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Versos novos e quase

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Alex Medeiros
Dessa vez não mexi nas velhas pastas e amarrotados cadernos de antanho. Seguem mais três poemas que estavam encalhados nos arquivos do computador desde os anos de O Jornal de Hoje e TV Tropical. Os dois primeiros foram montados numa formação de três haikais, enquanto o terceiro – escrito já neste complicado 2020 – é um tributo a nomes do alicerce cultural de Natal e todo o RN. Todos três já estão devidamente inseridos em canções do meu velho parceiro de juventude, Babal.
Toada Natalina (2020)
Nasci na terra de uma Clara manhã
em que a brisa sopra o ano inteiro
minha janela é uma tela de Dorian
emoldurada na argila do Santeiro
Fui Menininho de rua numa vila
Brinquei de bola, moleque Poti
vaguei no mar procurando Zila
risquei no ar um gol de Alberi
Sou de Natal, este presépio em festa
minha praieira de azul natalino
eu planto versos na mulher Floresta
e canto loas nos tons de Elino
Meu carnaval o som de Lucarino
nas tardes mornas de Natal feliz
eu vim das notas do rei Severino
e vou na rota que traçou Seu Luiz
A cor, o cheiro, a noite de São João
flor de afeto soneto de Palmyra
na água escura todo o Camarão
e no fogão o sabor de Dalila
Poeta a beco como par de jarro
nestas esquinas ajuntando tudo
eu sou da pedra do grande Navarro
somos do barro do mestre Cascudo. 
Prognós (2014)
Não adianta sumir
que vou lhe ver
quando dormir
Nem vá se esconder
pois vou sonhar
só pra te ver
Faço um apelo
não troque sonho
por pesadelo.
Nós em órbita (2001)
Um (uni) verso noturno
desejando lhe dar
os anéis de Saturno 
Beijo de amor profano
à meia-luz e fumaça
nas luas de Urano
Se tu e eu queremos
desejaremos em Marte
aquele calor de Vênus.
Irregularidade 
Um dos partidos na eleição de Macaíba vai provocar o Ministério Público quanto ao fato da campanha do prefeito eleito Emídio Júnior ter furado o teto de gastos. O limite na cidade é R$ 220 mil, mas foram declarados R$ 700 mil. 
O crime chinês 
O estudo apontando que a China sabia do vírus e não alertou o mundo, sequer a OMS cujo dirigente é seu alinhado ideológico, não é uma novidade para os leitores aqui da coluna. Desde março repercuti alguns jornais independentes.
Segredo 
Em março e abril publiquei notas sobre a omissão da China e da OMS quanto ao avanço da doença. Anunciei que em 31 de dezembro de 2019 Pequim já tinha o genoma da Covid-19 e que só em janeiro avisou da sua letalidade.
Omissão 
Com o título acima, publiquei em 27 de março que a OMS soube em novembro de 2019 da existência do vírus na cidade chinesa de Wuhan, e que em 10 de janeiro a entidade respondeu consulta negando contaminação entre humanos.
Omissão II 
Também publiquei que em 14 de janeiro a OMS foi outra vez consultada por uma entidade cardiológica, e respondeu que não estava recomendando restrição a viagens ou comércio com a China. E nem disse nada sobre Milão.
Fevereiro 
Ainda em março e abril, comentei em várias notas sobre a liberação geral no carnaval, com os governos de SP, RJ, PE e BA incentivando a folia de rua. E não se levou em conta o decreto federal de calamidade no dia 4 de fevereiro.
Histórico 
A grande mídia, focada na oposição a Trump e Bolsonaro, omitiu tudo, inclusive as mentiras chinesas de que o Covid não contagiava humanos. Pequim escondeu provas e ainda prendeu o médico que expôs a epidemia.
Audiência 
Além do Flamengo amargar a segunda desclassificação no ano, o confronto com o Racing não ajudou o SBT, que perdeu na audiência em São Paulo até para a Record e perdeu feio no Rio para a novela e só liderou nos pênaltis.
Sophia e Elza 
No novo filme protagonizado pela icônica atriz Sophia Loren, “Rosa e Momo”, a italiana de 86 anos contracena com a atriz trans Abril Zamora (nasceu Abel) dançando a canção “Malandro”, de Jorge Aragão, e na voz de Elza Soares.
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