Marcos Lopes
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A goleada de 4 a 1 em cima do Santa Cruz no Arruda mostrou um ABC bem organizado entre os setores, controlando o jogo, sabendo explorar com competência os contra-golpes, tomando conta da partida. Construiu a vitória ainda na primeira parte do jogo, pecou no começo do segundo tempo quando deu espaço para o adversário que tinha um homem a menos em campo, para em seguida retomar as rédeas. O placar foi excelente, mas não retratou com clareza a superioridade do time de Ranielle Ribeiro. Se existisse o “placar moral” teria sido 5 ou 6 para o ABC sem nenhum exagero.
Remo no Frasqueirão
A vitória e a maneira como ela foi construída em cima do Santa Cruz dentro do Arruda, são ingredientes mais do que suficientes para se projetar um grande público neste sábado, oito da noite no Frasqueirão quando o ABC enfrenta o Remo pela Série C. Para este jogo volta Tonhão, mas não joga Leandrão que cumpre suspensão automática, e fica a interrogação: quem joga no ataque alvinegro ?
Decide em casa
O ABC vai fazer o segundo jogo da semifinal dentro do estádio Frasqueirão. O regulamento da Copa do Nordeste é claro quando fala no mando de campo para a semi e final da competição. Para mando de jogo são considerados pela ordem, a maior pontuação obtida em todas as fases, depois o maior número de vitória também e todas as fases, ou o maior saldo de gols somadas todas as fases. O ABC já tem 19 pontos, 6 vitórias e saldo de 11 gols.
Opinião é a mesma
O ABC precisa de reforços de qualidade e não de contratações de “mais um” como tantas que foram feitas até agora e que não tem rendido. O ABC tem deficiências nas alas, principalmente na esquerda, falta um meia – tem só Higor Leite – que dê opção ao treinador, e mais um atacante. A minha opinião é a mesma de antes do jogo do Arruda: Ranielle Ribeiro tem um time, mas precisa ter opções de qualidade.
Erros em cima de erros
O que preocupa é a sequencia do América daqui para a frente, é fazer com que o time não corra riscos no mata-mata onde não existe margem para erros, e aqui fica a grande interrogação. Terá Ney da Matta a capacidade de fazer com que o time que ele montou consiga avançar até o ponto do acesso ? O América tem apresentado erros primários, fundamentos básicos como o passe. Os caras não acertam passe médio ou curto, com exceção de Danilo, chegam na linha de fundo e não sabem cruzar, perdem gols “feitos” aos montes. O que é isso? Cada jogo do América é um festival de horrores, de um futebol medíocre, muito mais medíocre do que a divisão que está jogando, a D.
Lopeu
Definiu o jogo da segunda-feira contra o Guarani em Juazeiro, marcando os três gols do América na vitória apertada por 3 a 2, o que acabou sendo uma boa surpresa. Não fosse ele e o América teria se complicado contra um adversário extremamente limitado.
Não vale a pena
Não adianta mais falar, comentar, escrever, esbravejar. As facções organizadas estão esculhambando o futebol brasileiro de ponta a ponta. O que se viu no estádio Mauro Sampaio na segunda-feira passada, quando membros de uma facção ligada ao Icasa agrediram torcedores do América, foi apenas mais um exemplo do descontrole que existe no combate e punição aos marginais infiltrados nas facções organizadas que alguns insistem em chamar de torcidas.
Não vale a pena 1
Se por um lado existe uma legislação clara e específica para tratar do assunto, o Estatuto do Torcedor, por outro falta condições de implantar os mecanismos necessários para a devida fiscalização e aplicação da lei. Hoje são raros os estádios que tem o sistema de biometria ou o de leitura facial dos torcedores. A maioria absoluta não tem como controlar e o cara punido hoje, amanhã volta ao estádio. São raros os casos do torcedor que é preso, julgado, punido e que cumpre a pena imposta.
Mais um caso
Depois do Santa Cruz 1 x 4 ABC, membros de uma facção organizada do time pernambucano fizeram um emboscada e balearam dois integrantes de uma facção ligada ao ABC. Briga de torcedores? Não! Vingança pelo que aconteceu no jogo da ida em Natal.
Falou e disse
Ranielle Ribeiro, sobre o massacre do ABC em cima do Santa Cruz: “ Nossos atletas foram cirúrgicos nas definições no primeiro tempo”.
