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Vice-reitora defende novos estudos

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A construção de um Centro Tecnológico – o Parque de Desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI) – em área do Parque das Dunas não é consenso entre gestores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A vice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes defende estudos que indiquem local adequado para abrigar o equipamento, que não seja em Zona de Preservação Ambiental. A edificação ocuparia 25 hectares (equivalente a 30 campos de futebol) localizada no Parque das Dunas, às margens da avenida Roberto Freire – 1,85% da área total do parque que é de 1.350 hectares.
Fátima Ximenes é contra a construção no Parque das Dunas
“É preciso aprofundar este debate, estudar alternativas, é um projeto importante para a economia do Estado. Espero que seja encontrado outro local. É papel da Universidade preservar essa área”, frisa Fátima Ximenes. A vice-reitora faz questão de frisar que a proposta não representa a Universidade, apenas um grupo de pesquisadores.

O projeto deverá ser discutido por pesquisadores, professores  da Universidade das diversas áreas do conhecimento para, em vez de apenas avaliar o impacto, estudar a recuperação da área degradada. “Não podemos aceitar como justificativa que aquela área já sofre degradação e, sim, tentar reverter. Qualquer interferência ali poderá trazer prejuízos ambientais e para a saúde pública, com a migração de espécies para a vizinhança”, completa a vice-reitora.

Além disso, explica Ximenes, a cessão do terreno poderá abrir precedente para que outras instituições pleiteiem espaço para outros tipos de edificação e uso do espaço. A Escola Agrícola de Jundiaí, em Macaíba, é apontada pela vice-reitora como alternativa para os projetos de expansão da UFRN.

O diretor do Instituto Metrópole Digital e ex-reitor da UFRN,  Ivonildo Rego, avalia que a opção foi descartada devido a distância com o campus central e o IMD, além de questões de acessibilidade e segurança, que levaram os gestores a buscar outras alternativas no entorno da Universidade. Segundo ele, não há outras áreas para o centro devido o porte – 25 hectares  e proximidade com o IMD. “O campus já está com sua capacidade esgotada. O terreno próximo ao parque esportivo já está destinado a prédios do setor de saúde”, disse.

O diretor pondera que a ZPA 2 não está regulamentada e é preciso um estudo que indique a possibilidade ou não de ocupação e construção, com compensações ambientais e preservação da área, hoje, devastada e garante que o Parque só será construído se comprovada a viabilidade do projeto. As discussões junto a Prefeitura, Governo do Estado Ministério Público e, internamente, com especialistas ambientas serão retomadas a partir de fevereiro do próximo ano.

O projeto tem o aval do diretor do Instituto Metrópole Digital, Ivonildo Rego, e foi intermediado, inicialmente, pela reitora Ângela Paiva junto aos Ministérios da Educação e Defesa, para a cessão de terreno em área militar.

Antes, o projeto previa a instalação do Parque Tecnológico em um terreno do Batalhão de Engenharia de Combate (7º Becom), próximo a UFRN. Com a negativa do militares, o Batalhão indicou como novo possível destino o Parque das Dunas.

Parque tecnológico
O parque destinado ao desenvolvimento de TI configura-se como projeto de expansão do IMD. Atualmente, o Instituto atua nas áreas de ensino, pesquisa, inovação tecnológica, inclusão digital e social e incubação de empreendimentos de base tecnológica na área de TI. Os trabalhos são desenvolvidos no Centro Integrado de Vocação Tecnológica (CIVT), na própria UFRN, em uma área total de aproximadamente 8 mil metros quadrados. A ideia do parque é abrir mais espaço para incubação de novos empreendimentos e empresas de desenvolvimento de softwares.

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