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Varela Santiago: excelso benfeitor

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Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN

Cláudio Galvão já provou sua mestria de grande biógrafo, haja vista as obras deste gênero de sua autoria, narrações da vida das ilustres figuras humanas a seguir: Oswaldo de Souza, Tonheca Dantas, Zila Mamede, Oriano de Almeida, Othoniel Menezes e Waldemar de Almeida. Agora, mais uma biografia da sua lavra, desta feita sobre um dos maiores beneméritos do Rio Grande do Norte, o médico Manoel Varela Santiago Sobrinho (1885-1977). Nesta e nas outras biografias, o autor revela não somente seus méritos de escritor, mas também de pesquisador obstinado, pois não se contenta apenas em repetir aspectos e fatos já conhecidos do perfil da pessoa em foco, mas, sobretudo, amplia a dimensão do estudo. Outro detalhe que chama a atenção nessas obras é a presença do historiador, pois os escritos de Cláudio Galvão revelam essa sua formação, capaz de reunir nuances culturais e científicas, circunstâncias, aspectos sociais e humanos, para compor um todo que permite uma visão mais completa do biografado.

Além de historiador, Cláudio Galvão é também um cultor das artes e das letras, escritor com 18 obras publicadas, enfim, uma pessoa voltada à educação e à cultura. Portanto, é natural que seus biografados sejam nomes que se vinculam ao esplendor cultural, em qualquer de suas áreas de expressão. No caso desta obra, a escolha foge, em parte, dessa regra geral. Sabe-se, que o Dr. Manoel Varela Santiago Sobrinho foi um médico exemplar, um filantropo, com uma formação profissional que se alinha entre as melhores que existiam à época – concluiu o curso de medicina no Rio de Janeiro, em 1910 –, pesquisou e publicou matérias da sua área de atuação, mas não se destacou por uma premissa intelectual, sob o prisma das letras e das artes. Assim sendo, por que Cláudio Galvão o elegeu, no intuito de transportar-lhe a vida para páginas escritas? Fiz esta pergunta ao autor desta obra e, na resposta, ficou claro que, desde criança, ele nutriu admiração, respeito e afeto pelo Dr. Varela Santiago, seu primeiro pediatra.

Além disso, a senhora Claudina Pinto Galvão, genitora de Cláudio Galvão, foi funcionária do Hospital Infantil Varela Santiago na década de 1940, e, por morar perto, permitiu que seu filho, vez por outra, a acompanhasse ao trabalho. Não sabia o Dr. Varela Santiago que, no futuro, aquele menino sagaz e observador seria um dos seus biógrafos. É válido referir que, neste 2017, ano do 1º centenário do Hospital Infantil Varela Santiago, foi lançada uma outra obra que conta a história dessa unidade hospitalar, e a do seu fundador, autoria da médica Maria Zélia Fernandes.

Este livro – em breve será publicado – se dedica à vida de um excelso benfeitor do Rio Grande do Norte: Manoel Varela Santiago Sobrinho. Sua ação benemérita envolve as duas áreas de maior ênfase social: saúde e educação. Nas páginas a seguir, sem exagero, estão exemplos vividos à semelhança das lições contidas nos Evangelhos de Cristo. O Dr. Varela Santiago nunca almejou glória nem fama, mas sua glória e sua fama cada vez mais se atestam nas obras beneméritas que deixou para os pósteros. Este ótimo trabalho biográfico do escritor Cláudio Galvão serve também para mostrar o quanto um ser humano pode ser feliz ao tentar fazer os outros também felizes, por meio do seu invulgar, notável e natural amor ao próximo.  

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