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Um PT abatido

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Lydia Medeiros

O desanimado início da caravana de Lula no Sul acendeu um alerta entre os petistas: o medo de o abatimento contaminar a militância às vésperas de uma definição do Judiciário sobre a liberdade do ex-presidente. Ontem, Lula foi confrontado por protestos e um número de seguidores aquém do esperado. Organizadores questionam se era o melhor momento para passar por uma região em que ele enfrenta forte resistência. Nas redes sociais, a audiência dos atos também não vingou, mesmo com transmissão dos eventos ao vivo nas páginas de petistas de todo o país. Nem mesmo o encontro com o ex-presidente uruguaio José Mujica empolgou.

Esvaziado
Diferentemente da passagem pelo Nordeste, por onde Lula iniciou seu périplo com uma grande recepção popular, muitos parlamentares não estarão presentes no roteiro do Sul, que deve ficar limitado a deputados e senadores da região.

Contradições
Com a confirmação da entrada de Antonio Anastasia na disputa pelo governo de Minas, adversários do tucano já reúnem dados de sua gestão, encerrada em 2014, para atacá-lo. Mas, antes da largada oficial, contam com as declarações do senador se negando a entrar na disputa. Ontem, espalharam, via WhatsApp, declaração dele, em novembro. “Precisamos de renovação, não serei candidato, mas participarei através de ideias”, disse Anastasia.

Em defesa de Marielle
Um grupo de advogados vai protocolar, no Superior Tribunal de Justiça, queixa-crime por calúnia contra a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, que, em rede social, escreveu que a vereadora Marielle Franco “estava engajada com bandidos”. A peça será assinada por criminalistas como Alberto Toron e Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Depois da repercussão negativa, a magistrada disse que deveria ter esperado o fim das investigações para opinar ou não sobre o tema.

Barreira eleitoral
A Boeing acredita que se, até abril, não conseguir vencer a resistência das Forças Armadas e da sueca Saab, que desenvolve os caças Gripen em parceria com a estatal, à compra da Embraer, o negócio não vai sair do papel. Na avaliação da empresa, o início do calendário eleitoral dificulta ainda mais o cenário.

Independência em xeque
A Associação Nacional dos Advogados da União vê com preocupação a participação do consultor jurídico do Ministério da Saúde, Daniel Lima, na queda de braço da pasta com a Anvisa. Como a coluna mostrou na semana passada, o ministro Ricardo Barros estimula pacientes a entrar na Justiça contra a agência para derrubar exigência para a importação de remédio. Na sequência, ele indica o consultor para dar orientações. Lima não é do quadro da Advocacia-Geral da União. Veio do mercado privado. “O advogado público não é ameaçado por contrariar alguma política ou um pedido de um ministro. É mais imune a pressões políticas e, por isso, a tendência é sempre priorizar o interesse público”, diz a presidente da associação, Márcia David.

Queda de braço 
Sem se entender sobre a reoneração da folha de pagamento de vários setores empresariais, o Ministério da Fazenda e parlamentares cancelaram encontro ontem, com a desculpa de que os congressistas não haviam chegado a tempo em Brasília. Tanto governistas como o relator do texto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), no entanto, admitem que nenhum dos lados quer ceder. O governo quer manter a desoneração para meia dúzia de setores. Os parlamentares falam em pelo menos 20.

Qual o slogan 
Ministros políticos que deixarão a Esplanada para disputar as eleições quebram a cabeça para deixar a marca final das gestões. Um dos que se desligarão do cargo, Mendonça Filho (Educação), divulga amanhã edital do Enem deste ano e estuda liberar mais recursos para os municípios no Programa Mais Alfabetização, lançado em janeiro.

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