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Viagem à Champagne

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Conhecida como a região do espumante mais glamoroso do planeta, a Champagne, localizada no Nordeste da França, a cerca de 130 km de Paris, é um destino dos mais desejados por apreciadores do vinho de todo planeta. Nesta região mundialmente famosa pela qualidade de seus vinhos espumantes, duas cidades disputam o destino dos eno-turistas, Reims e Epernay. Reims, historicamente conhecida por sua Catedral, onde foram coroados (sagrados) a quase totalidade dos Reis da França, e Epernay por seu jeito bucólico de cidade cinematográfica.

O colunista Gilvan Passos na degustação da Maison Lanson, localizada em uma das regiões mais famosas da França

O colunista Gilvan Passos na degustação da Maison Lanson, localizada em uma das regiões mais famosas da França

Mas o que ambas têm mesmo em comum e igualmente histórico é o seu vinho, o Champagne, um espumante que remete a celebração e glamour, mas também ao dia a dia da dieta das pessoas, podendo acompanhar uma refeição do início ao fim.

Vale, no entanto, uma ressalva a esse respeito: mesmo lá em sua terra natal, o Champagne é um vinho caro, e pouco usual nos restaurantes mais simples, correndo abundante nas mesas dos restaurantes mais sofisticados. Prova disso é que cerca de 80% de todo vinho produzido na região é exportado, tendo como primeiros destinos, países como Inglaterra, Estados Unidos e Ásia. Os números da região impressionam por sua grandeza. São cerca de 350 marcas, 1200 produtores e 15 mil rótulos distintos para enlouquecer apreciadores ávidos de todas as partes do mundo. Eu optei por ficar em Reims e visitar Epernay. Reims é a sede de Maison’s (Casas) como: Pommery, Taittinger, Lanson, Louis-Roederer, Veuve Clicquot, Krug, etc. Epernay, cidade cortada pelo rio Marne e orgulhosa dos seus 100 km de cave subterrânea onde repousa e amadurece o Champagne, tem como epicentro vínico a Avenue de Champagne, onde ficam as sedes de Maison’s (casas) importantes como: Moët & Chandon, Perrier Jouët e Pol Roger, só para citar algumas das mais importantes. Mas com tantas casas, algumas gigantes e outras minúsculas, e talvez por isso mesmo menos comerciais e especialmente boas, o grande desafio é escolher o que visitar e apreciar nesse imenso universo de borbulhas.

Minha opção foi por visitar a Maison Lanson e Deutz, duas casas pequenas, nas quais fui especialmente bem tratado pela direção, e onde empreendi uma visita técnica com levantamento de informações e degustação dos principais rótulos. 

Visita e Degustação à Maison Lanson
O Champagne desta casa me impressionou muito por seu estilo ao mesmo tempo clássico e moderno, elegante, refinado e refrescante. É integrante do Grupo BCC, do qual fazem parte os Champagnes: Boizel, Chanoine, De Venoge, Alexandre Bonnet e Phillipponnat. Fundada em 1760, atualmente com 257 anos, aos 250 a casa criou uma edição especial: Vintage Collectaion, que é uma obra de arte e de puro luxo, apenas produzido limitadamente e em anos excepcionais. A produção anual da Lanson é de 5 milhões de garrafas, exportadas para 85 países, e seu vinho ícone: Clos Lanson, um Millésimé Brut, Blanc de Blancs, vem de um vinhedo de 1 hectare, 100% Chardonnay, o único localizado na cidade de Reims, com produção que varia de 4 a 8 mil garrafas apenas e somente em safras especiais. A casa tem 7 km de caves subterrâneas, onde abriga 20 milhões de garrafas que amadurecem por no mínimo 15 meses (para os vinhos de entrada), 3 a 5 anos para os Vintage  e 7 – 9 anos para os vinhos de alta gama como o Clos Lanson.    

Degustação Clos Lanson 2006
Intenso, elegante, refrescante e sofisticado são algumas das palavras que minimamente traduziriam as impressões provocadas por esta relíquia. Foi o oitavo vinho de uma prova que acumulou sensações crescentes difíceis de verbalizar. Perlage muito rico e fino, revelando aromas em diversas camadas, de incrível complexidade e finesse. Na boca o ataque apresentava inicialmente um frescor intenso que evoluía para uma sofisticada cremosidade e se completava equilibrado, longo e saborosamente incitante. Meus agradecimentos ao Monsieur Edouard de Boissieu pela gentil acolhida em sua Maison.

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