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Varig demite funcionários no RN e vôo ficará suspenso

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EMPRESA - A Varig chegou a ter 20 empregados em Natal

A Varig demitiu 17 funcionários no Rio Grande do Norte, de um total de 22 profissionais, e anunciou que manterá suspenso o único vôo que mantinha para Natal. A companhia aérea chegou a manter uma equipe de 40 pessoas, há cinco ou seis anos, segundo o gerente geral João Carlos Oliveira. De acordo com o gerente geral da Varig para o Rio Grande do Norte, os clientes da companhia que detiverem milhas acumuladas no programa de milhagem não terão perdas porque poderão utilizá-las para os destinos ainda operados pela empresa. A companhia mantém o atendimento ao público no Aeroporto Augusto Severo, apenas das 11h às 16h.

A Justiça do Trabalho do Rio bloqueou ontem os US$ 75 milhões  depositados pela VarigLog, no dia 24, quatro dias após o leilão. A decisão tem  como objetivo assegurar o pagamento de rescisões trabalhistas dos 5.500 trabalhadores  que são demitidos desde a última sexta-feira, além de salários atrasados. O depósito  foi feito como primeira parcela da compra da Varig e o destino era outro, o  de reestruturar a operação cotidiana da empresa. A Varig, a quem cabe recorrer  da medida, informou que ainda não havia sido notificada.

O bloqueio foi determinado pelo juiz Múcio Nascimento Borges, da 33.ª Vara  do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que concedeu uma liminar pedida pelo  Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Município do  Rio (Simarj). A questão é que, contam fontes do mercado, pelo menos US$ 39 milhões  teriam sido usados para pagar despesas como taxas aeroportuárias da Empresa  Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), fornecimento de combustível  pela BR Distribuidora e arrendamento de aviões. A juíza Márcia Cunha, que integra a comissão de juízes da recuperação judicial  da Varig, afirmou que não há como a 8.ª Vara Empresarial do Rio interferir ou  anular a decisão da Justiça do Trabalho. “Não podemos atuar, nem interferir.  Só as partes envolvidas podem recorrer, ou cumprir a decisão”, disse. Segundo  Márcia, o que pode ser discutido é um conflito de competência, o que “ainda  não foi cogitado”.   

Outro revés judicial para garantir o pagamento das rescisões trabalhistas  e de salários atrasados pode vir do Ministério Público do Trabalho (MPT) do  Rio, que deve mover uma ação civil pública para obrigar a nova controladora  da Varig, a VarigLog, a honrar com essas obrigações. O tema será discutido hoje em audiência no Rio, com representantes da Varig e da ex-subsidiária.  “A questão é realmente preocupante. Vamos buscar uma solução. Caso contrário,  vamos buscar no Judiciário a responsabilização da empresa”, afirma o procurador  Rodrigo Carelli, do MPT. Carelli acrescenta, no entanto, que, a princípio, acredita  que haverá bom senso para uma solução. “Nossa preocupação maior é com as mais  de 5 mil pessoas que estão sendo demitidas. Queremos saber como ficarão os salários  e o FGTS, que, ao que parece, não está  sendo depositado há mais de quatro anos”, acrescenta o procurador.

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