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Varig não cogita cancelar vôos que operam no RN

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ATENDIMENTO - Guichês de vendas e check-in da Varig funcionaram normalmente no aeroporto

O gerente geral da Varig em Natal, João Carlos Pereira de Souza, garantiu ontem que a companhia não vai cancelar os dois vôos diários que opera no Rio Grande do Norte a partir do Aeroporto Internacional Augusto Severo. Ele negou que a rota seja desativada como parte do “plano de emergência” da empresa para enfrentar a crise financeira. Um estudo encomendado pela empresa indica que o caminho é abandonar as linhas regionais com fluxo de passageiros em apenas um período do ano e dedicar-se aos vôos internacionais.

A companhia aérea transporta entre oito mil e dez mil passageiros, mensalmente, nesses dois vôos (Natal/Recife/São Paulo e Natal/Salvador/São Paulo) no Rio Grande do Norte. “Para nós não mudou nada. Desconheço que a companhia vai deixar de operar no Estado”, disse João Carlos Pereira. Segundo o gerente da Varig, a capital potiguar não se enquadra mais nesse perfil de elevado fluxo apenas em alguns meses do ano, como o período de férias.

“Independente dos 13 vôos charters que chegam ao Estado, a Varig traz muitos estrangeiros através dos vôos regulares ao longo do ano”, afirmou o executivo. João Carlos Pereira afirmou que o escritório da companhia em Natal tem recebido muitas ligações telefônicas de clientes em busca de informações quanto às milhas acumuladas através do programa “Smiles”. Mas esclareceu que o assunto está sendo tratado em instâncias superiores da Varig e que, por enquanto, não chegou qualquer informação oficial de alterações relativas ao programa.

A frota da Varig é de 71 aeronaves, das quais apenas 54 estão voando. A estratégia de a companhia “encolher” para manter-se no mercado foi traçada no ano passado pela Lufthansa Consulting e prevê a extinção de algumas rotas regionais – que segundo o projeto dão prejuízo – e direcionar os esforços para os vôos internacionais.

A explicação da diretoria da Varig é que as chances de sobreviver adotando essa estratégia são maiores porque a marca da companhia é bem conhecida no exterior. A preferência, no Brasil, é para aquelas rotas com grande fluxo de passageiros com destino aos aeroportos onde as aeronaves da empresa decolam para outros países.

Funcionários da companhia aérea fizeram manifestações ontem, em alguns aeroportos do País, para pressionar o Governo Federal a ajudar na solução da crise. Com mais de dez mil funcionários, a Varig não tem dinheiro para pagar as dívidas estimadas em R$ 7 bilhões ou recursos para manter-se voando e cobrir as despesas como salários e combustíveis.

Fluxo será maior no feriado

O feriado da “Semana Santa”, que para muitas pessoas já começa amanhã em função do ponto facultativo para os funcionários públicos de alguns estados, fará a taxa de ocupação da rede hoteleira de Natal subir para 60% ou 70%, segundo estimativa da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Norte (Abav/ RN), com base nos pacotes de viagens comercializados. O presidente da Abav/RN, Nilo Machado, afirma que a capital potiguar está entre os principais destinos requisitados nas agências do País.

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