com Guilherme Amado e Mariana Alvim
O governo faz planos para votar a reforma da Previdência em outubro. Mas, a julgar por uma pesquisa inédita feita entre os dias 15 e 23 pela consultoria Arko Advice com 199 deputados de 25 partidos, o risco de fracasso é gigantesco. Para 83%, a reforma não será votada neste ano. O pessimismo atingiu até mesmo o PMDB. Dos 24 deputados da legenda consultados, 16 não acreditam na aprovação. Os dois maiores obstáculos apontados pelos entrevistados foram a proximidade com as eleições de 2018 (49%) e a falta de apoio na base (35%).
A voz do povo
Com qual ministro do STF que você mais simpatiza? O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.640 brasileiros de todos os estados entre segunda-feira e quinta-feira passada e constatou que a maioria (52%) não simpatiza com ninguém. Mas, ainda assim, Cármen Lúcia se sai bem na foto: 20% deram seu "voto" à presidente do Supremo. Em seguida, aparece Edson Fachin, com 5,8%. Nesta lista, o controvertido Gilmar Mendes surge com 1,6%, à frente de Marco Aurélio (1,3%), Alexandre de Moraes (1,2%) e Dias Toffoli (0,3%).
Para o arquivo
Pelos últimos movimentos, Edson Fachin indica que vai arquivar o inquérito contra Marcelo Navarro. Em sua delação, Delcídio Amaral disse que Navarro foi nomeado por Dilma Rousseff em 2015 com o objetivo de ajudar a barrar a Lava-Jato.
Sessão mistério
Quem bancou o orçamento de R$ 15 milhões para botar nos cinemas no dia 7 de setembro a megaprodução "PF - a lei é para todos", o filme da Lava-Jato? Seus produtores não dizem sob hipótese alguma. O que se sabe até agora é que foram 30 investidores reunidos pela paulista Saga Investimentos.
No peito
A delação de Lúcio Funaro, que será homologada por Edson Fachin nos próximos dias, acerta em cheio o peito de Eduardo Cunha, seu ex-cúmplice.
De volta
No segundo tempo da delação da Camargo Corrêa, o chamado recall, constarão dos depoimentos alguns tópicos da finada Operação Castelo de Areia que ainda não prescreveram.
De roupa e tudo
Depois de sua delação e de decidir que nunca mais fará marketing político, Duda Mendonça tem um novo projeto: escrever um livro contando casos das campanhas de que participou. Uma dessas histórias reunirá Lula, Zezé di Camargo e ele próprio. Na véspera do comício do PT no segundo turno da eleição de 2002 Lula e Zezé (que recebeu R$ 75 mil para cantar no ato) foram ao apartamento de Duda, em Salvador e tomaram um porre de pinga. Lá pelas tantas, a manguaça era tanta que o trio se jogou na piscina de roupa e tudo.
Como unha
O consultor Vicente Falconi foi contratado pela Vale para mais uma leva de corte de custos na mineradora.
Mais privatização
A próxima estatal na fila da privatização é a Caixa Seguridade, a empresa que reúne as participações da CEF no setor de seguro e previdência privada.
A quatro paredes
Escaldados com os vazamentos de várias decisões da área econômica do governo, Henrique Meirelles e Fernando Coelho restringiram a discussão sobre a privatização da Eletrobras aos secretários executivos dos seus ministérios e à Procuradoria da Fazenda. Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, irritou-se por ter só tomado conhecimento do assunto aos 45 minutos do segundo tempo.
Guerra nas redes
O Palácio do Planalto identificou que dos 11 milhões de internautas que frequentam as redes sociais do governo, há 7 milhões de petistas e assemelhados. São pessoas que lá entraram nos anos Lula e Dilma e hoje atacam qualquer iniciativa de Michel Temer.
Péssimo na foto
A imagem do Brasil no exterior, ao menos aos olhos da imprensa, é a pior possível. Um estudo da consultoria Imagem Corporativa, feito a partir das 1.170 reportagens sobre o Brasil publicadas no primeiro semestre em 13 reputados jornais e revistas de 11 países, constatou que 80% eram de teor negativo. Em igual período, mas de 2009, 83% das reportagens sobre o país lá fora eram positivas.
Apesar de Vocês
Na ditadura, Chico Buarque esmerou-se em driblar a censura com letras que mascaravam suas intenções. Em "Caravanas", disco lançado anteontem, Chico volta à velha forma. Não mais para enganar o regime, mas o ódio militante. Assim, travestiu "Desaforos" com uma capa de canção de amor. Só que seus versos cabem à perfeição como resposta sutil e deliberada aos ataques rancorosos que recebe nas redes sociais. Eis um exemplo: "Alguém me disse/que tu não me queres/e que até proferes desaforos pro meu lado/Fico admirado por incomodar-te assim". Outro: "Custo a crer que meros Iero-Ieros de um cantor/possam te dar/tal dissabor". Mais um: "Vejo-te a flanar pela avenida/como dama (...)/serei o primeiro a duvidar/que em horas vagas/os teus lábios delicados/roguem pragas por aí".
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