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Vigilantes param e bancos ficam 24h sem atendimento

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Os bancos de Natal não fizeram o atendimento aos clientes nesta quarta-feira (7). O motivo é que os vigilantes suspenderam as atividades em protesto por melhorias salariais e os bancos, de acordo com o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, não podem funcionar sem a segurança armada.

Com a mobilização dos vigilantes, ontem, apenas o autoatendimento funcionou nas agências

Com a mobilização dos vigilantes, ontem, apenas o autoatendimento funcionou nas agências

O presidente do sindicato que representa os bancários, Gilberto Monteiro, explicou que os vigilantes informaram sobre a paralisação ontem (6) à categoria, sob a justificativa de que a negociação sobre a reposição salarial da dos profissionais de segurança está emperrada e a proposta encaminhada pelo sindicato que representa os empresários da área de vigilância retirava direitos dos funcionários.

“O que nos informaram é que os vigilantes queriam uma reposição de aproximadamente 13,9%, referente à inflação, mas que os empresários propuseram aproximadamente 1,8% e também jornada de trabalho intermitente, o que foi rejeitado”, explicou Gilberto Monteiro.

De acordo com Monteiro, os bancos precisam cumprir pelo menos três de cinco pontos básicos de segurança para que ocorra o funcionamento: porta giratório com detector de metais, vigilância armada, alarme, fechadura de retardo e circuito interno de TV. Porém, segundo o representante do Sindicato dos Bancários, não é possível garantir a segurança de funcionários e da população sem a vigilância armada. “Por isso, não haverá o atendimento enquanto os vigilantes não retornarem ao serviço. Eles têm nosso apoio”, disse Monteiro.

Apesar de não haver o atendimento presencial ao público, os funcionários atuaram dentro das agências. O autoatendimento funcionou normalmente.

O diretor do Sindicato dos Vigilantes (SindSegur), Agrício Enedino Gomes, ressalta que a paralisação é um movimento articulado com outros estados do Nordeste, como Pernambuco, Paraíba, Bahia, Alagoas e Sergipe. “As empresas são as mesmas em quase todos os estados do Nordeste. Estamos nos mobilizando para pressionar contra a retirada de direitos que está sendo proposta pelos patrões”, destaca.

Gomes esclarece que o serviço será normalizado hoje (8), enquanto representantes estaduais devem se reunir em Recife para discutir as propostas de negociação. Na sexta-feira, essas discussões serão apresentadas em Natal. A possibilidade de novas paralisações não está descartada. “Esperamos chegar a um acordo para na sexta-feira celebrarmos a convenção coletiva, mas caso não haja negociação, vamos continuar realizando paralisações”.

Um dos pontos de maior discordância entre empresas de segurança e vigilantes é o regime de plantões. De acordo com o contrato atual, os funcionários trabalham 12h e descansam 36h. De acordo com o diretor do SindSegur, a proposta das empresas é reduzir o tempo de descanso para 12h. “Isso é um retrocesso”, reivindica.

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