para realização de palestras e oficinas, que funcionam como forma de multiplicar a proposta e incentivar a participação no projeto; e a empresa de consultoria ambiental Ecoprimus fornece suporte virtual.

– Interessados em participar do projeto podem encaminhar vídeos até o dia 17 de agosto, e as colaborações devem enviadas exclusivamente em formato digital (DVD, pendrive, link internet ou e-mail) para [email protected] ou através do correio “Projeto

DocNatal Ambiente – Assessoria de Comunicação do Ibama no RN. Av. Alm. Alexandrino de Alencar, 1399, Tirol – Natal (RN)

CEP 59015-350.

www.ecoprimus.com.

FILMOGRAFIA AMBIENTAL

“LIXO EXTRAORDINÁRIO” (2009), documentário dos diretores brasileiros João Jardim e Karen Harley e da britânica Lucy Walker

“ESTAMIRA” (2005), documentário de Marcos Prado

“ILHA DAS FLORES” (1989), documentário de Jorge Furtado

“SANEAMENTO BÁSICO – O FILME” (2007), ficção-comédia de Jorge Furtado

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