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Varig Log ganha mais tempo para explicar proposta

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ARGUMENTO - Ayoub reconhece complexidade da operaçãoRio (AE) – O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, deu mais 24 horas de prazo para que a Varig Log detalhe sua proposta de aquisição da ex-controladora. Por meio de comunicado, Ayoub informou que assim que receber os esclarecimentos vai repassá-los ao administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, e ao Ministério Público do Rio. Só depois disso é que a Justiça do Rio deve dar seu parecer sobre o futuro da companhia. Conforme nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio no site da instituição, Ayoub reconhece “ a complexidade do negócio.”

Entre as possibilidades, estão a falência, um novo leilão ou assembléia de credores para avaliar a oferta da Varig Log. A decisão da Justiça sobre os próximos passos da Varig deveria ter sido divulgada na segunda-feira, mas a Deloitte pediu mais esclarecimentos sobre a oferta. O administrador judicial da Varig quer a garantia de continuidade de operações da Varig antiga, que ficaria com 5% das ações da Varig e herdaria os passivos da companhia.

Na avaliação da Deloitte e da Justiça, a Varig antiga não poderia ser apenas uma empresa criada para ficar com dívidas. A Varig Log, que planeja desembolsar cerca de US$ 500 milhões para comprar a Varig, entregou ontem à Justiça do Rio a primeira etapa do detalhamento de seu plano de aquisição. Mas, segundo uma fonte, a exigência da Justiça de garantir a operação da Varig antiga poderia inviabilizar o investimento, porque essa seria uma forma de administrar os passivos.

Uma liminar obtida pela Fazenda determinou que o dinheiro arrecadado no leilão seja usado para pagar dívidas com a União e com a Previdência, cerca de R$ 3,5 bilhões. Como a proposta da VarigLog equivale a R$ 1,1 bilhão, não haveria como amortizar dívidas com demais credores estatais e privados.

A Varig Log depositou ontem US$ 300 mil para despesas emergenciais da Varig, principalmente combustível e arrendamento de aviões. Desde segunda-feira, a ex-subsidiária já emprestou US$ 4,3 milhões.

A Varig encolheu à metade sua malha de rotas, originalmente com 46 destinos, para continuar operando nesse período de indefinição. A companhia comunicou formalmente à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão de 21 rotas (9 internacionais e 12 domésticas), segundo fontes do mercado.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, confirmou que foram mantidas, no plano de emergência, as 25 rotas mais rentáveis (11 internacionais e 14 domésticas). Para o exterior foram cancelados os vôos para Paris, Milão, Madri, Munique, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Ficaram os vôos para Nova York e Miami (que passaram a ser operados em dias alternados), Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz de La Sierra, Santiago, Caracas, Aruba e Copenhague.

No País, a empresa continua voando para São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Macapá e Brasília.

O enxugamento será mantido, pelo menos, até o dia 3 de julho, quando a Varig deve reavaliar a questão. De acordo com a legislação do setor, quando uma companhia aérea deixa de operar uma rota por mais de 30 dias, a concessão é retomada pelo governo para ser distribuída a outras empresas.

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