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Valor das equipes está nas alturas

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Se depender do valor de mercado das equipes que vão disputar a série B, o sucesso da competição já está garantido. A queda do Palmeiras e os investimentos realizados por clubes tradicionais do futebol nacional, com passagem na divisão de elite e que têm planos de regressar a principal  divisão do futebol nacional, estão fazendo dessa edição a mais valiosa de todos os anos. O valor de mercado dos elencos somados, segundo pesquisa da Pluri Consultoria, chega a R$ 583 milhões (224 milhões de euros), tendo justamente o  time paulista como o mais valioso do mercado.

Ainda vivendo o dissabor do rebaixamento no ano passado e das recentes eliminações no Campeonato Paulista e na Libertadores da América, o Palmeiras entra na disputa da série B com o peso de favorito ao título da competição nas costas. O elenco montado para atender as exigências da torcida e bater as expectativas do treinador Gilson Kleina, tem o valor de R$ 121 milhões, quantia equivalente a pouco mais de 20% de todo o bolo da competição.

Em se tratando do ranking de valor de mercado, os clubes potiguares estariam inclusos na “zona de rebaixamento”. O levamento apontou que o América, valendo R$ 14 milhões, e o ABC avaliado em R$ 13,5 milhões, estariam respectivamente na 17ª e na 18ª colocação, a frente apenas de representantes como o Boa Esporte/MG (R$ 13,3 milhões) e o Guaratinguetá/SP (R$ 12,7 milhões).

Mas para sorte dos potiguares, a prática em competições como a Libertadores da América estão demostrando que, pelo menos no futebol, dinheiro não vem trazendo a realização plena nem felicidade na bagagem. Que o digam os quatro times brasileiros eliminados na segunda fase da competição continental, cujos investimentos realizados estão bem acima daqueles realizados pelo Boca Júnior/ARG, Santa Fé/COL, Tijuana/MEX, Olímpia/PAR, Newell’s Old Boys/ARG e Real Garcilaso/PER, que passaram para as quartas-de-final e ainda continuam vivos na luta pelo título mais cobiçado das Américas.

Investimento

A Liderança, por estado, é de São Paulo, cujos 5 times participantes , somados, equivalem a um investimento de R$ 199,6 77 milhões. Os paulista são seguidos pelos catarinenses, que com quatro classificados respondem por  um investimento de R$ 119,6 milhões, na sequência vêm os cearenses, com um par de representantes e cujo valor de mercados dos elencos está avaliado em  R$ 52 milhões.

Quando são considerados apenas os valor médio por cada representante, fica revelado um equilíbrio entre pernambucanos, paulistas e goianos. O valor médio dos clubes de Pernambuco e do estado de Goiás estão orçados em R$ 41,6 milhões e os de São Paulo em R$ 39 milhões.

Em relação a temporada passada, os times que mais elevaram os valores de seus elencos foram: Paraná Clube (+66%), Joinville (+50%) e Bragantino (+48%). No outro extremo desse quadro, entre os clubes que realizaram a redução de investimento mais drástica em relação ao elenco com os quais jogaram em 2012 estão o  Guaratinguetá (-39%), Figueirense (-35%) e América-MG (-32%).

América e ABC também reduziram investimentos

Os clubes potiguares também tiveram redução no investimento em relação a 2012. A maior redução atingiu o América, ela está na casa de 30%. A equipe que no ano passado foi avaliada em R$ 19,3 milhões, entra em campo esse ano orçada em R$ 14 milhões. A queda de investimento do ABC foi na ordem de 20%, saindo de  R$ 16,3 milhões (2012) para R$ 13,5 milhões nesta temporada.
Mas na visão dos representantes dos clubes RN essa redução no valor de mercados das equipes, não significa perda de qualidade ou de competitividade dos dois grupos. Ao contrário do que o valor pode mostrar os dirigentes estão confiantes numa boa apresentação das equipes na competição que terá largada nesta sexta-feira, ao mesmo tempo em que apresentam suas justificativas em relação a economia realizada.
Alex Padang disse que América mudou o foco de investimentos
Pelo lado americano, o presidente Alex Padang, ressalta que a pesquisa deixa claro a nova opção da diretoria, que optou por abrir mão de atletas formados e com valores já bem definidos no mercado do futebol, para pegar jovens com potencial de crescimento.
“Nosso foco mudou, na atual temporada nós verificamos os jogadores que têm qualidade para disputar uma série B, mas que ainda estão em crescimento. Trouxemos atletas com disposição de se valorizar dentro do próprio clube. Então quanto mais longe o América chegar, será melhor para todos”, afirmou Padang.

Ele destaca quem nem sempre trazer os jogadores já formados surtem o efeito desejado. “A torcida pode ficar certa de que não perdemos qualidade em relação a temporada passada. Acredito que fizemos até o contrário, agregamos mais qualidade. Só que os atletas que estão conosco ainda não são tão conhecidos no cenário nacional”, acrescenta.
Stênio Dantas afirma que medida foi necessária para o alvinegro
#SAIBAMAIS#O ABC marchou no mesmo caminho, o executivo de marketing do clube, Stênio Dantas, ressalta que na sua opinião os clubes potiguares tiveram de se adequarem a realidade local. “Os elencos hoje estão dentro da realidade de condição de pagamentos dos nossos clubes. Mas o valor dado a um jogador, não determina toda qualidade do mesmo, pois leva em consideração vários fatores”, disse Stênio.

Alex Padang disse que a medida deu oportunidade ao América pagar a folha em dia.

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