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Vitória dedicada ao auxiliar e ao grupo

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DESTAQUE - O goleiro Adriano foi destaque na vitória do ABC

Para uma equipe que realizou uma maratona de viagens e jogos antes de um clássico, o ABC fez uma partida irrepreensível contra o América, na visão do membros da comissão técnica alvinegra. O treinador Luís Carlos Cruz fez questão de dedicar o momento de sucesso ao grande espírito de luta demostrado pelos atletas no últimos dias, sem esquecer de citar o trabalho do auxiliar técnico Esmerino Análio, grande responsável pela montagem do esquema vitorioso.

“Estávamos muito preocupados com o condicionamento físico dos nossos atletas, que vinham de uma seqüência grande de jogos e viagens e com pouco tempo para treinar. Mesmo cansados, todos os atletas se doaram muito dentro de campo e souberam parar um time que tecnicamente é muito bom, não se iludam”, afirmou.

A preocupação com o rendimento físico dos jogadores abecedista era tão grande, que antes de definir a formação para enfrentar o América, Luís Carlos fez questão de conversar com todos os jogadores para saber se eles realmente tinham condições de suportar o ritmo da partida. “Todos eles disseram que tinham condições de suportar o desgaste e optamos, em conjunto com Esmerino, em repetir o time que havia conquistado a vitória em Parnahyba. Se a coisa vem dando certo, porque alterar”, frisou.

O preparador físico Flávio Paiva confirmou que a preocupação com o estado físico do grupo alvinegro era muito grande, uma vez que o tempo de recuperação que o elenco teve nesta última semana foi praticamente nulo. “Esses jogadores são uns heróis, correr o que eles correram no clássico para conquistarem a vitória pode se comparar a um esforço sobre-humano. Os últimos foram muito desgastantes e só a superação pode explicar o que nós vimos domingo, no Machadão”, destacou.

A prova de que houve uma entrega muito grande dos jogadores em campo, veio do testemunho do próprio Luís Carlos Cruz. “Num certo momento do segundo tempo, nove jogadores estavam fazendo sinal e pedindo para sair, mas tive de escolher entre aqueles que achava estar mais desgastados”, salientou.

Pelo lado americano, o técnico Luiz Carlos Martins reconheceu o bom futebol apresentado pelo América, mas se rendeu a maior eficiência abecedista, que soube explorar as falhas americanas para decidir a partida. “Nós tivemos um bom domínio de bola, mas não fomos decisivos. O time deles chegou pouco, mas se aproveitou de algumas falhas do América e fez os gols nos momentos decisivos. Quando se perde não há muito o que se comentar”, salientou Martins.

Torcedores denunciam abuso de força

A truculência da Polícia Militar em algumas ações durante o clássico ABC e América, realizado domingo passado no Machadão, chamou a atenção ao mesmo tempo que foi constatado um dos maiores esquemas de segurança já planejados para um jogo de futebol. Sem falar nas inúmeras abordagens violentas contra torcedores que insistem em se infiltrar nas torcidas organizadas, indo ao estádio apenas para provocar baderna e tumultos, foram registrados agressões físicas dos PMs, que chegaram a revoltar grupos de torcedores, que não fazem parte das organizadas.

O comerciante Necílio Duda da Rocha, 37 anos, foi um destes torcedores transtornados com a truculência da PM. Acompanhado do filho de 8 anos e de mais quatro amigos, Nicélio contou que foi agredido com um tapa no rosto por um policial identificado como Capitão Marinho. “Eu fui falar com este policial apenas para pedir que afastasse um pouco a corda que isolava as duas torcidas, já que estava ficando imprensado com o meu filho, no lado da torcida do ABC”, disse Nicélio, que levou o caso à corregedoria da Polícia Militar.

O ato do capitão da PM está registrado no Boletim de Ocorrência de número 092/06. No documento, o Capitão Marinho confirma o ocorrido com o comerciante Nicélio, mas nega o tapa no rosto, alegando que apenas deu um empurrão, pedindo ao cidadão que se afastasse. A atitude do policial revoltou os colegas de Nicélio e a vítima afirmou que ficou constrangido pelo caso ter acontecido na frente do seu filho de 8 anos.

A festa das torcidas começou bem antes do início da partida, no Machadão. Os alvirubros se reuniram ainda pela manhã na Sede Social do clube de onde saíram em carreata até o estádio. O mesmo fizeram os alvinegros, que ficaram concentrados na praça de alimentação do Frasqueirão até o início da carreata. Os movimentos dos carros com bandeiras coloriu e contagiou a cidade. A festa continuou nas arquibancadas dos dois lados.

Falta de ingressos e filas geram tumultos

A diretoria americana, responsável pela organização do jogo contra o ABC, subestimou a vontade dos torcedores em rever o choque entre os maiores rivais do futebol norte-rio-grandense. Tanto que chegou a faltar ingressos de entrada inteira nas bilheterias e, a saída, para evitar tumulto foi vender a carga de entrada reservada aos estudantes para os “retardatários”, aquelas pessoas de deixaram para comprar ingressos de última hora.

Se o América, tecnicamente, fez a melhor apresentação na competição, no ABC não faltou raça. Com a equipe melhor entrosada e sem grandes desgastes, o América assumiu o controle territorial do jogo, mas parou no goleiro Adriano. “Esse goleiro teve uma atuação magnífica. Não o conhecia, tanto que cheguei a perguntar por onde ele andou esse tempo todo. Posso dizer que o Adriano foi perfeito”, elogiou Luís Carlos Cruz.

Sempre buscando a velocidade de Ivan para se aproveitar dos espaços na zaga do América, a armadilha abecedista começou a funcionar aos 12 minutos, quando Cláudio descobriu Ivan livre, para marcar o primeiro gol. A partida continuou a seguir o seu roteiro e em mais uma jogada em velocidade, aos 43 minutos do 1º tempo, Ivan ganhou de Claudinho Baiano na corrida, passou pelo goleiro Raniere e tocou para o fundo do gol, aumenta o êxtase da “Frasqueira” no Machadão. No segundo tempo, Ivan aos 35 minutos acertou a trave de Raniere, e aos 48 Beto bateu falta, a bola desviou na barreira e entrou.

Baraúnas segue como único ainda invicto

A sétima rodada do Campeonato Estadual teve um saldo positivo para os atacantes. Em Mossoró, Luciano Paraíba encostou em Valério, do Corintians de Caicó, naartilharia. Os dois gols de Luciano Paraíba contra o São Gonçalo, no Nogueirão, serviram ainda para derrubar mais um invicto no Estadual. A vitória (2 a 0) garantiu ao tricolor mossoroense o título de único invicto da competição e líder absoluto com 19 pontos.

Com a derrota, o Touro caiu para a quarta posição, perdendo o lugar para o Assu, que conseguiu uma virada espetacular em Santa Cruz. Didi abriu o placar para o Santa, enquanto Marcelo virou o jogo para os visitantes. Com isso, Assu ter minou a sétima rodada do Estadual na terceira posição com 13 pontos; o São Gonçalo permaneceu com os mesmos 12 pontos ganhos, enquanto o Santa Cruz foi para o sétimo lugar (nove pontos).

Em Caicó, o Corintians bateu o Potiguar/M, que, pela primeira vez, saiu da zona de classificação. Na estréia do técnico Flávio Araújo, o alvirubro não conseguiu segurar o ataque do Galo, que assumiu a quinta colocação com dez pontos. Leonardo, ex-ABC, e Thiago marcaram para o Corintians e Canidezinho descontou.

Ivisson, César e o estreante Dudu Cearense “atropelaram” o Alecrim e colocaram o Potiguar de Parnamirim na zona de classificação – “G-8”. A equipe alvirubra está com os mesmos sete pontos do Potiguar de Mossoró, mas vence no saldo de gols.

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