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Vendas de carros novos caem 20%

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A comercialização de veículos novos no Brasil caiu 20,1% no ano passado, na comparação com 2015, informou dia 4 a FENABRAVE (Federação Nacional dos Revendores de Veículos Automotores). Foi o 4º ano seguido de baixa. Os concessionários esperam melhora para este ano, estimando alta de 2,4%. Foram vendidos no ano passado 2.050.327 automóveis, comerciais leves (pick-ups e furgões), caminhões e ônibus. É o volume mais baixo desde o ano de 2006, quando 1.927.738 unidades foram comercializadas no País.
A crise que assolou o Brasil atingiu, de cheio, o segmento automotivo, causando danos inimagináveis aos clientes e empresários
Em 2015, com 2.500.000 de veículos faturados, o recuo foi de 26,5% em relação ao ano anterior, mas o volume ainda estava no nível de 2007, que foi de 2.400.000 unidades.

O automóvel mais vendido no Brasil, pelo 2º ano consecutivo, foi o Chevrolet Onix. O hatch ajudou a General Motors do Brasil a ser a fabricante que mais comercializou carros em 2016, superando a Fiat.

Falta de crédito
No começo de 2016, a Fenabrave projetava quedas menores. A entidade atribuiu o resultado final à crise econômico-financeira e à baixa aprovação de compras a crédito.

“A alta taxa de desemprego faz o consumidor adiar a compra. De cada 10 fichas para financiamento que recebemos, apenas 3 são aprovadas”, afirmou Alarico Assumpção Junior, presidente da federação.

A falta de crédito também foi apontada pela Fenabrave como o motivo de a venda de veículos usados ter ficado quase estável o ano passado em nosso País.

Quedas em série
A sequência de “quedas” nas vendas de veículos zero quilômetro começou em 2013, quando foi interrompida uma série de recordes iniciada em 2007.

Desde então, sem conseguir escoar os estoques, as fábricas lançaram mão de diversos mecanismos para frear a produção.

O número de veículos fabricados em 2016 foi divulgado dia 5 e também foi menor do que em 2015. Em 2010, o Brasil chegou a ser o 4º maior mercado de veículos do mundo; em 2016, ficou no fim da lista dos top 10.

Segmentos
A baixa foi puxada pelos automóveis e comerciais leves (pick-ups e furgões), que representam mais da metade das vendas de veículos. Pela primeira vez desde 2006, o volume de automóveis vendidos ficou abaixo de 2.000.000, totalizando 1.680.000.

Acrescentando os comerciais leves, o montante chegou a 1.980.000 ou 19,8% a menos do que o alcançado um ano atrás.

O maior percentual de queda, no entanto, foi o do segmento de “pesados”. Para caminhões, chegou a quase 30%. Foram vendidas 50.200 unidades do tipo no ano passado. No que tange aos ônibus, a baixa foi de quase 33%, com 13.600 unidades vendidas.

Vendas por segmento
A comercialização de motocicletas caiu 21,6%, com menos de 1.000.000 de unidades faturadas ao público consumidor (997.900).

Recuperação
Para este ano, a Fenabrave espera que as vendas voltem a crescer. A projeção é que automóveis, caminhões e ônibus tenham alta em seus volumes de  2,43%, “levando em consideração o que todos anunciam, e o próprio governo, que é um crescimento do PIB de 1%”, afirmou o presidente da entidade.

“Não é de todo ruim, acho que vamos ter uma retomada, ainda que sobre uma base baixa (os resultados de 2016). É um primeiro passo”, completou.

As vendas de automóveis e comerciais leves (pick-ups e furgões) devem subir 2,4% e as de caminhões e ônibus, 3,15%. A previsão mais otimista é para as motocicletas (aumento de 4,4%).

Em dezembro de 2016, houve baixa de   10,2% sobre o mesmo período de 2015, mas foi o único mês no ano em que o volume de vendas superou 200.000 unidades.

A Fenabrave considera que os estoques nas fábricas e lojas foram normalizados. “Existem 110.000 veículos em estoque (80% nos pátios das concessionárias e 20% nas fábricas). Média de 18 dias de estoque”, afirmou Assumpção Junior. “É um estoque normal, porque os níveis de produção  foram adequados.”

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