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Universidade dá aval à “Concursobrás”

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Brasília (AE) – Após três rodadas de discussão, a Universidade de Brasília (UnB) deu aval aos planos do Ministério da Educação (MEC) de transformar o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) em uma espécie de “Concursobrás”, empresa pública focada em processos de seleção, certificações e exames, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O centro integra hoje a UnB e fatura mais de R$ 200 milhões por ano.

Por 36 votos a fator, seis contrários e quatro abstenções, o parecer do decano de assuntos comunitários, Eduardo Raupp, foi aprovado pelo conselho universitário. Para aceitar a empreitada, a UnB elaborou uma lista de condições: quer ficar com pelo menos 10% da receita financeira do novo Cespe (que passaria a se chamar Centro Brasileiro de Seleção e de Promoção de Eventos), indicar os membros da diretoria executiva e receber tratamento prioritário na prestação de serviços à empresa. A universidade ainda deseja que a empresa tenha isenção tributária.

No ano passado, o Cespe obteve faturamento de R$ 271,5 milhões, dos quais R$ 46,9 milhões (17% do total) foram repassados à universidade. O crescimento do órgão foi impulsionado pelo grande número de concursos públicos promovidos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esse resultado traduz uma tomada de posição muito elaborada, não foi uma decisão precipitada e sim implicou um debate no qual houve a formação de um convencimento”, disse o reitor José Geraldo de Sousa Junior. “A UnB tem força política e o próprio País tem a percepção da excelência do trabalho feito até aqui”, afirmou, ao ser questionado se as condições impostas pela universidade serão plenamente aceitas pelo governo federal

Para a UnB e o MEC, a criação da “Concursobrás” também é uma tentativa de regularizar a situação do Cespe. O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades no pagamento de funcionários e determinou que a regularização seja feita até 30 de junho.

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