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Venda de combustíveis registra desaceleração

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CONSUMO - Consumo de combustível teve redução em março, após aumentos ocorridos

Rio – As vendas de combustíveis líquidos registraram forte desaceleração  em março, após aumentos expressivos no final do ano passado e início deste ano.  Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis  (ANP), após contabilizar aumento de 10,35% em janeiro, em relação a janeiro  do ano passado, e de 13,41% em fevereiro, a variação em março ficou em 2,45%  sobre igual período do ano passado. Ao todo, as vendas de combustíveis líquidos  acompanhados pela ANP atingiram 8,498 bilhões de litros em março, ante os 8,295  milhões contabilizados em março do ano passado. 

  O álcool hidratado, vendido diretamente aos consumidores, manteve o ritmo acelerado  de crescimento, com a comercialização de 982 milhões de litros no mês de março.  Esse montante representa acréscimo de 41,6% em relação ao registrado em março  de 2007 e de 131% em relação ao observado há dois anos. Em março de 2006, o  volume vendido de álcool hidratado vendido nas bombas estava em 425 milhões  de litros. Este ano, o volume mais do que dobrou.  A soma dos 500 milhões de litros de álcool anidro vendido na mistura com a gasolina,  o total de álcool vendido em março somou 1,482 bilhão de litros, ante os 1,5  bilhão da gasolina pura (deduzida da adição de 25% do álcool). 

  No caso da gasolina (tipo C), houve queda de 3,85%, com volume de 2 bilhões  de litros comercializados, indicando que o combustível continua sendo substituído  pelo álcool. Pelos dados da ANP, os volumes vendidos dos dois combustíveis em  março foram praticamente iguais, quando se considera a mistura de 25% de álcool  anidro à gasolina. A diferença foi de irrisórios 18 milhões de litros a favor  da gasolina.  O volume de gasolina comercializada em março está no mesmo patamar do observado  nos últimos cinco anos. Em março de 2004, por exemplo, as vendas do combustível  atingiram 1,934 bilhão de litros e 2,063 bilhões de litros em março de 2005.  O aumento de preços de 10% anunciado pela Petrobras no final de abril, por sua  vez, tende a reduzir o volume comercializado. 

Diesel

 No caso do óleo diesel, o principal produto vendido pela Petrobras, as vendas  somaram 3,651 bilhões em março, com aumento de apenas 0,41% em relação ao registrado  em março de 2007 e de 6,71% em relação ao registrado há dois anos. Em janeiro  e fevereiro, o aumento no consumo estava na casa dos dois dígitos, com variação  de 10,09% em janeiro (sobre janeiro do ano passado) e de 13,78% em fevereiro  (sobre fevereiro do ano passado).  Nos últimos três meses do ano passado, as vendas desse combustível também estavam  aceleradas, com aumento de 10,10% em outubro, sobre igual período do ano anterior;  de 7,63% em novembro e de 6,95% em dezembro. No período de 12 meses, as vendas  de óleo diesel atingiram 6,41%, sobre igual período anterior. 

 O óleo combustível, assim como a gasolina, também registrou queda em março,  com o volume de 441 milhões de litros representando variação negativa de 5%  sobre o registrado em março de 2007. Em janeiro e fevereiro, o consumo do óleo  combustível, bastante utilizado pelo setor industrial, registrou variações de  4,90% e 5,14%, respectivamente.  No início do ano, o consumo dos óleos diesel e combustível foi favorecido pelo  uso mais intenso das usinas térmicas para a geração de eletricidade, devido  ao baixo nível de água dos reservatórios das hidrelétricas. 

Gás de cozinha registra queda de 2,09%

Outro produto que registrou queda nas vendas em março, ainda conforme os dados  da ANP, foi o gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha. O volume  comercializado manteve-se abaixo de 1 bilhão de litros, atingindo 978 milhões  de litros equivalentes, com queda de 2,09% sobre igual período do ano passado.  Em janeiro, o segmento havia contabilizado expansão de 1,04% (sobre janeiro  do ano passado) e de 4,10% em fevereiro. No ano passado, as vendas de GLP oscilaram  em torno de 1 bilhão de litros mensais, com aumento de 2,03% sobre 2006. 

 O querosene de aviação movimentou 443 milhões de litros em março, com aumento  de 7,09% sobre março do ano passado, refletindo o aumento no número de vôos  domésticos no início do ano. De qualquer forma, o ritmo estava mais acelerado  no início do ano, com expansão de 12,49% em janeiro (sobre janeiro do ano passado)  e de 13,46% em fevereiro.

Ao longo de 2007, as vendas de querosene de aviação  registraram aumento de 9,51% sobre o total de 2006.  Os dois tipos de combustíveis acompanhados pela ANP (querosene de iluminação  e de aviação) têm volumes apenas residuais. No caso da querosene de iluminação  o volume comercializado em março atingiu 2 milhões de litros, com queda de 15,37%  em relação ao mesmo mês do ano passado. Em janeiro, as vendas desse combustível  caíram 16,05% e 11,80% em fevereiro. Para o querosene de iluminação, a ANP ainda  não divulgou os dados referentes a março. Em fevereiro o volume comercializado  somou 6 milhões de litros, com aumento de 10,68% sobre igual mês de 2007.

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