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Via Costeira teve 29 acidentes este ano

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O acidente que aconteceu na manhã desta terça-feira (24) e deixou como vítima fatal uma mulher, identificada como Débora Maria de Oliveira Lima, por volta das 6h30, reacendeu o debate a respeito da situação de segurança de uma das principais vias da cidade que, há meses, encontra-se sem radares de fiscalização e, desde 2015, têm tido um aumento no número de acidentes. De acordo com a Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), responsável por atender as ocorrências na via – oficialmente intitulada RN-304 -, apenas este ano já foram 29 acidentes no local, com dois óbitos e 13 pessoas feridas. Em 2015, ao longo de todo o ano, foram 66 acidentes, com 27 pessoas feridas no total e sem nenhum óbito registrado.

Motorista do Ford Ka, Débora Maria, perdeu o controle do carro, ultrapassando o canteiro e batendo de frente com outro veículo

Motorista do Ford Ka, Débora Maria, perdeu o controle do carro,
ultrapassando o canteiro e batendo de frente com outro veículo

Para a Companhia, os motivos que levam ao aumento do número de acidentes são, principalmente dois: o desconhecimento das pessoas que trafegam a respeito do caminho sinuoso da via, e a imprudência dos condutores que sabem que os radares de velocidade do Governo do Estado não funcionam e, por isso, ultrapassam o limite de velocidade.

“Como é uma via que está próxima aos principais pontos turísticos e diversos hotéis da cidade, é muito comum que pessoas que não conhecem o local circulem em carros alugados. Há alguns pontos na via que necessitam da atenção dos condutores em função das curvas mais sinuosas e dos retornos que desembocam na própria entrada dos hotéis”, explica o capitão Tony Swamarn, da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual .

O limite de velocidade da Via Costeira, oficialmente, é de 70 quilômetros por hora, o que de acordo com o Capitão, já é elevado. É comum, no entanto, ver motoristas trafegando a velocidades superiores a 100 quilômetros por hora no local. Há seis anos, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN), não possui nenhum equipamento para monitorar a velocidade dos veículos que trafegam não apenas na Via Costeira, mas nos cerca de 3 mil quilômetros de rodovias estaduais que cortam o Rio Grande do Norte.

Placas de sinalização, em vários trechos da via, estão corroídas

Placas de sinalização, em vários trechos da via, estão corroídas

Além da falta de radares, a via também está com parte considerável de sua sinalização prejudicada. Em função principalmente da maresia, muitas das placas que indicam retornos, limites de velocidade ou proibição de estacionamento estão corroídas e deterioradas. A Tribuna do Norte enviou ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) questionamentos a respeito de planos para recuperar a sinalização da via, além de questionar se existiam verbas e orçamentos disponíveis para isso, mas, até o fim desta edição, não recebeu resposta.

Em função das altas velocidades com as quais os motoristas trafegam, os acidentes tendem a ser graves ou gravíssimos, e costumam deixar feridos e, em casos extremos como o desta terça-feira, óbitos. Neste ano, os dois acidentes que registraram óbitos na Via Costeira foram causados pela perda do controle do veículo. No desta terça-feira, a motorista de um Ford Ka perdeu o controle do carro e colidiu com um poste, ultrapassando o canteiro central e batendo de frente com outro veículo que trafegava na direção oposta da via.

Os dois veículos ficaram destruídos com a colisão, porém Débora ficou presa às ferragens de seu carro e teve também um traumatismo. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no Pronto Socorro Clóvis Sarinho, para onde foi levada. Os que estavam no outro carro, um Corolla, tiveram apenas ferimentos leves.

Números
Veja o número de acidentes na Via Costeira desde 2015*

2015
66 acidentes no total;
18 desses acidentes tiveram feridos;
27 pessoas ficaram feridas no total. Não houve registro de óbitos.

2016
104 acidentes no total;
39 desses acidentes tiveram feridos;
46 pessoas ficaram feridas no total. Não houve óbitos registrados.

2017
92 acidentes no total;
33 deles tiveram feridos;
48 pessoas ficaram feridas no total;
2 óbitos foram registrados.

2018
29 acidentes no total, até o mês de abril deste ano;
8 deles tiveram feridos;
13 pessoas ficaram feridas no total;
2 óbitos foram registrados.

*Fonte: CPRE

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