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Vendas cresceram 3% em março

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MOVIMENTO -  Comércio acumula alta de vendas nos últimos doze meses

Rio (AE) – As vendas do comércio varejista cresceram 3,01% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a fevereiro houve recuo de 0,10%, a qual o instituto interpreta como “estabilidade no ritmo dos negócios do varejo”. De qualquer forma, as vendas no comércio acumulam alta de 5,04% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 4,73% até março. De acordo com o IBGE, houve ainda resultados positivos no desempenho da receita de vendas do comércio. Na comparação com março de 2005, a receita nominal subiu 5,68% em março deste ano. No acumulado do primeiro trimestre, a receita cresceu 7,78% ante igual período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a receita subiu 9,15% até março.

As vendas no comércio varejista continuam em trajetória positiva beneficiadas pela melhor oferta de crédito e aumentos no nível de renda e no patamar de emprego – o que conduz a uma alta no poder aquisitivo da população. A avaliação é do economista do IBGE Reinaldo Silva Pereira, ao comentar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de março. Segundo ele, a queda de 0,10% no volume de vendas do comércio em março ante fevereiro, por ser tão próxima de zero, representa mais uma “estabilidade” do que uma retração no setor.

Além disso ele lembrou que as vendas em fevereiro ante janeiro registravam queda maior, de 3,91%. O economista observou ainda que, na comparação com março/2005, o volume de vendas registrou alta de 3,01% em março deste ano. “Tivemos no ano de 2003 uma recuperação nas vendas do varejo, que prosseguiu (durante os anos de 2004 e 2005). No ano passado tivemos um resultado muito bom.

Já o economista do IBGE Nilo Macedo considerou que a melhora na oferta de crédito não é um fenômeno novo e esteve presente durante todo o ano de 2005, puxando para cima as vendas do comércio. “Na minha avaliação, poderia ter ocorrido um esgotamento dessa procura por crédito,mas esse esgotamento não ocorreu”, disse ele.

Queda do dólar aquece informática

A valorização cambial tem influenciado positivamente os resultados de vendas de alguns setores do comércio varejista, que são intensivos no uso de importados. De acordo com Reinaldo Pereira, com o dólar baixo, o custo dos produtos diminuiu, o que pode puxar para baixo os preços de produtos, em determinados setores – aumentando assim o apetite do consumidor pela compra.

Segundo ele, em março deste ano, houve altas expressivas nas vendas varejistas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (30,90%, em relação a março do ano passado). Esse setor abrange, por exemplo, aparelhos celulares.

Além deste setor, houve aumento de 3,80% no volume de vendas em outros artigos de uso pessoal e doméstico, em março deste ano ante março do ano passado – também influenciado pela valorização cambial.

Setor de hipermercados é destaque no trimestre

Rio (AE) – setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas foi  um dos destaques nas vendas do comércio varejista, nos resultados de março e  do primeiro trimestre. Segundo o IBGE, as vendas no setor registraram aumentos  de 0,70% em março ante fevereiro; de 3,51% em março ante igual mês em 2005;  de 5,19% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual trimestre no ano  passado; e de 2,99% no acumulado dos últimos 12 meses até março.

O  economista Reinaldo Pereira informou que o setor foi a principal influência nas elevações no volume  de vendas do comércio varejista em março. “O setor de hipermercados é muito  sensível a aumento de renda”, disse o economista, acrescentando que o IBGE tem  registrado elevações no nível de renda, como também redução no desemprego –  o que leva à aumento no poder de compra do consumidor. “Além disso, o setor  também começa a aceitar vendas a crédito”, acrescentou, observando que a oferta  de crédito ao consumidor continua positiva.

Na comparação com março do ano passado, o IBGE registrou em março deste ano  aumentos de vendas em seis das oito atividades pesquisadas para o indicador  de varejo. Além de hipermercados, é o caso de móveis e eletrodomésticos (11,03%),  também beneficiado por boa oferta de crédito; equipamentos e material para escritório,  informática e comunicação (30,90%); outros artigos de uso pessoal (3,80%); artigos  farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4%) e tecidos,  vestuário e calçados (0,84%). As quedas no volume de vendas, na mesma comparação,  foram verificadas em livros, jornais, revistas e papelaria (-0,06%) e combustíveis  e lubrificantes (-9,26%).

O indicador de média móvel trimestral das vendas do varejo, usado para mensurar  tendências, mostrou sinais de crescimento em março, segundo Pereira. De acordo  com o economista, o primeiro trimestre deste ano foi melhor para o comércio  do que o quarto trimestre de 2005. Nos primeiros três meses de 2006, o volume  de vendas do comércio cresceu 5,04% ante igual período no ano passado; e nos  últimos três meses de 2005, as vendas também cresceram, mas em um ritmo menor,  com alta de 4,58% ante igual período em 2004.

O economista do IBGE Nilo Macedo foi surpreendido pelo resultado “Pessoalmente,  eu não esperava um primeiro trimestre tão bom”, disse. Ele lembrou que a Páscoa  no ano passado caiu em março – e este ano, o feriado caiu em abril. Isso poderia  ter contribuído para reduzir o resultado do trimestre, mas não ocorreu.

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