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Vendas de milho devem aquecer hoje

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Nathália Campero
Repórter

Sempre há quem deixa tudo para a última hora e, pensando nessas pessoas, os comerciantes de produtos juninos estão confiantes no aumento das vendas às vésperas do dia de São João. Na Feira do Milho, um dos principais pontos de venda do produto na capital potiguar, os vendedores vão duplicar a oferta. O valor da ‘mão’ do milho está entre R$ 25 e 30.

Segundo a comerciante Sheila Bezerra, de 31 anos, em relação ao ano passado as vendas diminuíram, mas o esperado é que hoje haja uma maior procura dos consumidores. “A previsão é trazer e vender 300 milheiros, em cinco caminhões. Nos dias anteriores, os vendedores estavam trazendo, em média, de dois a três caminhões. Até quarta-feira a venda estava razoável, mas nessa quinta-feira os consumidores começaram a chegar e comprar mais”, disse a comerciante.

Comerciantes estão prevendo uma oferta maior hoje, quando pelo menos cinco caminhões devem descarregar o produto na feira
Comerciantes estão prevendo uma oferta maior hoje, quando pelo menos
cinco caminhões devem descarregar o produto na feira

Na pedra, como é chamado o espaço  de venda dentro da feira, o porteiro João Maria Batista, de 51 anos, que trabalha há 15 anos durante essa época como comerciante na Feira do Milho, comenta sobre o volume de vendas nos últimos dias e justifica o aumento nos preços, em relação ao ano passado. “As pessoas vêm buscando comprar um milho de qualidade para fazer canjica, milho assado e cozido, aqui nós vendemos todos os anos um milho de qualidade. O valor depende da oferta nos milharais, buscamos deixar o preço em conta para o consumidor, mas também temos que tirar o valor do nosso trabalho e de transporte. Hoje, o consumidor que vier mais cedo, deve comprar mais barato”, justificou.

Enquanto os comerciantes de milho aguardam aumento nas vendas a partir de hoje, os produtos prontos estão com boa saída. A consumidora e vendedora de produtos derivados do milho, Marli Maurílio, diz que a procura por produtos prontos, como canjica, pamonha, milho cozido e assado, está grande. “As pessoas querem poupar tempo e procuram produtos juninos já prontos. Vendo o ano inteiro, mas esse ano, a procura é maior”, comentou.

Comércio

A expectativa de quem vende roupas, fogos de artifícios e lenha é de que pelo menos a média de vendas se mantenha a mesma do ano passado. As vendas estão fracas e os comerciantes entendem que  o motivo é a crise econômica. “Os fregueses que têm a tradição de fazer a sua fogueirinha em casa, ainda devem vir hoje para garantir a lenha e manter a tradição” comentou Antônio da Costa, vendedor de lenha, mais conhecido como ‘Lula’. O preço médio da fogueira é de  R$ 30.

Para Lindalva da Silva, vendedora de roupas juninas e fogos de artifícios, na Avenida Antônio Basílio, “o importante é ter mercadoria, as crianças vem procurando roupas para as festas escolares, mas os pais estão pesquisando mais na hora da compra ou reduzindo a quantidade de itens”. “Acredito que este ano, todos os comerciantes daqui vão ter prejuízo”, disse ela.

Entre os pontos negativos e que agravam a redução dos lucros, os comerciantes reclamam do valor cobrado pela Prefeitura do Natal para liberar o ponto de venda, que no ano passado era cerca de R$ 50 e este ano vai até R$ 400.

Segurança
Neste período junino, o setor de queimados do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel recebe um grande número de pacientes que sofreram acidentes com fogueiras e fogos de artifícios. Pensando em auxiliar à população a se precaver desses acidentes, o Corpo de Bombeiros adverte a utilização dos fogos de artifício por menores de idade e recomenda que as pessoas usem os fogos longe de outras pessoas, residências e fios de eletricidade. No caso das fogueiras juninas, elas devem estar em um terreno amplo e a céu aberto. Visto de longe a brincadeira pode parecer inofensiva, mas é necessário manter cuidados básicos. Caso haja alguma eventualidade, deve-se acionar os bombeiros (193) ou Samu (192).

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