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Vendas nos supermercados crescem 4% no primeiro quadrimestre de 2021

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As vendas nos supermercados registraram um crescimento de 4% no primeiro quadrimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de abril ante o mesmo mês de 2020, houve crescimento de 2,77%. Já em relação a março de 2021, a pesquisa aponta queda de 4,82%, devido a abril ter um dia a menos do que o mês anterior. Os dados são do Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras (INC), divulgado nesta quinta-feira (10) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os números medem o crescimento real, já descontada a inflação.

Cesta composta pelos 35 produtos mais vendidos passou a valer R$ 643,67, ante R$ 637,82 de março

De acordo com o vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, a alta das vendas já reflete a volta do auxílio emergencial pago às famílias, e está em linha com as projeções da associação. “Na comparação de abril de 2021 com abril do ano passado, a evolução de 2,77% é sólida porque é calculada sobre um movimento intenso das famílias que buscaram abastecer as casas diante dos primeiros reflexos da pandemia”, disse.

Milan explicou que a queda das vendas no mês de abril está relacionada ao fato de uma volta gradativa à normalidade e à diminuição de pessoas ainda em trabalho remoto, o que aumenta o consumo de refeições fora de casa.  Em 2020, o mês de abril apresentou alta de cerca de 5% ante março.

“Os fechamentos temporários de lojas decretados por prefeituras também influenciaram o resultado, e levaram os supermercados a enfrentar o problema inclusive com ações na Justiça para garantir o funcionamento dos estabelecimentos, já que a alimentação é direito essencial e os supermercados estão trabalhando para garantir o acesso dos consumidores aos produtos com respeito aos protocolos de saúde e toda segurança”, disse Milan.

Preços

Segundo o Abrasmercado, levantamento de preços de uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados, o conjunto desses itens apresentou aumento de 0,92% em abril ante março, passando a valer R$ 643,67, contra R$ 637,82 do mês de março. No acumulado do ano, a cesta teve alta de 21,88% em abril deste ano ante o mesmo período de 2020. Alguns produtos continuam a chamar a atenção quando se trata da subida de preços acumulada nos últimos 12 meses.

Ele avalia que não é possível dizer se essa inflação alimentar afeta negativamente as margens dos supermercados. “Influencia, mas depende da política de estocagem das empresas. Há redes que conseguem manter os preços”, diz. No primeiro quadrimestre deste ano, a cebola teve alta de 46,10%, o ovo de galinha aumentou 11,43% no preço, enquanto a carne dianteira teve alta de 6,32%; o açúcar (9,66%) e o feijão, de 5,02%. Enquanto isso, o tomate teve baixa de 20,88% no quadrimestre; o pernil (carne suína) teve queda de 8,91%; o leite longa vida, 4,46%; o óleo de soja, 3,6% e o arroz, 2,65%.

O óleo de soja acumula alta de 88% em 12 meses, enquanto o arroz subiu 64%, a carne bovina dianteira, 40% e a traseira quase 35%. “O aumento de preço já interfere no consumo das famílias, que substituem produtos”, diz o vice-presidente institucional e administrativo da Abras.

As maiores quedas nos preços da cesta em abril foram registradas na batata (7,92%), pernil (5,96%), extrato de tomate (2,16%), arroz (2,07%) e queijo prato (1,95%).  As maiores altas foram margarina cremosa (4,99%), tomate (4,50%), biscoito cream cracker (3,92%), cebola (3,05%) e papel higiênico (2,96%).

De acordo com Marcio Milan, o consumidor está mais atento aos preços, faz pesquisa e tem buscado substituir itens das compras que estejam mais caros por alternativas de qualidade. “É o caso da carne suína que, até pela baixa de preço, tem se apresentado como alternativa aos cortes bovinos. O frango congelado que agora teve nova baixa de 0,96%, também é opção”, disse Milan.

Projeção de crescimento

A projeção de crescimento para o setor supermercadista em 2021 é de 4,5%. No entanto, Milan afirma que ela deve ser revista no segundo semestre. “Assim que fecharmos o primeiro semestre faremos revisão”, afirma. Ele elenca alguns fatores que devem puxar a projeção para cima, como a expectativa de vacinação da população; as previsões de alta do Produto Interno Bruto (PIB); e a possível extensão do auxílio emergencial. Além disso, Milan lembra que o próximo quadrimestre deve contar com o pagamento antecipado do 13º salário para os beneficiários de INSS, bem como com o pagamento dos primeiros lotes da restituição do Imposto de Renda. “A possibilidade da prorrogação do auxílio emergencial até setembro é outro fator que irá influenciar os resultados”, ressaltou.

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