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Via Livre chega às escolas privadas e divide opiniões

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As escolas de Natal são o mais novo alvo do projeto Via Livre da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), uma tentativa de organizar o trânsito na cidade. Um cronograma de fiscalização nos horários de entrada e saída de alunos entrou em prática ontem (1º) de manhã. Equipes da Semob se instalaram em frente aos colégios Marista, na Cidade Alta, Nossa Senhora de Fátima, Petrópolis, e Maristela, em Barro Vermelho.

Por enquanto, os agentes de trânsito estão apenas orientando os motoristas na frente das escolasNos primeiros 15 dias da operação, o objetivo será realizar um trabalho de conscientização com os pais de 25 escolas privadas, disciplinando sobre a sinalização e alertando sobre as punições previstas na legislação de trânsito. Além dos agentes de trânsito e transporte nas áreas de embarque e desembarque de alunos, 76 agentes educativos estarão distribuindo panfletos com orientações aos pais.

Placas temporárias de proibido estacionar foram instaladas na frente do Marista, na rua Apodi, e equipes de manutenção iniciaram uma pintura no solo para sinalizar a mudança. A escola disponibiliza um estacionamento interno pelas ruas Ceará-Mirim e Apodi, mas as filas duplas são constantes, incluindo no portão da Avenida Deodoro.

“Mesmo com o pisca-alerta ligado, se não houver alguém embarcando ou desembarcando, se configura uma  infração grave, com multa de cinco pontos e aproximadamente R$127”, disse um agente de trânsito no local. A ideia dividiu opiniões. O empresário Elmer Andrade trabalha próximo à escola e há dois anos estacionava em frente à calçada do Marista, na Avenida Apodi.

“Quando chego às 7h30, todas as vagas para clientes da minha loja já estão ocupadas por estranhos. Nunca tive problemas aqui, pago meus impostos em dia, não atrapalho o trânsito e agora não sei onde vou deixar o carro”, reclamou. O filho da empresária Rosana Prince estuda no Marista, e ela se diz a favor do projeto.

“Fica melhor, mas aqui é ruim de todo jeito, porque congestiona dentro do estacionamento também”, comentou. Já a dona de casa Biliane Peralba, prefere esperar a filha dentro do estacionamento com acesso pela rua Ceará-Mirim, mas discorda da mudança. “É bom estacionar dentro da escola se chegamos mais cedo do que o horário de saída do aluno, mas é só uma segunda opção para os pais”, disse.

“Em toda frente de escola deveria ser permitido estacionar. Imagine se todos os colégios fizessem isso. O que deve ter é um agente de trânsito em cada uma. Quando se vai a uma clínica ou outro estabelecimento, se quer parar em frente”. Na segunda etapa do Via Livre nas escolas, prevista para a última semana de fevereiro, os infratores serão notificados.

“Mas as pessoas já estão bem conscientes da necessidade das mudanças”, disse o diretor do Departamento de Educação no Trânsito da Semob, Gilenildo Santos. Em março, mais dez escolas serão contempladas, entre elas, três da rede pública: Escola Municipal Maria Guilherme, no Bom Pastor, e as estaduais Tiradentes, em Barro Vermelho, e Instituto Kennedy, Lagoa Nova.

“Na rede pública, o foco será a travessia dos alunos, uma vez que poucos pais têm veículo próprio”, explicou. Hoje de manhã a operação acontece nas mesmas escolas, reforçando as mudanças.

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