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Vice de Geraldo Alckmin parte para o ataque

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Brasília (AE) –  O candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), José Jorge (PFL), tem feito criticas enfáticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição. Primeiro, Jorge disse, na quinta-feira (15) que Lula “não trabalha, viaja e bebe muito.” No quinta-feira, em nota, o candidato do PFL a vice-presidente na chapa de Alckmin acrescenta que, além disso, “aqueles que Lula trata como companheiros são qualificados pelo procurador-geral da República (Antonio Fernando de Souza) como uma organização criminosa.”

Em resposta às críticas de Jorge, o presidente afirmou, no Recife, que falta caráter à oposição. O candidato do PFL a vice-presidente na chapa tucana, comentando essa resposta, acusou-o de ter feito “mais um discurso sem comedimento”. Jorge ironizou a afirmação “este metalúrgico tem caráter”, feita por Lula.

O candidato do PFL a vice-presidente disse que o comportamento dele é “mercurial” e acompanha o movimento solar: “Quando o tempo esquenta, ele abandona o ‘Lulinha paz e amor’ para encarnar o presidente soberbo.” Jorge ironizou também a afirmação de Lula de que quer “é mostrar mais trabalho.”: “O presidente gosta mesmo é de voar no Aerolula e discursar sobre as melhores coisas do planeta que aconteceram ou acontecem, todas, em sua gestão.”

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pré-candidato a governador, também rebateu a declaração de Lula. Sem citar o nome do presidente, Virgílio afirmou em comunicado que falta caráter “a quem finge desconhecer o ‘mensalão’”. O texto tem sete itens e todos os começam com “caráter falta a quem”. Nele, o líder do PSDB no Senado critica, entre outros, “quem compactua com esse esquema de corrupção que mereceu contundente denúncia por parte do procurador-geral da República”.

Oposição ultrapassa limite, diz Lula

Brasília (AE) – Numa resposta às críticas aos adversários, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, acusou a oposição de passar por cima das regras democráticas para conquistar o poder. “Por que tanto ódio, tanta inveja e tanta raiva?”, questionou, num ato da União da Juventude Socialista (UJS) de apoio à reeleição. “A democracia é boa para nós porque somos maioria.”

Em discurso de cerca de 50 minutos, Lula disse que os adversários atuam como um jogador malandro que tenta cavar a expulsão do adversário e provocar com “bobagens” e “palavrões” cartões amarelo e vermelho. “Me convenci de que não posso dar a eles o pretexto de ficar nervoso”, afirmou. “Tenho convicção do jogo que estamos jogando e quero fazê-lo dentro das regras democráticas.”

Lula fez menção a representantes da esquerda que, no passado, foram torturados até a morte, ao comentar os últimos ataques da oposição. “Suportar a dor física é tão duro quanto enfrentar a dor da infâmia e da leviandade”, afirmou.

“Depois de nos baterem durante um ano sem parar, sai uma pesquisa, eu subo e eles descem.” O presidente queixou-se das críticas feitas pela oposição às viagens para inaugurar obras. “Há uma certa inquietação no cumprimento do jogo democrático nesse País”, ressaltou. “Quando inauguro uma obra, já me processam por campanha eleitoral, porque quando eles governaram não tinha obra para inaugurar”, completou. “É mais difícil apanhar do que aprender a bater.”

No discurso, o presidente disse que não pretende falar mal de ninguém durante a campanha, pois não tem “idade” para isso. Ele afirmou aos mais de 500 jovens ligados ao PC do B e ao PSB que é preciso uma união de forças para apresentar uma candidatura.

Candidato do PSL tem propostas insólitas

Candidato à Presidência da República por um partido nanico, o PSL, que tem apenas um deputado na Câmara Federal e pouco mais de um minuto na propaganda eleitoral, o empresário pernambucano Luciano Bivar, ex-deputado federal, sustenta sua plataforma de Governo em uma série de propostas polêmicas, como o Imposto Único, sistema pelo qual o brasileiro deixaria de declarar Imposto de Renda.

Outra idéia explosiva é o fim da dívida externa, não através de calote nos credores, mas criando uma auto-estrada no País, para ser administrada pelo credor, através de pedágio. “Nós estamos propondo uma revolução pacífica, sem armas, apenas com idéias que julgamos factíveis”, diz Bivar, ao explicar uma outra proposta que parece difícil de ser cumprida plenamente: implantar um quartel militar em todas as favelas do País. Bivar propõe, ainda, acabar com a indústria das multas no trânsito e obrigar todo hospital a receber pacientes em suas emergências.

Ele tenta demonstrar confiança no êxito da candidatura. “É uma empreitada grande, mas temos muita fé que o povo quer fazer uma revolução. E não precisa ser uma revolução marxista”, comentou em entrevista à Agência Nordeste. O candidato também não hesita em fazer promessas: “Na parte tributária, nós vamos reformar tudo, porque através do imposto único federal nenhum brasileiro, a partir do próximo ano, vai declarar Imposto de Renda se eu vier a ser eleito”.

Ele também defende uma proposta para adotar a pena de morte no Brasil. ‘Seria possível, porque a nossa pena de morte é muito específica. O projeto foi para a Comissão de Constituição e Justiça, mas infelizmente foi vetado. Mas o que é que nós entendemos como pena de morte? É só uma pena de sobrevivência. É para seqüestro seguido de morte", argumenta o candidato do PSL à Presidência da República.

PMDB tenta aproximação de Aécio

Brasília – Maior partido do País, o PMDB faz planos para 2010. Discretamente, alinhava um elaborado plano para lançar um candidato a presidente da República daqui a quatro anos. A idéia é conquistar o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), cuja reeleição é dada como certa pelos especialistas, e fazer uma megacampanha em torno do que muitos peemedebistas governistas chamam de ex-tucanos. Políticos que agora simpatizam com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidaram Aécio para integrar os quadros do PMDB. Entre amigos, o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), admite que o PMDB cultiva o interesse em conquistar a filiação do neto do ex-presidente Tancredo Neves. "Ele é um grande quadro político e honraria qualquer partido", elogia Renan.

O plano do PMDB contaria com o apoio de Lula que, em busca de apoio do Partido para a reeleição em outubro com vista à vitória, estaria negociando a reciprocidade em favor do PMDB daqui a quatro anos. Ao contrário de outros tucanos considerados oposicionistas radicais, desde o início do Governo petista o governador Aécio Neves foi recebido pelo presidente no Palácio do Planalto e evita críticas ácidas. Os dois sempre mantiveram relações cordiais. Em várias ocasiões, o governador Aécio Neves comentou que "Lula é meu amigo".

Nos bastidores, Lula reconhece que o PT dificilmente terá condições de ter um candidato devidamente competitivo em 2010. Para o presidente da República, além da falta de um nome forte, há também o problema da ausência de unidade interna que deve ganhar mais força com o aumento de divergências após as eleições presidenciais deste ano.

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