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Vendas Diretas aquecem economia

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O mais tradicional modelo de comercialização, o da venda porta em porta, está cada vez mais forte no Brasil. O setor de Vendas Diretas faturou, em 2016, aproximadamente R$ 40,4 bilhões em negócios movimentados por 4,3 milhões de empreendedores individuais – formalizados ou não. Alternativa ao desemprego e novo filão do mercado, o setor deve ampliar ainda mais a presença na economia até o final do ano, pois cada vez mais empresas cujas vendas em lojas físicas está consolidada e até mesmo em ampliação, estão voltando as atenções para as vendas diretas. E, na corrida pelo lucro, não somente as marcas de cosméticos e utensílios domésticos disputam o mercado.

#SAIBAMAIS#Lucas Vinícius Santos Soares, 23 anos, conheceu na venda de chocolates o doce sabor do lucro. “Eu fiz uma viagem com meus amigos e paramos numa loja da Cacau Show. Nela, fiquei sabendo que a empresa tinha iniciado as vendas diretas. Vi ali uma oportunidade”, relembra. O investimento inicial, para a compra do kit inicial de vendas, foi de R$ 200. Lucas, porém, decidiu ampliar o volume de produtos e desembolsou quase R$ 1 mil. “Era perto da Páscoa e ninguém na minha cidade tinha aqueles produtos. Vendi tudo. Só não vendi mais porque não tive como ir buscar em Natal”, comenta o jovem morador de Lajes, na região Central do Estado.

Mesmo ainda dominada por empresas de cosméticos, a distribuição de produtos por venda direta tem sido uma tendência para empresas já consolidadas em outras categorias. A Cacau Show, por exemplo, aderiu ao modelo após vasto estudo de mercado, e os resultados têm sido relevantes. No ano passado, ainda em fase de implantação, esta modalidade gerou faturamento de R$ 8 milhões. Neste ano, já passou de R$ 29 milhões, e a meta é faturar, até dezembro, R$ 80 milhões.

“A maior rede de chocolates finos do Brasil inovou ao criar um canal de vendas domiciliares usando como base os franqueados, e está conseguindo agregar um diferencial à sua distribuição em um campo que não atuava e voltada para um público que não conseguia atingir”, explicou Catharine Medeiros, franqueada em Natal. É da loja que partem, quase semanalmente, os produtos vendidos por Lucas Vinícius em Lajes e região. “Minha expectativa é vender mais no Dia das Crianças e nas festas de fim de ano. Quero abrir uma loja com o lucro”, afirma. Além dos chocolates, o jovem empreendedor vende cosméticos.

Números
A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) divulgou levantamento sobre a performance do setor durante o primeiro semestre de 2017. De acordo com a entidade, o segmento movimentou R$ 20,9 bilhões no período, volume de negócios 2,73% menor que o computado nos primeiros seis meses de 2016, quando foram registrados R$ 21,5 bilhões. Segundo a associação, o número de revendedores também teve uma leve retração, quando comparados os semestres: totalizavam 4,27 milhões em 2016 e, agora 4,19 milhões, um recuo de 1,8%. O setor de Vendas Diretas continua tendo relevância, já que seu volume de negócios corresponde a cerca de 8% do PIB da indústria da transformação.

A diretora presidente da ABEVD, Ana Beatriz Macedo da Costa, conta que, apesar de o setor de Vendas Diretas ter sentido o efeito da economia no primeiro semestre de 2017, o Dia das Mães – que é a segunda principal data do comércio tradicional – teve importante papel na performance do segmento no período. “A data impulsionou os negócios não só no mês de maio, mas também em abril de 2017”, revela. Ela lembra que o setor contribui para geração ou complementação de renda de muitos brasileiros: “As Vendas Diretas são um canal importante para a manutenção da saúde financeira de muitas famílias Brasil afora, pois contribuem em 40% no orçamento familiar”, destaca.

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