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Viajando com ‘A Mulher Monstro’

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Uma tragicomédia sobre as várias nuances do preconceito, o espetáculo “A Mulher Monstro”, dirigido e atuado pelo prodígio potiguar José Neto Barbosa, terá apresentação única neste domingo, às 18h, no Teatro de Cultura Popular. A peça recebeu o prêmio de Melhor Monólogo do Teatro Nacional 2017, pela Academia de Artes do Teatro do Brasil/Prêmio Cenym. Após a apresentação local, a peça estará na  Casa de Cultura Laura Alvim/Rio de Janeiro, de 23 de março a 15 de abril e ainda passará por Casa de Cultura Mário Quintana/Porto Alegre e Espaço O Poste (II Festival Transborda – Cultura Sem Gênero), no Recife.

Peça expõe a figura de uma mulher burguesa que não sabe lidar com solidão e os próprios preconceitos

Peça expõe a figura de uma mulher burguesa que não sabe lidar com solidão e os próprios preconceitos

A peça expõe a figura de uma mulher burguesa perseguida pela própria visão intolerante da sociedade, sem saber lidar com a solidão e as relações num tempo de ódio e corrupção exibidos sem constrangimento. “A Mulher Monstro” aborda as barbáries sempre lidas e ouvidas de forma tão escancarada no dia a dia e, agora, acentuadas nos últimos tempos pela internet e alguns setores da mídia.

José Neto afiram ter se inspirado em diversas fontes: a começar, pelo conto “Creme de alface”, de Caio Fernando Abreu, escrito em dias de ditadura militar. O ódio destilado nos comentários das redes sociais também influenciou a peça, assim como as lembranças que Neto tem da “Monga”, a macaca (falsa) enjaulada nos circos. “Resolvi fazer da minha arte militância. Vivemos um momento de intolerância onde ferir o outro não é vergonhoso, ao contrário, é aceitável socialmente. É um tempo delicado em que monstros estão soltos”, disse.

Serviço:
A Mulher Monstro. Domingo, às 18h, no TCP. Entrada: R$40 (inteira) e R$20 (meia).

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