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Volume dos rios aumenta e banhos se tornam mais arriscados

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Jéssica Petrovna
Repórter

As chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Norte nos últimos dias foram responsáveis pelo aumento no volume de águas dos rios, açudes e reservatórios em todo estado. Consequentemente, tomar banho ou navegar se tornou mais arriscado e cinco pessoas se afogaram ou foram arrastadas por correntezas desde o início da semana.

Rio Mossoró
No Rio Mossoró, a canoa de um pescador virou e ele está desaparecido desde terça-feira

#SAIBAMAIS#No primeiro caso, registrado em Mossoró, três homens foram arrastados por uma correnteza na comunidade Passagem das Pedras e conseguiram ser resgatados com vida por populares. No mesmo município, um pescador também foi surpreendido pela agitação das águas e está desaparecido desde terça-feira (17). Ele atravessava o rio que leva o rio Mossoró em uma canoa que virou com a intensidade da correnteza. Já em São Gonçalo do Amarante, uma criança de 12 anos morreu por afogamento no rio Potengi. O menino havia saído para tomar banho com um amigo da mesma idade que tentou resgatá-lo, mas não conseguiu.

Três fatores estão entre as principais causas de afogamento em água doce: as pessoas costumam superestimar sua habilidade para nadar, se aventuram em águas desconhecidas e a baixa densidade da água dificulta a flutuação da vítima. É o que explica o Capitão Roberto Oliveira, comandante do agrupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros. “Todos esses fatores criam um grande potencial para afogamentos”, reitera.

Outra causa frequente citada pelo Capitão é que, nos rios, a água costuma ser turva o que dificulta a visibilidade. Associado à isso, os mananciais costumam ter plantas e raízes submersas, que podem se enrolar ao corpo do banhista e causar afogamentos.

Para evitar incidentes, a recomendação é não tomar banho em áreas desconhecidas ou com correntezas intensas. No caso das crianças, Oliveira reforça que devem estar sempre acompanhadas e utilizando colete salva-vidas de tamanho adequado. “O ideal é ficar à distância de um braço da criança. Não é só estar no local, tem que acompanhar de perto”, ressalta.

No caso do menino de 12 anos que morreu por afogamento no rio Potengi, ele havia saído de casa escondido, sem que os pais percebessem, acompanhado de um amigo da mesma idade, que tentou resgatá-lo, mas não conseguiu.

Sobre isso, Oliveira alerta: “É muito comum que as pessoas tentem salvar uma vítima de afogamento e cabem se afogando também. Se não tiver condições físicas e segurança, não entre para fazer o salvamento. O correto é entregar um objeto flutuante para que a pessoa se apoie e chamar o Corpo de Bombeiros imediatamente”.

Embarcações
“Ao entrar em qualquer embarcação é imprescindível o uso de colete salva-vidas”, alerta o Capitão Roberto Oliveira. E justifica: “Com a proteção adequada, mesmo que a embarcação vire a pessoa consegue emergir”.

Outra recomendação é não navegar por áreas muito agitadas. “Se a correnteza está mais intensa que o normal, a melhor dica de segurança é não entrar. O mesmo se aplica a água salgada, quando há ressaca no mar (movimento anormal das ondas sobre si mesmas) não se deve entrar”, finaliza.

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