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Vida em versos de amor

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Alex Medeiros

Estreia hoje na Inglaterra – tomara chegue logo por aqui –  o filme documentário “Leonard & Marianne: Palavras de Amor”, que conta a vida e romance do compositor canadense Leonard Cohen e sua musa norueguesa Marianne Ihlen.

Dirigido pelo premiado cineasta londrino Nick Broomfield, um bebedor da fonte de Glauber Rocha com mania de uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, o filme se prende ao período em que Cohen e Ihlen se apaixonaram, em 1960.

Naquele tempo, o então jovem poeta pousou na deslumbrante ilha grega de Hydra e se enturmou em clima hippie. A garota chegou lá fugida de casa e com um filho no ventre, em busca de abrigo na pequenina casa de uma avó.

Cohen foi atraído pela bela e sensível loirinha quando ela entrou no bar em busca de leite e foi assediada por seus amigos vagabundos. Tornou-se seu confidente e então diante do mar turquesa e das casas brancas o amor explodiu.

O filme é sobre a história de um grande amor diferente, que teve convívio intermitente sem precisar diminuir. Foram românticos seis meses na ilha e depois mais seis em Montreal, no país do poeta que cultivava sem parar a sua musa.

O amor de e por Marianne foi determinante para Leonard dar um salto e catapultar sua carreira. Ele mesmo alimentava e dimensionava o fator musa como essencial para produzir suas canções que atingia em cheio o público.

Ele mesmo contou que a relação de amor e amizade com ela era o que o encorajava, mesmo convivendo em momentos alternados, como vivessem um mesmo romance dentro de múltiplas histórias, em Londres, Paris, Nova York.

Para quem adotou Cohen com a canção Hallelujah, um hino composto em 1984, é bom saber que desde 1967 ele já havia imortalizado sua musa com o hit So Long Marianne e reafirmando a paixão no ano seguinte com Bird on a Wire.

São incríveis, arrepiantes no aspecto amoroso, as imagens que Broomfield oferece ao espectador. Vale a pena buscar no YouTube o trailer do filme onde temos Cohen no vigor da juventude declarando o amor por sua musa.

E urge não confundir a ilustração da imagem feminina inspirando um roqueiro naqueles anos com a figura estereotipada da groupie. Se Cohen dependia da musa para compor, ela sentia uma essencialidade refém da sua força criadora.

Quando ambos se separaram fisicamente ao final dos anos 1970, com a carreira dele consagrada e habitada por outras mulheres e ela casada em Copenhague com um marido discreto, atencioso e sensato, o amor não se desfez.

Nem mesmo quando ela ouviu a canção Chelsea Hotel Nº 2, de 1974, e soube que a frase “uma mulher me dando a cabeça na cama desfeita, enquanto as limusines esperam na rua” se referia a um caso com a cantora Janis Joplin.

Contei aqui mesmo na Tribuna de quando Marianne morreu em 2016 após ler uma carta amorosa de Leonard, que morreria também três meses depois. As palavras de amor se perpetuando além deles próprios, além da vida.

Leonard & Marianne

Imposto
A imprensa sudestina começa a falar sobre a iminente volta da CPMF, apesar das juras de Bolsonaro refutando a ideia. Há comentaristas identificando os pais da ameaça, entre eles o potiguar Flavio Rocha que a rebatizou de “e-tax”.

Hackers
O petismo-press de figuras carimbadas da mídia está mais perdido do que Diego no meio-campo do Flamengo. A prisão dos hackers da quadrilha de interceptadores está desmontando o pseudojornalismo investigativo.

Comitê
O governo Fátima Bezerra está criando um conselho estadual de políticas culturais. Espera-se que não seja resquício da triste ideia da ex-ministra Ana de Hollanda, que tentou em âmbito nacional para encher de militantes do PT.

Consagração
Pelo segundo ano, um livro do neurocientista Sidarta Ribeiro ficou entre os mais vendidos na Feira Literária de Parati. Um sucesso que não precisou de oportunismo político que financia porta-vozes do neuropetismo militante.

Inundação
O perfil do Diário de Pernambuco no Twitter vem desde o começo da semana postando imagens impressionantes das chuvas em Olinda. A bela Marim dos Caetés ficou literalmente debaixo d’água, como resquício da Atlântida.

Pedra do espaço
Cientistas estão examinando uma pedra marrom pesando 15 quilos que despencou do céu na quarta-feira no meio de uma colheita de arroz na Índia, assustando agricultores. O objeto é magnético e soltou bastante fumaça.

Beatles in Jazz
A cantora Bruna Hetzel (e banda) se apresenta logo mais, a partir das 21h, no Bud’s Pub, em Capim Macio, interpretando em ritmo de jazz os grandes clássicos da maior banda de pop rock da história. Na rua José Varela, 2771.

Mais rock
E hoje abre oficialmente mais um espaço para o rock ‘n’ roll. É o Hangar Rock Pub, que inicia atividades a partir das 17h na Galeria Salgado Filho, da avenida homônima, 1773, em frente ao condomínio comercial Portugal Center.

Ranking controverso Ano a ano só aumentam as controvérsias em relação aos critérios do ranking de seleções da FIFA. Ninguém entende como a França caiu tendo conquistado a Copa do Mundo, como o Brasil subiu mais pontos com a Copa América (bem menor que a Copa) e como a Bélgica lidera ser ter ganhado nada. Já o Uruguai, que não fez nada demais, subiu três posições; e a Colômbia, que naufragou mais uma vez, subiu cinco.
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